JúliaDias (Agência Fiocruz de Notícias)
A presidente da Fiocruz, Nísia
Trindade Lima, recebeu nesta quinta-feira (26/11) o comandante da Marinha do
Brasil, almirante Ilques Barbosa, e uma comitiva da Marinha na sede da
Fundação. Na ocasião, eles assinaram um Protocolos de Intenções que visa intensificar
a cooperação já existente entre as duas instituições. O documento prevê a troca
de conhecimento e o desenvolvimento de projetos de interesse comum e
estratégico para o país, através da realização de atividades conjuntas nas
áreas de vigilância epidemiológica e ambiental, controle de vetores; estudos
sobre biodiversidade, formação e qualificação de Oficiais do Corpo de Saúde da
Marinha; cooperação científica e tecnológica para desenvolvimento de novos
medicamentos; e suporte técnico especializado nas áreas de excelência de ambas
as instituições.
O comandante da Marinha do Brasil, almirante Ilques Barbosa, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, na assinatura do acordo (Foto: Peter Ilicciev)
Para o comandante da
Marinha, o acordo é mais um passo da aproximação entre duas instituições
estratégicas para o Estado brasileiro e a soberania nacional. “Eu considero os
professores e os cientistas a linha de frente da soberania nacional”, afirmou o
almirante ao ressaltar a importância histórica e estratégica da ciência para as
atividades de Marinha.
“A atual crise sanitária
demonstrou a importância do conhecimento em saúde e da visão de saúde única,
que integra a saúde humana, ambiental e animal, para dar respostas aos desafios
do presente e do futuro. A parceria com a Marinha é fundamental para que
possamos aprofundar o conhecimento conjunto em saúde e ambiente em regiões como
a Antártica e a Amazônia.”, ressaltou Nísia, ao celebrar a assinatura do novo
acordo. Segundo a presidente da Fiocruz, “a região amazônica é hoje o grande
desafio e a prioridade de agenda dessa cooperação”.
A Fiocruz e a Marinha já
têm parcerias em diversas áreas, como pesquisas na Antártica e na Amazônia,
vigilância epidemiológica e ambiental na Ilha da Marambaia e a participação de
oficiais em um curso de especialização em Gestão em Saúde oferecido pelo Escola
Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). A cooperação na
Antártica se dá por meio do FioAntar, o projeto de pesquisa da Fiocruz no
continente, do Fiolab, um laboratório permanente na Estação Antártica
Comandante Ferraz, e da participação da Fiocruz no Comitê Executivo da Política
Nacional para Assuntos Antárticos (Polantar), no qual a Fundação
representa o Ministério da Saúde. Na Amazônia, a cooperação entre as
instituições permite o suporte a populações e o diagnóstico de doenças
infecciosas na região, através da atuação do Instituto Leônidas e Maria Deane
(Fiocruz Amazônia).
Durante a visita, a comitiva
da Marinha se reuniu com pesquisadores envolvidos no FioAntar e em outros
projetos de cooperação. Além da presidente da Fiocruz, estavam presentes o
chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, Valcler Rangel, o diretor do
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a diretora do Instituto Nacional de
Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Valdiléa Veloso, o coordenador do
FioAntar, Wim Degrave, a coordenadora da Plataforma Institucional Biodiversidade
e Saúde Silvestre da Fiocruz, Marcia Chame, a chefe substituto do Laboratório
de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC-Fiocruz, Fernando Motta, a assessora da
Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Sandra Soares, e a
assessora do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, Lucia
Marques.
Após a reunião, o grupo composto pelo diretor de Saúde da Marinha, Vice-Almirante Luiz Claudio Barbedo Fróes, o chefe de gabinete do Comandante da Marinha, Vice-Almirante Eduardo Machado Vazques, o secretário Militar, Capitão de Fragata Ondiara Barbosa, e assistente do Comandante da Marinha, Capitão de Corveta (FN) Ronan Gonçalves Peres, seguiu para conhecer algumas das instalações da Fundação no combate à Covid-19. A comitiva visitou a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 e a fábrica que está sendo adaptada para produzir a vacina contra a Covid-19, em Bio-Manguinhos.
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