Com o objetivo de reduzir custos e ampliar
receitas, a direção do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vem adotando,
desde 2011, medidas administrativas para contribuir com o equilíbrio das
finanças da instituição. Entre as ações, estão a revisão na estrutura
organizacional e a redução dos custos operacionais.
De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Júlio
C. Felix, uma das regras da diretoria executiva, assumida já na última gestão,
com a determinação do governador, Beto Richa, é fazer mais com menos e melhor.
“Atuamos para aumentar a produtividade do Tecpar, diminuindo gastos que possam
ser cortados e alavancando receitas. Com ideias simples e inovadoras realizamos
grandes mudanças na instituição”, destaca Felix.
Uma das medidas administrativas de maior impacto
foi a redução de custos na estrutura organizacional da empresa, que, desde
2011, passa por uma racionalização com sucessivas reestruturações. De 2011 a
2015, foram reduzidos o número de níveis hierárquicos de cinco para três e
cargos gerenciais de 90 para 41. “O custo mensal com gratificações, que em 2011
era de R$ 111 mil, foi reduzido para R$ 70 mil em março de 2015, registrando
diminuição nos custos na ordem de 36%”, salienta Felix.
Como esforço para equilibrar as finanças da
empresa, a diretoria executiva do Tecpar realizou compensações tributárias (não
desembolso de caixa) desde 2011 até 2015, gerando resultado positivo de R$ 2,2
milhões.
Custos
Outra ação visando a redução de custos foi a
criação do banco de horas. De 2011 para 2015 foi extinto o pagamento de horas
extras com a criação de banco de horas, utilizado apenas com prévia autorização
da diretoria. A medida gerou uma redução nos custos diretos de R$ 305 mil
mensais.
No setor de transportes também houve redução de
custos. Entre 2013 e 2015 a frota própria de veículos caiu de 54 para 21, por
meio de leilão. Nessa conta estão incluídos os carros considerados como
inservíveis ou que originavam gastos elevados com manutenção. A economia com a
ação foi de R$ 409 mil. Ainda com transportes, caiu o número de veículos
locados, passando de 25 para 13 carros, o que fez baixar os custos mensais de
R$ 24,9 mil para R$ 13,8 mil – a redução nos custos com a medida foi de 45%.
Outra medida para racionalizar os custos
operacionais da empresa foi a mudança do provedor de telefonia. Com a mudança,
o Tecpar obteve redução no valor das tarifas e, com a negociação do contrato, a
conta de telefonia passou de R$ 400 mil anuais para R$ 140 mil, com queda de
65% no em seus custos.
Ainda na direção de promoção do enxugamento de
gastos, adotou-se a supressão do contrato de manutenção de equipamentos
laboratoriais, que passou a ser absorvida por colaboradores internos,
registrando redução de custos em valores de cerca de R$ 22 mil ao mês.
Outra ação em busca de economicidade foi a redução
dos custos com impressão. O custo anual com impressão e suprimentos, manutenção
e aquisição de novos equipamentos, passou de R$ 400 mil para R$ 245 mil, uma
redução de 39%.
Cenário atual
Neste ano, a diretoria executiva do Tecpar
estimulou a adoção de novas medidas para reduzir ainda mais os custos da
empresa e alavancar receitas. Como exemplo, está a mudança do material da
embalagem da vacina antirrábica de poliestireno expandido (isopor) para
papelão, com redução significativa nos custos finais. “O custo com embalagem da
vacina, modificada de isopor para papelão, traz uma economia de 76% nos custos
com esse insumo”, ressalta Felix.
Ainda com o propósito de diminuir custos e dar
agilidade aos processos, o Tecpar passou a disponibilizar relatórios e laudos
realizados pelos laboratórios do instituto pela internet, evitando assim o
envio de cópias impressas, poupando despesas postais.
Novos serviços
Para alavancar as receitas da instituição, o Tecpar
passará a comercializar relatórios mercadológicos, utilizando a base de dados
GlobalData, e cursos de Propriedade Intelectual, Gestão de Projetos e
Viabilidade Econômica de Projetos.
Ainda como esforço para aumentar receitas, foi
implantado o serviço de avaliações de “Vida de Prateleira”, para soluções de
problemas da indústria alimentícia, e a oferta de assessorias para países em
desenvolvimento que tenham interesse na tecnologia usadas para produção de
vacina antirrábica utilizada no Tecpar. A instituição vai ainda ampliar a
prestação de serviços de validação de plantas de fabricação de fitofármacos e
segmentos médico-hospitalares, gerando uma receita estimada em R$ 200 mil ao
ano.
O diretor-presidente do Tecpar ressalta que a
adoção dessas medidas vem sendo feita desde 2011, quando assumiu a presidência
do instituto, e serão seguidas pela diretoria executiva nos próximos anos.
“Estamos seguindo à risca a determinação do governador, de fazer mais com
menos, e visando a sustentabilidade da nossa empresa. Os resultados já estão
sendo sentidos no Tecpar, que deve conquistar novos ganhos ainda nos próximos
anos”, reforça Felix.
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