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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Ministério da Saúde estuda uso de robôs para realizar cirurgias no SUS

Projeto de Brasília estuda o uso da tecnologia para tornar procedimentos cirúrgicos mais precisos e menos invasivos

O Ministério da Saúde está discutindo investimentos para a implantação de tecnologia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS). Na última semana, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Fireman, conheceu o estudo de utilização de robôs em cirurgias do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília - DF. O projeto vai estudar o uso da tecnologia para tornar os procedimentos cirúrgicos mais precisos e menos invasivos.

"É um projeto ousado e importante. Estamos estudando a possibilidade de introduzir a tecnologia robótica em fase experimental de pesquisa para fazer a avaliação de desempenho no SUS, verificar os benefícios para saber se temos viabilidade de ampliar o investimento futuramente para outros hospitais”, explicou o secretário Marco Fireman.

Atualmente, o Ministério da Saúde dá incentivos fiscais, por meio dos Programas de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que é realizado por entidades filantrópicas credenciadas ao SUS para o desenvolvimento de projetos que utilizem a tecnologia robótica. Além disso, o governo federal já investe em dois programas em São Paulo – um no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) e outro no Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O robô é um aparelho comandado pelo cirurgião que permite alta precisão, reduz o tempo de duração dos procedimentos e facilita manipulação de áreas de difícil acesso. Além disso, “é uma inovação que permite a visualização de tumores de forma mais detalhada, rastreando inclusive aqueles que não são identificados em cirurgias comuns. A tecnologia permite alto desempenho em procedimentos de ressecção de tumores e aumenta as chances de cura de pacientes oncológicos. É um avanço inestimável, porque a vida não tem preço”, pontuou o médico e diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Renato Teixeira.

O uso da robótica para esse tipo de procedimento é uma prática consolidada em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 3500 robôs em unidades hospitalares para cirurgias de alto grau de complexidade. Se implementado no Hran, o projeto será o primeiro a disponibilizar a tecnologia em um hospital no Centro Oeste.

Para ele, é importante o desenvolvimento de projetos de pesquisa para formação de novos médicos e profissionais de saúde. "A tecnologia é uma tendência mundial. Isso é uma questão de tempo. O Hran é, além de um hospital, um centro de ensino. Um projeto como esse permite não só um aumento na recuperação de nossos pacientes, mas também a possibilidade de preparar nossos médicos para o futuro”, defendeu.

A proposta está sendo elaborada pelo HRAN e deverá ser submetida ao Ministério da Saúde para avaliação. Se aprovado entrará em fase de instalação para ser testado por um período de aproximadamente três anos.

Da Agência Saúde, com informações e Bruna Viana (Nucom/SCTIE/MS)


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