Os
avanços em ciência, tecnologia e inovação são uma grande ferramenta para a
valorização e o reconhecimento do Brasil no exterior. Essa foi a posição do
secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alvaro Prata, no encerramento do
1º Seminário sobre Diplomacia e Inovação Tecnológica, promovido
nesta quinta-feira (28), em Brasília.
O
secretário apontou que, desde 2015, o Brasil caiu seis posições no ranking
internacional “Soft Power 30”, que mede a capacidade dos países em alcançar
objetivos por meio das relações internacionais. No levantamento deste ano, o
Brasil ocupa a 29ª posição em 30 nações listadas. Na opinião do secretário, o
país pode conquistar posições com a valorização da pesquisa, das universidades
e da cooperação internacional.
“O
empoderamento pela ciência valoriza a parceria entre os países e implica na
competitividade, tecnologia e inovação dos países associados a esse avanço
científico. O Brasil não pode se descuidar desse aspecto relevante”, afirmou.
Outro
ponto em que o país tem muito a avançar é no uso da inovação para reduzir
desigualdades sociais, como nas políticas de acesso à telemedicina e à
educação.
Já o
subchefe do Gabinete do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Manuel
Montenegro, citou áreas em que o Brasil já possui reconhecimento, como os
trabalhos da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Na opinião dele, o país deve considerar sua
cultura para montar políticas de promoção internacional. “Cada país tem sua
cultura, nossa maneira de fazer as coisas é específica. Temos que considerar
esses fatores na hora de fazer políticas que promovam o softpower brasileiro”,
pontuou.
Para
o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI),
Pedro Wongtschovski, o caminho para adicionar valor à imagem do país passa pela
integração dos campos industrial e científico às produções internacionais. “A
intensificação da cooperação internacional para fazer projetos que se voltem à
análise e solução de problemas brasileiros teriam um impacto imenso na visão
externa que o Brasil passaria a ter”, pontuou.
Já o
presidente do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane,
falou sobre prospecção, os métodos e ferramentas que apoiam a tomada de
decisões estratégicas em busca de objetivos futuros. “Na medida em que você
consegue moldar atitudes, percepções, criar compromissos, estabelecer
parcerias, você está coordenando a tomada de decisões. Dessa maneira, você
constrói imagem, prestígio e liderança”, ressaltou.
O 1º
Seminário sobre Diplomacia e Inovação Tecnológica foi feito em parceria com o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) e trouxe em cada painel representantes
do MCTIC, do MRE, do setor produtivo e da academia.
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