De acordo com os últimos resultados inovadores do ensaio ReBIC‑1 apresentado esta semana no Congresso
Heart Failure 2019 da Sociedade Europeia de Cardiologia, o tratamento
farmacológico para doentes com insuficiência cardíaca estável pode ser
simplificado ao retirar os diuréticos.
O ensaio ReBIC‑1 aleatorizado,
multicêntrico, em dupla ocultação, avaliou a segurança e a tolerabilidade da
retirada da furosemida em doentes ambulatórios com insuficiência cardíaca
crónica estável. Um total de 188 doentes foram aleatorizados numa
proporção de 1:1 para manterem ou interromperem a toma de furosemida. Os
doentes no grupo de retirada receberam placebo.
O estudo tinha dois resultados
coprimários: dispneia relatada pelos doentes durante 90 dias e a proporção
de doentes mantidos sem diuréticos adicionais durante um seguimento de
90 dias.
O estudo concluiu que não
houve qualquer diferença entre os grupos na autoperceção de dispneia durante o
período de seguimento de 90 dias. Aproximadamente 75% do grupo de retirada
e 84% do grupo de manutenção não necessitaram da reutilização da furosemida
durante o seguimento (P=0,16).
O investigador principal, Dr
Luis E. Rohde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
Brasil, afirmou que as conclusões indicam que os diuréticos podem ser
descontinuados em segurança em doentes com insuficiência cardíaca que cumpriam
os critérios de elegibilidade do ensaio. “A maioria dos doentes que atendemos
na clínica de insuficiência cardíaca em ambulatório cumprem os critérios do
ensaio e poderão beneficiar desta estratégia”, afirmou.
Fonte:univadis.com.br
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