O debate em torno da regulamentação
do trabalho terceirizado mantém em foco nas revistas que circulam neste
fim de semana.
Abordagens exploram em tom analítico aquilo que s jornais diários não conseguiram ou não perceberam.
A relação entre o tema e a conjuntura econômica atual é feita de forma direta pelas revistas, que incorporam ao noticiário aspectos peculiares do projeto aprovado na Câmara.
Um dos principais destaques está em CARTA CAPITAL, que analisa o assunto sob o ponto de vista técnico e histórico.
Em tom crítico, CARTA CAPITAL afirma que não surpreende a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "de patrocinar um dos mais duros ataques à legislação trabalhista, sob aplausos da indústria nacional".
CARTA CAPITAL relata que "juízes e procuradores do trabalho ainda tentaram influenciar os deputados contra o projeto, mas em vão". E registra que empresários, em particular industriais, se posicionaram a favor da aprovação.
Mesma reportagem destaca que a Confederação Nacional da Indústria classificou a aprovação como "um avanço”. Texto lembra que, “durante a eleição presidencial, a CNI tentou arrancar de Dilma Rousseff um apoio ao projeto, o que ela se negou a fazer. Marina Silva e Aécio Neves comprometeram-se com a demanda dos industriais”.
Já ISTOÉ DINHEIRO descreve que, no dia votação, “era intensa a movimentação de empresários e executivos das entidades que representam federações estaduais e setoriais”.
De acordo com a reportagem, o vice-presidente da CNI, PAULO AFONSO FERREIRA, calcula que cerca de mil representantes do setor privado passaram por Brasília no dia. “Eles visitaram os gabinetes dos parlamentares dos estados, numa pressão que já começou há meses, na base eleitoral”, resume o texto.
ISTOÉ DINHEIRO afirma ainda que “as entidades empresariais prometem manter a vigilância para garantir que a vitória não escape das mãos (leia mais em ANÁLISE SETORIAL).
Reportagem de capa de ISTOÉ destaca como a crise política afeta a imagem do ex-presidente Lula e adverte de forma bastante analítica que a “decepção do eleitor com o lulopetismo” fica clara na “sondagem da CNI/Ibope divulgada no dia 1º registrou que a maioria dos eleitores de Dilma mostra-se arrependida”.
Na mesma reportagem, ISTOÉ aponta que a juventude petista também está no radar de preocupações do ex-presidente e cita outra pesquisa da CNI/Ibope que mostra que o maior percentual da queda de popularidade do governo concentrou-se entre os mais jovens.
Finalizando as menções à CNI, CLAYTON NETZ, em sua coluna na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “um grupo de trabalho de 12 setores, liderado pela CNI, vai entregar ao governo brasileiro, até o fim de maio, um documento definindo a posição da indústria brasileira sobre a redução de emissões de gases de carbono”.
Segundo CLAYTON NETZ, “o texto pretende subsidiar a posição do País nas discussões previstas para Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, que ocorrerá em Paris, em dezembro”.
Abordagens exploram em tom analítico aquilo que s jornais diários não conseguiram ou não perceberam.
A relação entre o tema e a conjuntura econômica atual é feita de forma direta pelas revistas, que incorporam ao noticiário aspectos peculiares do projeto aprovado na Câmara.
Um dos principais destaques está em CARTA CAPITAL, que analisa o assunto sob o ponto de vista técnico e histórico.
Em tom crítico, CARTA CAPITAL afirma que não surpreende a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "de patrocinar um dos mais duros ataques à legislação trabalhista, sob aplausos da indústria nacional".
CARTA CAPITAL relata que "juízes e procuradores do trabalho ainda tentaram influenciar os deputados contra o projeto, mas em vão". E registra que empresários, em particular industriais, se posicionaram a favor da aprovação.
Mesma reportagem destaca que a Confederação Nacional da Indústria classificou a aprovação como "um avanço”. Texto lembra que, “durante a eleição presidencial, a CNI tentou arrancar de Dilma Rousseff um apoio ao projeto, o que ela se negou a fazer. Marina Silva e Aécio Neves comprometeram-se com a demanda dos industriais”.
Já ISTOÉ DINHEIRO descreve que, no dia votação, “era intensa a movimentação de empresários e executivos das entidades que representam federações estaduais e setoriais”.
De acordo com a reportagem, o vice-presidente da CNI, PAULO AFONSO FERREIRA, calcula que cerca de mil representantes do setor privado passaram por Brasília no dia. “Eles visitaram os gabinetes dos parlamentares dos estados, numa pressão que já começou há meses, na base eleitoral”, resume o texto.
