O Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) da Secretaria de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, anuncia a
realização do VII Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos
(VII CBURM), em Brasília-DF, no período de 10 a 12 de dezembro de 2019.
O tema desta edição é:
“Desafios e perspectivas para o uso racional de medicamentos na prática
interprofissional”.
O Congresso é organizado pelo
Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM) e pretende
subsidiar a elaboração de diretrizes e estratégias para a promoção do uso
racional de medicamentos.
Serão três dias de atividades
entre cursos, oficinas, palestras, mesas redondas, painéis, além de atividades
interativas, os quais contarão com a contribuição de personalidades marcantes
tanto a nível nacional como internacional.
Esta iniciativa tem por
finalidade orientar e propor ações, estratégias e atividades para a promoção do
uso racional de medicamentos no âmbito da Política Nacional de Promoção da
Saúde, visando ampliar e qualificar o acesso a medicamentos que atendam aos
critérios de qualidade, segurança e eficácia. Por isso, são aguardados
estudantes, professores, gestores, pesquisadores e profissionais de saúde das
diversas áreas envolvidas no uso de medicamento como nutricionistas,
psicólogos, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e
demais atores relacionados à temática.
Dentro das propostas de
Oficinas, encontramos:
As oficinas abordam temas
estratégicos para a promoção do uso racional de medicamentos. Cada oficina terá
produto final relatório com recomendações e estratégias para o SUS, no qual
serão publicados posteriormente pelo Ministério da Saúde. Será disponibilizada
equipe de relatoria gráfica para cada Oficina.
Oficina 1 (10/12): Papel
dos centros de infusão no uso racional de medicamentos biológicos e
biossimilares.
Carga horária: 8h.
Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias para realizar diagnóstico situacional dos centros
de infusão no país. E identificar os obstáculos para sua implantação,
estruturação e acesso dos pacientes nos Estados com base na discussão dos
painelistas.
Ementa: Medicamentos
biológicos foram incorporados pelo SUS para tratamento de diversas patologias.
Com o intuito de envolver a sociedade no processo de identificação das
dificuldades e problemas relacionados à pesquisa, desenvolvimento, produção,
regulação, disponibilização, monitoramento e uso racional de medicamentos
biológicos, o GT de Medicamentos Biológicos gerou uma Enquete Pública. Entre os
resultados da Enquete houveram diversas contribuições que indicavam a ausência
ou falta de estrutura dos centros de infusão para medicamentos biológicos
ofertados pelo SUS.
Oficina 2 (10/12): Assimetrias
entre acesso e uso racional de medicamentos.
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias com base em dados da literatura nacional e
experiência dos atores os principais problemas quanto a assimetria de
acesso no âmbito do uso racional de medicamentos no país.
Ementa: Debater diferentes
assimetrias de acesso a medicamentos no Brasil, as quais sinalizam problemas de
gestão, da interação da equipe multidisciplinar e de atores institucionais
(por, exemplo, o judiciário, a regulação sanitária, os conselhos profissionais)
e de dificuldades de grupos específicos de usuários que experimentam alguma
situação de vulnerabilidade econômica e /ou social. Tendo em vista a interação
dialógica entre o acesso e o uso racional de medicamentos, os problemas de um
necessariamente afetam o outro aspecto.
Oficina 3 (10/12): Uso
racional de antimicrobianos na Odontologia.
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias quanto ao uso racional de antimicrobianos em
Odontologia e aspectos legais da prescrição.
Ementa: Conceitos básicos da
terapia antimicrobiana. Indicações do emprego de antibióticos em Odontologia. Diferenças
entre os regimes de tratamento e profilático. Riscos individuais e
populacionais associados ao uso inadequado de antimicrobianos na odontologia.
Aspectos legais da prescrição de antimicrobianos.
Oficina 4 (10/12): Indicadores
para implantação e monitoramento do uso racional de medicamentos em serviços de
saúde.
Carga horária: 8h.
Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias quanto ao papel da prática interprofissional
colaborativa na promoção do uso racional de medicamentos, bem como demonstrar
as características de um plano de educação interprofissional (base lógica,
metas baseadas em resultados, desenho deliberado e avaliação).
Ementa: Introdução à
terminologia consensual da literatura referente à educação interprofissional e práticas
colaborativas interprofissionais. Estabelecimento de relações entre a prática
interprofissional colaborativa e a promoção do uso racional de medicamentos.
Reflexão sobre a necessidade de planos de educação interprofissional.
Detalhamento das características de planos de educação interprofissional. Troca
de experiências entre os participantes sobre o uso racional de medicamentos em
situações comuns na prática da atenção primária à saúde.
Oficina 5 (11/12): Ferramentas
e instrumentos intersetoriais para práticas desmedicalizantes.
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias a fim de capacitar os participantes no uso dos
conceitos de medicalização e medicamentalização; sensibilizar nos impactos
desses termos nas políticas públicas; desenvolver ferramentas e instrumentos
intersetoriais para práticas desmedicalizantes.
Ementa: Abordar os conceitos
de medicalização e medicamentalização objetivando criar instrumentos de combate
à medicalização para serem utilizados de forma intersetorial nos serviços de
saúde, educação e assistência social.
Oficina 6 (11/12): Prevenção
quaternária no fazer médico: evidências e estratégias.
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Compartilhar
experiências em que pacientes foram protegidos de uma intervenção médica
invasiva e sugerido procedimentos científica e eticamente aceitáveis.
Ementa: Refletir sobre as
quais ações podem ser feitas para identificar um paciente ou população em risco
de supermedicalização e o potencial da desprescição como ação de prevenção
quaternária.
Oficina 7 (11/12): Enfermagem
e a segurança do usuário de medicamentos: protocolos e ferramentas de cuidado.
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Compartilhar
impactos de uso de guias de prática clínica ou outras ferramentas de cuidado em
diferentes condições clínicas.
Ementa: Solidariedade na
gestão do cuidado com demais profissionais; Avaliação da qualidade e eficiência
do tratamento em relação à segurança do paciente.
Oficina 8 (11/12): Uso
racional de fitoterápicos na Atenção Primária à Saúde (50 vagas).
Carga horária:
8h. Vagas: 50.
Objetivos: Elaborar
recomendações e estratégias quanto à importância do uso racional de fitoterápicos
na atenção primária à saúde. Discutir entre os diferentes atores participantes,
a atuação junto à comunidade nesta temática.
Ementa: Conceitos gerais sobre
fitoterapia; segurança, eficácia e qualidade de fitoterápicos; fitoterapia
baseada em evidências.
Mario Sergio Ramalho
0 comentários:
Postar um comentário