Governo Federal quer reforçar
a assistência com inclusão de médicos pediatras, ginecologistas e obstetras na
Atenção Primária
Para garantir mais acesso e
cuidado às mulheres e crianças no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da
Saúde lançou, nesta quinta-feira (6), o Cuida Mais Brasil. O Governo Federal
irá repassar, no primeiro ano do programa, R$ 194 milhões para atuação de
médicos pediatras e ginecologistas-obstetras junto às equipes de Saúde da
Família e de Atenção Primária. Assim, esse atendimento ficará mais perto das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo Brasil.
O ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga destacou a importância da medida. “Esse investimento para apoiar os
municípios a construir conosco essa nova realidade do sistema de Saúde é uma
sinalização concreta do que nós podemos ter no futuro da assistência à saúde no
Brasil. Não mediremos esforços nesta luta, para que o princípio constitucional
de saúde como direito fundamental, de todos, e dever do Estado, se concretize”,
disse, durante a solenidade de lançamento da iniciativa.
Atualmente, 5,7 mil pediatras
e 5,3 mil ginecologistas-obstetras estão vinculados diretamente a 1.311 e 1.364
equipes, respectivamente, sem incentivo financeiro federal. O Cuida Mais Brasil
vai incentivar a inclusão desses profissionais na Atenção Primária, aumentando
a capacidade de atendimentos nas UBSs. Com o programa, a estimativa do
Ministério da Saúde é que o número de pediatras aumente para cerca de 8 mil
profissionais e 7 mil ginecologistas-obstetras atuando na APS em todo país.
O programa busca fortalecer o
cuidado materno-infantil e a atuação dos médicos pediatras e
ginecologistas-obstetras; aumentar a capacidade da Atenção Primária para
resolver os problemas de saúde; ampliar profissionais médicos apoiando as
equipes; apoiar e complementar as equipes da APS na condução de condições
crônicas, ciclos da vida e condições epidemiológicas prioritárias para o SUS.
Também presente na cerimônia
de lançamento, o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Raphael Câmara,
destacou o esforço da pasta para que o atendimento siga um padrão onde as
demandas de saúde da população sejam sanadas na Atenção Primária, sem ter de
passar para outras áreas. “Nosso objetivo com esse investimento também é que
tantos as gestantes como as crianças pobres tenham um tratamento como os dos
mais ricos”. Câmara aproveitou o momento para apresentar ações da Saps pelo
país frente à saúde da mulher.
Participaram, ainda, o
secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a secretária de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro. Completaram
a mesa a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosa Melo e a
secretária substituta da Saps, Daniela Ribeiro.
Atenção Primária à Saúde
Entre dezembro de 2019 a
dezembro de 2021, houve um aumento de 15% no número de equipes da APS
financiadas pelo Ministério da Saúde. Ao observar os atendimentos à população
geral, especificamente nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de
2019 e 2021, identificou-se um aumento de 15% nos atendimentos na APS.
Vale destacar que,
considerando somente os municípios que contam com pediatras vinculados às
equipes, há diferenças entre os índices. Nesses municípios, as equipes que
possuem apoio de pediatras registram um aumento de 53% nos atendimentos, e as
que não têm registram um aumento somente de 4%.
0 comentários:
Postar um comentário