Destaques

terça-feira, 2 de março de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

-- Guedes: o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta manhã que seria perigoso aprovar o auxílio emergencial sem contrapartida fiscal e – sobre sua proposta, derrotada, de desvincular verbas obrigatórias para educação e saúde – que recursos carimbados não protegem as pessoas. Ele também disse que a Petrobras não pode "ficar dando prejuízo". O ministro disse também que o PIB vai cair menos que 4% em 2020. O resultado do quarto trimestre e anual sai amanhã às 09h00.

-- PEC Emergencial: Valor informa que o recuo do governo na desvinculação das verbas de saúde e educação não diminuirá a pressão por desidratação da PEC Emergencial. Senadores defendem a destinação de 28% do PIS/Pasep para o BNDES; já as mantenedoras de universidades privadas tentam preservar o ProUni de cortes.

-- Ajuste: o relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar, defendeu que o Congresso aprove mecanismos para conter o gasto público, mas informou que seu texto vai autorizar o governo a fazer mais empréstimos para pagar o auxílio emergencial. Bittar confirmou que retirou da PEC o trecho que desvinculava gastos do Orçamento. A PEC começa a ser discutida hoje no Senado; antes, há reunião de líderes em busca de acordo.

-- Auxílio: Jair Bolsonaro disse a apoiadores que está "quase tudo certo" com o valor da nova rodada de auxílio: quatro parcelas mensais de R$250.

-- Combustíveis: o governo editou medida provisória elevando a CSLL para bancos de 20% para 25% para compensar o decreto que zera impostos no diesel até abril e no gás de cozinha, sem prazo determinado. O impacto das isenções em 2021 soma R$3,67 bilhões, diz o Estado de S. Paulo.

-- Reajustes: a Petrobras anunciou mais um reajuste de 4,8% no preço da gasolina e de 5% no diesel. O governo estuda criar um fundo estatal para conter a alta dos combustíveis.

-- Marco do Gás: a Câmara retoma hoje a análise do marco do gás; o relator na Casa, deputado Laercio Oliveira, prometeu rejeitar mudanças feitas pelos senadores na contramão dos planos da equipe econômica. O governo quer quebrar o monopólio da Petrobras, aumentar a competição, cortar custos e preços e atrair cerca de R$60 bilhões em investimentos.

-- Pandemia no Brasil: 17 estados e o Distrito Federal ultrapassaram a taxa de 80% de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI, segundo levantamento da CNN Brasil com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

-- Vacinação: Bolsonaro sancionou a MP que insere o Brasil no consórcio global de vacinas Covax, mas vetou o trecho que reduzia de dez para cinco dias o prazo para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizar uso emergencial de imunizantes. O presidente atendeu reivindicação da direção da agência reguladora.

-- Restrições: ante o agravamento da pandemia, o conselho nacional dos secretários de Saúde divulgou carta ao Ministério da Saúde em que pede medidas como toque de recolher nacional das 20h às 06h00, suspensão das aulas presenciais e fechamento de praias e bares. O presidente da Câmara, Arthur Lira, se reúne hoje às 13h30 com governadores para tratar de vacinação. O governador de São Paulo, João Doria, previu que as duas semanas serão as mais duras e graves da pandemia; ele não descarta lockdowns no estado nas próximas duas semanas, ainda que em pontos localizados.

Edmar Soares

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