Estratégia
de resposta brasileira ao HIV não será prejudicada. Ampliação da
assistência e a melhoria do diagnóstico são ações que continuarão sendo
adotadas pelo novo departamento
O
Ministério da Saúde lamenta a interpretação equivocada do jornal Folha de S.
Paulo, na coluna Painel, sobre a nova estrutura do Ministério da Saúde. Ao
contrário do informado pelo jornal, a nova estrutura regimental promove maior
integração entre as áreas do Ministério da Saúde, que busca reordenar ações e
tomada de decisão das políticas públicas em favor da população e melhor gestão
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cabe
destacar que a reformulação foi identificada a partir de necessidades de
implementar ações mais efetivas, eficientes e contemporâneas e está sendo
realizada de forma a priorizar ações de assistência à saúde da população por
meio das melhores evidências científicas e da incorporação das tecnologias que
trazem benefício à população, sempre visando tornar mais eficaz o gasto público.
O
Ministério da Saúde esclarece que a estratégia de resposta brasileira ao HIV
não será prejudicada com a reestruturação da Secretaria de Vigilância em Saúde.
O Departamento de ISTs, Aids e Hepatites Virais agora passa a ser denominado
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis. Uma demonstração do equívoco da Folha de S. Paulo é a
manutenção de Gerson Pereira, médico epidemiologista e servidor público federal
do Ministério da Saúde, a frente do departamento. Com a permanência, a
Secretaria de Vigilância em Saúde reitera a continuidade e valorização das
políticas públicas.
A
intenção é trabalhar com as doenças mais comuns nas populações com maior
vulnerabilidade e com os mesmos condicionantes sociais. Além disso, o HIV/Aids,
a tuberculose e a hanseníase possuem características de doenças crônicas
transmissíveis, com tratamento de longa duração, o que permite uma integração
das ações. As pessoas vivendo com HIV, por exemplo, têm maior risco de
desenvolver a tuberculose, além de ser um fator de maior impacto na mortalidade
nesses casos. Também é comum que o diagnóstico da infecção pelo HIV seja feito
durante a investigação/confirmação da tuberculose.
Do
ponto de vista programático, não haverá perda orçamentaria para o HIV/aids. O
orçamento da área passou de R$ 1,7 bilhão em 2018 para R$ 2,2 bilhões em 2019.
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo protagonismo e pioneirismo na
assistência ao paciente com HIV/aids. A ampliação da assistência e a melhoria
do diagnóstico são ações que continuarão sendo adotadas pelo departamento,
visando garantir acesso ao tratamento e melhoria da qualidade de vida dessa
população.
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