Nesta sexta-feira (26/4), a Anvisa fiscalizou e
retirou anúncios da internet do produto dióxido de cloro, também comercializado
com a sigla MMS. O motivo é a alegação de propriedades terapêuticas para uma
substância química que não tem qualquer comprovação de segurança para uso em
humanos. Desde junho de 2018, a Agência proíbe a fabricação, distribuição,
comercialização e uso desses produtos.
O uso do dióxido de cloro vem sendo
divulgado como uma cura “milagrosa” para diversas doenças, entre elas o autismo.
O produto, na verdade, é uma substância utilizada na formulação de produtos de
limpeza, como alvejantes e tratamento de água.
O dióxido de cloro não tem aprovação
como medicamento em nenhum lugar do mundo. A sua ingestão traz riscos imediatos
e a longo prazo para os pacientes, principalmente às crianças.
Na quinta-feira (25/4), a Agência já
havia solicitado ao site Mercado Livre a retirada de dois
anúncios do ar. Os anúncios traziam indicações de uso para tratamento para
autismo e ofereciam protocolos de uso do produto para seus compradores. Outros
anúncios devem ser retirados do ar ainda nesta sexta-feira.
Alerta ao Sistema
A Anvisa também está alertando as
Vigilâncias Sanitárias dos estados e municípios para que fiscalizem o comércio
irregular dessa substância com indicações terapêuticas. Essa prática é uma
infração sanitária, sujeita a multa. Além disso, é um crime contra a saúde
pública, de acordo com o Código Penal.
Produto corrosivo
O dióxido de cloro é classificado
como um produto corrosivo e sua manipulação exige o uso de equipamento de
proteção individual. É um produto que também traz riscos pela inalação.
Parceria
Esta é uma medida cautelar, diante do
risco que esse produto pode trazer para o usuário. A Anvisa mantém um acordo de
cooperação com a plataforma Mercado Livre para coibir a venda de produtos
irregulares e que colocam em risco a saúde das pessoas.
A Agência reitera que apenas
medicamentos registrados possuem os requisitos fundamentais para garantir a
segurança e a eficácia dos tratamentos. Assim, quer continuar realizando
ações para responsabilizar os fabricantes quando eles não cumprirem com as obrigações
sanitárias.
A ação conjunta entre a Anvisa e a
sociedade permite que a Agência atue de forma mais rápida, garantindo a
segurança e a proteção das pessoas.
Ascom
0 comentários:
Postar um comentário