Estoques
de sangue estão sendo atualizados diariamente pelas unidades estaduais ao
Ministério da Saúde. Estratégia visa garantir a preparação da rede do Rio de
Janeiro para situações de contingência
Hemocentros
brasileiros iniciaram nesta semana uma estratégia especial para a garantia dos
estoques de sangue durante o período dos Jogos Olímpicos no Brasil. A partir de
agora, cada unidade estadual vai informar diariamente a quantidade de bolsas
existentes nos seus estoques, permitindo, assim, o remanejamento para situações
de contingência no Rio de Janeiro e nas cidades-sede dos jogos de futebol. Além
disso, o Ministério da Saúde recomenda a manutenção das doações, possibilitando
o reforço dos bancos nacionais, especialmente nos locais de prova.
A
estratégia é similar à que foi empregada durante a Copa das Confederações e a
Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014. Nessas
ocasiões, quando houve a necessidade de reforço nos estoques de algum estado, a
Hemorrede Pública Nacional promoveu o deslocamento das bolsas, com base nas
informações atualizadas de cada hemocentro coordenador.
Nos
Jogos Olímpicos, o transporte de bolsas de sangue para o Rio de Janeiro e para
as cidades-sede, caso seja necessário, será realizado por meio aéreo ou
terrestre, dependendo da distância do estado que fornecerá os hemocomponentes e
da avaliação da logística que melhor atenda cada caso.
O
monitoramento dos bancos de sangue será feito pela Coordenação Geral de Sangue
e Hemoderivados do Ministério da Saúde, com base na atualização dos hemocentros
sobre a quantidade armazenada. Por meio do sistema Hemovida Ciclo do Sangue -
Módulo Gerenciamento de Estoque para Grandes Eventos. O Brasil conta com 32
hemocentros coordenadores, sendo um em cada estado, à exceção de São Paulo, que
possui seis unidades.
DOAÇÕES
- O Ministério da Saúde informa que o Brasil é
um dos poucos países que têm taxa de doação de sangue acima da recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de que pelo menos 1% da população do
país seja doadora. Em 2015, a taxa preliminar de doação de sangue para cada mil
habitantes no Brasil foi de 19,83, o que representa 1,9% da população. Ao todo,
dados prévios indicam que houve a coleta de 3,7 milhões de bolsa no período,
sendo que 93% dessa quantidade foram coletados nas unidades próprias e
contratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Embora
o sistema brasileiro seja uma referência internacional, o Ministério da Saúde
reforça que é fundamental a manutenção e a ampliação permanente das doações,
especialmente em períodos de realização de eventos de massa, pois a
disponibilidade de sangue coletado é essencial para os atendimentos de
urgência, a realização de cirurgias eletivas de grande porte e o tratamento de
pessoas com doenças, além das oncológicas que necessitam de transfusão
frequentemente.
O
Ministério da Saúde investe para que as doações aconteçam de forma espontânea e
habitual, independente das características individuais e de o doador conhecer
ou não a pessoa que precisa de sangue. Nesse sentido, são realizadas as
Campanhas Nacionais de Doação de Sangue que têm por objetivo sensibilizar
doadores em potencial a se tornarem doadores regulares de sangue, assim como
fidelizar doadores de sangue esporádicos. O Dia Nacional do Doador de Sangue é
celebrado em 25 de novembro. No mesmo mês é realizada a Campanha Nacional de
Doação de Sangue, em data a ser definida.
A
ideia central com a realização das campanhas nacionais é que se constitua uma
cultura solidária de doação de sangue e que essa doação aconteça de forma
espontânea. A campanha não tem um público-alvo específico, porque visa difundir
a importância da doação de sangue de forma geral, para populações variadas.
Em
termos de campanhas nacionais, o Ministério da Saúde promove campanhas anuais
para promover a doação de sangue de alcance nacional. Além disso, há divulgação
permanente da doação de sangue na página do Facebook da doação de sangue do
Ministério da Saúde www.facebook.com/DoeSangueMS. Somado a isso, há
qualificações regulares para os profissionais envolvidos com a promoção da
doação de sangue nos hemocentros, para que suas ações incentivem mais pessoas a
doar sangue.
Por
Diogo Caixote, da Agência Saúde
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