Elisa Chagas | 26/03/2021,
11h35 - ATUALIZADO EM 28/03/2021, 08h50
Reprodução/Tv Senado
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O novo ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, confirmou sua participação em audiência pública nesta segunda-feira
(29), às 16h, na comissão temporária criada para acompanhar as ações contra a
covid-19 (CTCOVID19). O senadores da comissão debaterão com o ministro o Plano
Nacional de Imunização e o cumprimento dos prazos já estabelecidos, entre
outras medidas de combate à pandemia.
Pela manhã, às 9h, a Comissão
da Covid-19 promoverá outra audiência pública, que debaterá o andamento dos
processos de autorização emergencial e definitiva de vacinas contra a doença. O
colegiado também vai discutir a produção de vacinas no Brasil.
Para a audiência da manhã,
foram convidados representantes da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa); do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa); do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); da Diretoria
do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde;
e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sidan).
Produção de vacinas
Na quinta-feira (25), o
relator da comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), se reuniu com com a
ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para discutir estratégias de ampliar
a produção brasileira de vacinas para até 400 milhões de doses. Segundo o
senador, o objetivo é encurtar o calendário de imunização da população com a
inclusão de três novos superlaboratórios, que hoje produzem vacinas para
animais.
— Com a transferência da
tecnologia, temos grandes indústrias com condições de produzir vacinas com toda
a biossegurança e com tecnologia de ponta. O que precisa agora é um
entendimento entre Brasil e seus organismos e também com os acordos
internacionais que já foram feitos.
Durante reunião do colegiado
na segunda-feira (22), o senador Otto Alencar (PSD-BA) destacou que o Brasil
produz 30 tipos de vacina para os bovinos e só dois tipos de vacina para os
humanos.
De acordo com Wellington, o
segmento reúne 28 laboratórios de produção de produtos animais, sendo três
deles classificados na categoria NB3+, o mais elevado nível de biossegurança,
exigido para produção de vacinas.
— Se nós conseguirmos todas as
licenças, é possível que em 90 dias após a aprovação nós tenhamos o volume de
vacinas para atender toda a população brasileira — afirmou o senador.
O presidente da Academia
Brasileira de Medicina Veterinária e ex-ministro do Desenvolvimento Regional,
Josélio Moura, também participou da reunião com a ministra. Para ele, o
Brasil precisa fazer um esforço de guerra neste momento.
— Precisamos dar respostas
imediatas. O ministério da Agricultura, juntamente com o Ministério da Saúde,
pode encontrar a viabilidade dessa produção em grande escala e curto espaço de
tempo. As indústrias brasileiras já têm um parque tecnológico apropriado. O que
precisa? A célula-mãe, unicamente, porque isso é um know-how que vem de
indústrias que já estão desenvolvendo há algum tempo.
COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR
Agência Senado (Reprodução
autorizada mediante citação da Agência Senado)
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