A partir do dia 03 de junho,
toda a população poderá se vacinar contra a gripe. Público prioritário teve
mais de 50 dias para se vacinar com exclusividade
A partir da próxima
segunda-feira (03/06), toda a população terá oportunidade de se vacinar contra
a gripe enquanto durarem os estoques da vacina. Ou seja, quem não faz parte do
público-prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza também
pode procurar a unidade de saúde mais próxima para se vacinar. Essa é a
recomendação do Ministério da Saúde já enviada aos estados e municípios. A
medida evitará desperdício de doses nas localidades que não alcançarem a meta
de imunização no público-alvo, que continua sendo prioritário. Até hoje (31),
dia em que se encerra a campanha, quase 80% do público-alvo foi vacinado, o que
representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os
dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.
Durante o período da campanha,
foram priorizados 59,4 milhões de gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses
a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde,
pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada
de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento. Mas, até o início
desta sexta-feira (31), 11,9 milhões de pessoas desses grupos ainda não haviam
recebido a dose de proteção contra a influenza. A meta é vacinar 90% do
público-alvo.
A escolha do público
prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)
por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A
vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.
Até o momento, seis estados já
bateram a meta de 90%: Amazonas (98,5%), Amapá (98,5%), Pernambuco (93,6%),
Espírito Santo (91,3%), Rondônia (90,4%) e Maranhão (90%). Outros estados estão
bem próximos à meta e já ultrapassaram o percentual de 85%: Alagoas (89,9%),
Rio Grande do Norte (88,7%), Minas Gerais (86,6%) e Paraíba (86,1%). Já os
estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (63,7%), Acre (73%) e São Paulo
(73,1%). Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca
de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproximadamente 196,5 mil
pessoas.
Entre a população prioritária,
os funcionários do sistema prisional registraram a maior cobertura vacinal, com
103,3% de cobertura, seguido pelas puérperas (94,9%), indígenas (90,6%),
professores (90,8%) e idosos (88,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os
profissionais das forças de segurança e salvamento (36,8%), população privada
de liberdade (59,5%), pessoas com comorbidades (73,5%), crianças (74,2%),
gestantes (74,5%) e trabalhadores de saúde (78,4%).
A vacina produzida para 2019
teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os
três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério
Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09;
A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87).
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos
graves da doença.
CASOS DE GRIPE NO BRASIL
Neste ano, até 11 de maio,
foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por
influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante
no país é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos
e 86 óbitos.
TRATAMENTO DA GRIPE
Todos os estados estão
abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma
estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o
Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do
medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente,
nas primeiras 48h após o início dos sintomas.
Tabela de cobertura vacinal por UF – Dados até
às 14h do dia 31 de maio
Estado
|
Público-alvo
|
Vacinas aplicadas
|
Cobertura
|
Rondônia
|
430.942
|
389.561
|
90,40
|
Acre
|
242.134
|
176.835
|
73,03
|
Amazonas
|
1.134.938
|
1.118.147
|
98,52
|
Roraima
|
193.706
|
161.693
|
83,47
|
Pará
|
2.095.999
|
1.715.559
|
81,85
|
Amapá
|
203.313
|
200.213
|
98,48
|
Tocantins
|
423.089
|
355.794
|
84,09
|
Maranhão
|
1.877.403
|
1.689.835
|
90,01
|
Piauí
|
905.543
|
732.022
|
80,84
|
Ceará
|
2.563.445
|
2.113.534
|
82,45
|
Rio Grande do Norte
|
993.277
|
881.486
|
88,75
|
Paraíba
|
1.185.997
|
1.021.334
|
86,12
|
Pernambuco
|
2.644.685
|
2.474.974
|
93,58
|
Alagoas
|
876.935
|
788.943
|
89,97
|
Sergipe
|
567.774
|
479.335
|
84,42
|
Bahia
|
4.107.807
|
3.128.749
|
76,17
|
Minas Gerais
|
6.077.516
|
5.263.477
|
86,61
|
Espirito Santo
|
1.053.545
|
962.200
|
91,33
|
Rio de Janeiro
|
4.902.445
|
3.123.123
|
63,71
|
São Paulo
|
13.477.738
|
9.861.324
|
73,17
|
Paraná
|
3.352.193
|
2.688.960
|
80,21
|
Santa Catarina
|
1.987.390
|
1.574.779
|
79,24
|
Rio Grande do Sul
|
3.829.699
|
3.039.000
|
79,35
|
Mato Grosso do Sul
|
801.907
|
628.049
|
78,32
|
Mato Grosso
|
859.343
|
728.122
|
84,73
|
Goiás
|
1.862.979
|
1.568.398
|
84,19
|
Distrito Federal
|
817.939
|
636.157
|
77,78
|
BRASIL
|
59.469.681
|
47.501.603
|
79,88
|
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