Fonte:nacoesunidas.org
Pesquisas estão em andamento no mundo todo para encontrar uma vacina contra a doença provocada pelo novo coronavírus. Foto: Loey Felipe/UN Photo
A Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS), em apoio às atividades do Ministério da
Saúde, tem ajudado a reforçar a capacidade laboratorial e de vigilância dos
estados do Amazonas e do Pará na resposta à COVID-19, doença causada pelo novo
coronavírus.
Na quarta-feira (27), a
representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil,
Socorro Gross, acompanhou a visita do ministro interino da Saúde do país,
Eduardo Pazuello, a Belém (PA) para se reunir com autoridades locais e conhecer
de perto algumas das ações desenvolvidas.
Entre elas está o Hospital de
Campanha do Hangar, que funciona em regime de retaguarda exclusivo para
pacientes com COVID-19. Também foi feita uma visita à Policlínica Metropolitana
de Belém, que fornece assistência às pessoas afetadas por essa e outras doenças
respiratórias – incluindo consulta médica, exames laboratoriais e de imagem – e
ao Hospital Regional Abelardo Santos.
Por meio do termo de
cooperação assinado com o Pará, a OPAS ajudou a construir a Sala de
Inteligência da Gestão, incluindo um painel de monitoramento da COVID-19 no
estado. A ferramenta ajuda a identificar onde o vírus está circulando e
produzir cenários que permitem a tomada de decisão com base em informações
qualificadas. A OPAS também fortaleceu a capacidade de resposta da Secretaria
de Saúde do Pará ao contratar dois profissionais para atuar na vigilância e um
para laboratório.
Na terça-feira (26), Socorro
Gross esteve com o ministro Pazuello na inauguração de uma ala hospitalar
destinada a indígenas com COVID-19. A estrutura foi montada no Hospital Nilton
Lins, em Manaus (AM). A instalação possui 33 leitos clínicos, 15 Unidades de
Tratamento Intensivo (UTI) e 5 Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), com
possibilidade de expansão.
A recém-inaugurada ala também
terá posto de enfermagem, área de higienização, banheiros, recepção e área
administrativa. Um espaço de espiritualização será destinado aos pajés –
líderes espirituais dos povos indígenas – e outra área será destinada para armação
de redes nas enfermarias clínicas, respeitando a cultura de cada etnia.
Essas novas instalações se
somam a outras medidas, implantadas no Amazonas com apoio da OPAS, para
resposta à COVID-19. Por exemplo, a pedido do Ministério da Saúde e da Fundação
de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas, o organismo internacional auxiliou a
contratação de 23 enfermeiros, dois profissionais de biotecnologia, quatro
farmacêuticos, três biólogos, seis técnicos de enfermagem e nove digitadores.
Esses especialistas estão
atuando na vigilância epidemiológica e hospitalar, no diagnóstico de infecções
pelo novo coronavírus, no processamento laboratorial de amostras para
identificação de casos de COVID-19 (ou outras doenças) e na digitação de
informações para alimentar e manter atualizados bancos de dados do Sistema
Único de Saúde (SUS).
A OPAS também desenvolveu com
o Ministério da Saúde um programa de treinamento de capacidades, para
profissionais de saúde, sobre cuidados a pessoas com caso confirmado ou
suspeito de COVID-19 nos diversos setores de assistência, acolhimento,
classificação de risco e admissão de pacientes, internação hospitalar e terapia
intensiva. O objetivo deste treinamento é garantir a competência profissional
para se protegerem e desenvolverem o trabalho com qualidade e segurança.
A OPAS ajudou ainda, a pedido da Secretaria de Saúde de Manaus, a fortalecer as capacidades de contenção e resposta rápida a surtos do município para notificação de casos de COVID-19 e sarampo. Esse trabalho de notificação é fundamental para saber onde os vírus estão circulando e adotar estratégias eficazes, com ações de vigilância, isolamento e, no caso do sarampo, intensificação da vacinação.
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