ISTOÉ DINHEIRO afirma ainda que “as entidades empresariais prometem manter a vigilância para garantir que a vitória não escape das mãos (leia mais em ANÁLISE SETORIAL).
Reportagem de capa de ISTOÉ destaca como a crise política afeta a imagem do ex-presidente Lula e adverte de forma bastante analítica que a “decepção do eleitor com o lulopetismo” fica clara na “sondagem da CNI/Ibope divulgada no dia 1º registrou que a maioria dos eleitores de Dilma mostra-se arrependida”.
Na mesma reportagem, ISTOÉ aponta que a juventude petista também está no radar de preocupações do ex-presidente e cita outra pesquisa da CNI/Ibope que mostra que o maior percentual da queda de popularidade do governo concentrou-se entre os mais jovens.
Finalizando as menções à CNI, CLAYTON NETZ, em sua coluna na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “um grupo de trabalho de 12 setores, liderado pela CNI, vai entregar ao governo brasileiro, até o fim de maio, um documento definindo a posição da indústria brasileira sobre a redução de emissões de gases de carbono”.
Segundo CLAYTON NETZ, “o texto pretende subsidiar a posição do País nas discussões previstas para Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, que ocorrerá em Paris, em dezembro”.
Análise Setorial
Com a terceirização ocupando espaços
importantes no noticiário das revistas dedicado a economia destacam-se análises
e prognósticos sobre os impactos reais no mercado de trabalho a partir da
entrada em vigor das mudanças.
· VEJA, por exemplo,
adota tom positivo e celebra o fato de que a legislação finalmente foi
atualizada. Segundo revista, estima-se que 14 milhões de trabalhadores, em um
total de 41 milhões, sejam terceirizados.
· Reportagem afirma
ainda que o mecanismo de terceirização é amplamente empregado por economias
desenvolvidas e os resultados são bons. No caso brasileiro, a expectativa é a
mesma, mas VEJA adverte que as autoridades deverão ficar atentas para
que os direitos dos terceirizados sejam resguardados.
· Na mesma
reportagem, VEJA afirma ser “difícil estimar o impacto da nova lei na
economia, mas um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) indica que será possível abrir até 3 milhões de postos de trabalho no
país”.
· HÉLIO ZYLBERSTAJN,
professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, em artigo na ÉPOCA,
avalia que a terceirização não ameaça o cidadão assalariado. E reforça: “A
proposta em avaliação no Congresso é equilibrada”.
A política industrial também está em destaque nas revistas. O tratamento dessa questão, porém, extrapola a mera observação conjuntural.
· Em entrevista à
coluna PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, afirma que está otimista
com a competitividade que o câmbio atual, mais desvalorizado, dará à indústria
brasileira.
· "Com essa
depreciação será possível que a indústria brasileira recupere algum espaço que
foi perdido para os importados no mercado interno", explica Monteiro
Neto.
· RICARDO BOECHAT, em
sua coluna na ISTOÉ, registra que nos próximos dias o ministro Armando
Monteiro Neto visitará Minas Gerais e receberá do presidente da Federação
das Indústrias de Minas, Olavo Machado Junior, um book com propostas
“para o Brasil sair do atoleiro”.
· Conforme BOECHAT,
“em discurso, Olavo pregará uma política que valorize as ‘marcas
regionais’, mas sem confrontos gerados por interesses corporativos e
fisiológicos".
· Já em entrevista à ISTOÉ
DINHEIRO, a economista Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute
for International Economic, afirma que a medida mais urgente a ser adotada pelo
governo é o processo de abertura comercial da economia brasileira. “Qualquer
política industrial que se queira fazer para melhorar a situação da indústria
passa pela abertura comercial”, defende.
· De forma
complementar à tese defendida pela especialista, ISTOÉ DINHEIRO registra
que o empresário Jorge Gerdau engrossa o coro dos insatisfeitos com a
política econômica. Segundo a reportagem, ele critica a carga tributária do
País e preconiza a união entre a classe trabalhadora e patronal, “na batalha
para reverter a perda de relevância da indústria”.
· Dentro da cobertura
sobre 7ª Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, ISTOÉ DINHEIRO destaca
que Dilma Rousseff e Barack Obama devem reaquecer a relação bilateral. O ministro
Armando Monteiro afirma: “Para a indústria, o grande mercado do Norte vem
se tornando cada vez mais importante”.
· Também em ISTOÉ
DINHEIRO, coluna PODER destaca como ponto de atenção que
"a indústria química brasileira conseguiu um feito que poucos setores
conseguem: a articulação de uma frente parlamentar para defender seus
interesses no Congresso".
