A Anvisa apresentou,
na última sexta-feira (26/4), o novo sistema de notificação de
eventos adversos relacionados a medicamentos (VigiMed), durante o I Congresso
de Ciências Farmacêuticas do Centro-Oeste, em Brasília. A apresentação foi
feita pelo gerente da área de Farmacovigilância (GFARM), Marcelo Vogler,
que explicou o que é a ferramenta, como utilizá-la e quais suas
vantagens.
O gerente da
GFARM informou que a implantação está sendo realizada de forma
gradual. O primeiro módulo já está funcionando desde dezembro de 2018 e
é destinado à população em geral e profissionais de saúde. O segundo, em
fase de testes, é para o uso da Rede Sentinela para eventos
adversos a medicamentos, formada por 253 hospitais. A última etapa de
implantação, no segundo semestre de 2019, abrangerá a indústria
farmacêutica.
Vogler também comentou
sobre a importância da notificação para melhorar a segurança do paciente
e desencadear medidas que evitem novos episódios envolvendo o mesmo
produto. Destacou, ainda, que o VigiMed fornece o padrão de
transmissão de notificações harmonizado internacionalmente e que os
dados poderão ser usados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) para avaliar casos e recomendar medidas em escala
global.
O sistema, implantado no
Brasil em dezembro de 2018, é baseado em uma solução tecnológica
da OMS, originalmente chamada VigiFlow, concebido para ser operado de
forma intuitiva, com navegação fácil e com o auxílio de orientações sobre o
preenchimento de campos obrigatórios.
O sistema é de baixo custo
(US$ 1.000 por ano) e substitui o uso do Notivisa especificamente para a
notificação de eventos adversos, erros ou quase erros relacionados ao uso de medicamentos.
Importante: as queixas técnicas continuarão sendo realizadas pelo
Notivisa.
Mesa-redonda sobre os 20 anos
da Anvisa
O VigiMed foi
abordado durante a apresentação do tema “A atuação do farmacêutico na
consolidação da farmacovigilância”, feita pelo gerente
Marcelo Vogler durante a mesa-redonda “20 anos de Anvisa”, que
reuniu cerca de 30 pessoas. A mediação foi de Ozório Paiva, ex-presidente
do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF/DF) e membro da
comissão científica do congresso.
A atividade tratou também da
“Organização e serviços de hoje e desafios para o amanhã”, tema abordado
pelo corregedor da Anvisa, Ivon Carrico. Durante a
apresentação, ele falou sobre o contexto da criação e estruturação da
Agência, a função administrativa do estado e a organização
de serviços no país, incluindo temas como a administração patrimonial,
burocrática e gerencial, entre outros tópicos.
Outro assunto da mesa-redonda
foi a “Regularização no âmbito da Anvisa”, apresentado pelo chefe de
Gabinete e gerente geral da área de Portos, Aeroportos,
Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF), Marcus Aurélio Miranda de
Araújo. Ele abordou tópicos como o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS), o aprimoramento da
regulação, ações pré-mercado e pós-mercado, Agenda Regulatória e a importância
da convergência regulatória internacional.
Marcus Aurélio comentou também
sobre a necessidade de ampliar a competitividade e os investimentos
da indústria relacionada à saúde, simplificação e automatização de fluxos
e processos de trabalho e aprimoramento do sistema de informações da
Anvisa, bem como a interação com os demais sistemas do governo.
Sobre o congresso
O I Congresso de Ciências
Farmacêuticas do Centro-Oeste, realizado no Hotel Royal Tulip Alvorada, em
Brasília, entre os dias 25 e 27 de abril, foi realizado pelo Conselho Federal
de Farmácia (CFF), CRF/DF e pela Associação dos Servidores do Comércio
Farmacêutico (Ascofarma). O evento comemorou os 50 anos do CRF/DF e discutiu o
tema “A integralidade do cuidado farmacêutico",
reunindo mais de 1.200 congressistas.
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