Documento é destinado aos
serviços de hemoterapia (SHs), que possuem equipamentos de frio com capacidade
para manter imunizantes em temperaturas bastante baixas.
A Anvisa divulgou orientações
sobre o uso de equipamentos de conservação de sangue
e de hemocomponentes da rede de serviços de hemoterapia (SHs) para o armazenamento de vacinas contra
Covid-19 em temperaturas muito baixas (-20°C ou menos). O conteúdo
está disponível na Nota Técnica 36/2021, publicada nesta terça-feira
(4/5).
O objetivo é orientar sobre
como a rede pode contribuir, de
forma contingencial, no apoio logístico e de distribuição
regional de vacinas usadas no enfrentamento à pandemia provocada pelo novo
coronavírus (Sars-CoV-2), preservando processos de gestão de
riscos e de manutenção da qualidade do sangue e
de hemocomponentes.
Dentre as
orientações, destaca-se que os equipamentos disponíveis nos SHs devem atender, prioritariamente, a
necessidade de armazenamento e de conservação de sangue,
hemocomponentes e hemoderivados, bem como de insumos críticos, de forma a
garantir a assistência hemoterápica da sua área de abrangência.
Outra recomendação é que sejam
reavaliadas as condições previamente validadas para armazenamento dos
hemocomponentes, de forma a não comprometer nem a conservação
dos produtos e insumos hemoterápicos e nem a dos imunizantes.
A medida integra os
esforços de enfrentamento à pandemia de Covid-19, levando em
consideração a necessidade de ampliação da vacinação da população brasileira,
desafio que demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da
Saúde a definição de estratégias de logística para manutenção da qualidade das
diversas vacinas que estão disponíveis.
Nesse contexto, uma das
possibilidades é contar com o apoio dos SHs, também conhecidos como bancos
de sangue, para o armazenamento de vacinas contra o vírus Sars-CoV-2 que exijam
conservação em equipamento da cadeia de frio com manutenção de temperaturas
muito baixas (-20°C ou menos), tais como câmaras de congelamento e ultrafreezers.
Conforme recomendação da
Anvisa, os SHs, em parceria com
o PNI e as secretarias de saúde
dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal (DF), devem formalizar as responsabilidades para a gestão dos
estoques de vacinas. Isso inclui o manuseio, a guarda, a segurança
e o monitoramento das condições de conservação, de dispensação e
de distribuição dos imunizantes. A estratégia deve contemplar, ainda,
o treinamento do pessoal envolvido na logística, seguindo os requisitos
de Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de
Medicamentos.
Vale ressaltar que, nos SHs, um
dos itens importantes de monitoramento
e de controle de produtos é a manutenção da cadeia de frio
para o armazenamento e a conservação do
sangue (hemocomponentes), que segue regras rigorosas de
qualificação e validação de equipamentos, os quais também devem ser alvos
dos programas de manutenção preventiva e calibração.
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