Como outro ponto de atenção, reportagens noticiam os reajustes das tarifas de energia elétrica e destacam como afetam o setor industrial – e o bolso do consumidor.
· ISTOÉ DINHEIRO indica
que, devido aos reajustes de energia, a inflação atingiu a maior marca para
março desde 1995. Reportagem explica que, “no meio empresarial, os reajustes
são criticados com veemência”.
· Nesse contexto, ISTOÉ ressalta
que, com a eletricidade mais cara, o custo da produção na indústria também sobe
e esse aumento é transferido para o preço de produtos e serviços.
· O economista Paulo
Rabello de Castro, um dos fundadores do Movimento Brasil Eficiente, critica na
seção PÁGINAS AMARELAS de VEJA a ideia de que benefícios e
subsídios possam ser distribuídos em altos volumes, por um longo tempo, sem
custos para a sociedade. “O governo grátis é o estágio mais avançado da doença
do populismo”, afirma.
· Rabello ataca
a expansão do gasto público, mas adverte que ser contrário à tese do ”ajuste
pelo ajuste” e cobra eficiência nas despesas. Segundo ele, é preciso transformar
o Brasil em “uma pátria investidora”.
· RADAR, em VEJA,
adverte: “aviso aos navegantes: as coisas não vão bem na economia, os
indicadores ainda vão piorar nos próximos meses, mas é nítido que nas últimas
semanas o pessimismo do mercado com o Brasil diminuiu um pouco”.
· Ainda em VEJA,
registra-se como ponto de atenção reportagem especial sobre o Pronatec.
Em tom crítico, texto afirma que o programa “infla resultados e patina na falta
de fiscalização”.
· VEJA questiona
a efetividade no volume de inscritos (8 milhões) e afirma que “boa parte dessa
multidão parou no meio”. Texto destaca que o abandono se dá, especialmente, em
instituições particulares.
· Reportagem reforça
que “a debandada acaba comprometendo um ponto crucial de qualquer programa
movido à base de verbas públicas: o controle sobre a distribuição dos recursos”
– texto menciona um recente relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
· Ainda na
reportagem, VEJA questiona o fato de o Pronatec não prever
retorno à sala de aula para que o aluno se atualize. Apesar disso, revista
afirma que “os resultados são mais animadores nos 640 cursos breves. Segundo VEJA,
“essa fatia doPronatec se beneficia da experiência, principalmente do SENAI,
o maior provedor de ensino técnico do Brasil”.
· VEJA completa
a reportagem com a reprodução de um comentário atribuído a Rafael
Lucchesi, diretor-geral do Senai: “O Brasil precisa de um bom ensino
profissionalizante para ser competitivo”.
· De modo
complementar à discussão em VEJA, o novo ministro da Educação Renato
Janine Ribeiro diz em entrevista exclusiva à ISTOÉ quais seus
principais projetos à frente da pasta e de que modo pretende conciliar
políticas públicas setoriais com estratégias voltadas ao crescimento do
país.
· Janine teoriza
sobre o ensino de ética nas escolas e lembra: “Durante os últimos anos, atuei
como consultor para a Unesco na elaboração de um programa de ética para escolas
de ensino médio do SESI. Não integro mais o programa, mas ele está sendo
implantado em Salvador, na Bahia. Os pontos principais são: não se trata de
dizer o que é certo ou errado, mas capacitar a pessoa para ser um sujeito
autônomo”.
De volta à agenda política, reportagem de capa da VEJA analisa a conjuntura política e faz referência ao fato de que parte do poder da presidente Dilma Rousseff está repartido agora entre o vice Michel Temer, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
· VEJA usa a
expressão “parlamentarismo branco” para sustentar a tese de que os três
peemedebistas ocupam o “vácuo” deixado pela petista. Revista chama ainda de
“desastrada” a operação que tentou remanejar o ministro Eliseu Padilha, da
Secretaria de Aviação Civil (SAC), para a Secretaria de Relações
Institucionais.
· Também na agenda
política, reportagem exclusiva de VEJA traz revelações sobre a
operação Zelotes e supostas ligações entre a ex-ministra da Casa Civil Erenice
Guerra e o lobista Alexandre Paes dos Santos. Segundo o texto, ambos “fazem
parte de uma rede de profissionais acusada de vender facilidades em diferentes
áreas do governo”.
· Nesse contexto, CARTA
CAPITAL destaca que a dimensão da Zelotes “estarrece”. Segundo reportagem,
“o valor investigado soma o dobro daquele até o momento apurado na operação
Lava Jato”.
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