Destaques

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Análise de Mídia - 24 de agosto de 2015

As menções à Indústria resgatam boa parte da agenda da semana passada e estão distribuídas nesta segunda-feira (24) na mídia regional.

Um dos destaques está no JORNAL DO COMMERCIO (RJ), que repercute dados divulgados pela CNI que, segundo o texto, mostram que “a indústria brasileira apresentou aumento no índice de produção em julho ante junho, mas, mesmo assim, permanece em queda”.

“A CNI reconheceu que se aproxima um período de atividade mais favorável, mas relatou que as perspectivas das empresas sobre demanda e compras de matérias-primas seguem inalteradas em agosto, mostrando pessimismo”, completa JORNAL DO COMMERCIO (RJ).

JORNAL DO COMÉRCIO (RS) avalia a apresentação, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental referentes ao trecho da ferrovia Norte-Sul, que ligará o Rio Grande do Sul a São Paulo.

O presidente da entidade, Heitor José Muller, reforça ao jornal a importância estratégica da obra: "Essa ferrovia é uma das mais antigas aspirações do setor de transportes do Estado e mereceu prioridade no estudo Sul Competitivo, realizado em conjunto pelas Federações de Indústrias do Paraná, Santa Catarina e a Fiergs, com o apoio da CNI”.

Complementando a pauta, CORREIO DA BAHIA (BA) debate os efeitos da escolaridade sobre as taxas de crescimento e produtividade de um país.

Comparando a situação brasileira com a de outras nações, jornais afirma que, em 2011, por exemplo, um brasileiro produzia, em média, 30% do que produzia um sul-coreano.

“O grau de eficiência do Brasil para produzir bens e serviços é baixíssimo comparado aos países desenvolvidos e é o segundo pior da América Latina, ganhando apenas da Bolívia”, resume a reportagem.

"É preciso ter um ambiente que estimule investimentos", diz o gerente CNI, RENATO DA FONSECA.

Reportagem coordenada destaca a baixa eficiência do Brasil no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avalia o desempenho de estudantes de 65 países.

“Segundo FONSECA, da CNI, as pessoas concluem o ensino médio sem um bom conhecimento em disciplinas básicas”, resume o texto, que reproduz outras frases atribuídas ao especialista.


FOLHA DE S. PAULO
Aperto no crédito já ameaça a safra do ano que vem

O ESTADO DE S. PAULO
BR mudou licitação para incluir cartel, diz auditoria

O GLOBO
Estatais são sócias em 234 empresas

VALOR ECONÔMICO
Governo prevê elevar impostos no próximo ano

CORREIO BRAZILIENSE
Os negócios promissores em tempos de crise


A conjuntura volta a ganhar relevância entre alguns jornais que se dedicam a avaliar, especificamente, os impactos do mau momento da economia sobre o setor fabril.

Destaque para o VALOR ECONÔMICO, que apresenta com exclusividade um estudo da Fiesp que, entre outras coisas, conclui: “o aumento da taxa de juros definido pelo Banco Central (...) compromete o investimento da indústria nacional, diminui as chances de retomada do crescimento, dificulta a capacidade competitiva do país, atrapalha o processo de superação da atual crise econômica e pode até ter efeito contrário ao esperado, aumentando preços no país”.

Conforme o jornal, o trabalho revela que o investimento no setor vem caindo (deve fechar 2017 em 1,3% do PIB) e “está se consolidando em patamar inferior ao de outros países desenvolvidos (que têm taxa média de 1,9%) ou em desenvolvimento (com taxa de investimento de 2,3%).

O vice-presidente da Fiesp e diretor do Departamento de Competitividade da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, diz ao VALOR que os juros estão começando a deixar os produtos brasileiros mais caros.

Ainda no VALOR ECONÔMICO, reportagem repercute dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada e afirma: consultorias e instituições financeiras já projetam fechamento de vagas formais superior a um milhão em 2015.

O cenário de crise também está em foco em O ESTADO DE S. PAULO, que mostra aumento no número de empresas que, em dificuldades financeiras, buscam a ajuda de empresas de consultoria de gestão para acertar as contas das companhias.

Texto aponta que, de acordo com consultorias, “há demanda generalizada pelo serviço, com destaque para o setor industrial, especialmente as empresas de autopeças, máquinas e equipamentos e construção civil”.

As turbulências no setor automotivo também continuam presentes nos jornais. Destaque para o VALOR, que antecipa ajustes na Mitsubishi e na General Motors (em sua fábrica no Rio Grande do Sul).

Conforme a informação, ambas darão mais três semanas de férias coletivas, e a Iveco, que decidiu suspender a produção de caminhões pesados.

Na agenda com foco em comércio exterior, registra-se no VALOR ECONÔMICO a informação de que, no primeiro semestre do ano, o Brasil alcançou um superávit comercial de US$ 2,22 bilhões, “mas ao custo de uma queda de 16,7% na corrente de comércio”.

Reportagem ressalta essa e outras conclusões a partir de dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) que mostram que “o enfraquecimento do setor externo brasileiro na primeira metade do ano foi maior que o dos principais mercados”.

"Todos os mercados estão sendo afetados com queda de comércio, mas o que está despencando mesmo no Brasil é a importação", diz ao VALOR Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da Barral M Jorge Consultores. O especialista cobra uma política industrial mais agressiva voltada para a exportação.

Complementando a pauta, registra-se como ponto de atenção em O ESTADÃO entrevista exclusiva com o coordenador-geral de investigação da Receita Federal, Gerson Schaan.

Conforme Schaan, a operação Zelotes conseguiu confirmar ilegalidades envolvendo 20 grandes empresas que questionaram dívidas tributárias no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Apesar disso, adverte o especialista, o governo não deve contar com o resultado da investigação para “fazer caixa e aliviar suas contas”.

ESTADÃO questiona Schaan se a Zelotes será maior do que a operação Lava Jato, que responde: “A comparação com a Lava Jato nunca foi oportuna por conta do tipo de esquema”.

“Deu-se uma falsa impressão de que é uma fraude, de que se poderia buscar aí o ajuste fiscal, não é isso. Tem alguns "bi" desse montante que, se fosse de novo a julgamento, a Fazenda iria perder outra vez porque a fraude não está no voto, mas na tramitação”, resume Schaan.

“Não é porque eu estou julgando auto de infração que há crime de sonegação. Se eu manipulo o processo de forma a só julgar quando for bom para mim, eu estou fraudando o sistema. Por isso, achar que esses valores que vão ser arrecadados irão ajudar o ajuste fiscal, não dá”, completa.

De volta ao VALOR ECONÔMICO, reportagem no caderno LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS também aborda o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e informa que “uma empresa do setor de petróleo e gás obteve liminar na Justiça Federal para suspender a incidência dos juros de mora sobre uma dívida em discussão órgão.

De acordo com o VALOR, com a paralisação do tribunal administrativa, a defesa da companhia alegou que não poderia ser punida com o pagamento da Selic.



FOLHA DE S. PAULO analisa a queda na geração de postos de trabalho com base nos dados de julho, em que a taxa de desocupação passou de 6,9% para 7,5%, e assinala que o mercado “sucumbiu ao caos da economia”.

O ESTADO DE S. PAULO destaca que a inflação deu uma trégua em agosto, mas pontua que deve ocorrer “uma nova aceleração a partir do próximo mês” e encerrando o ano com uma taxa acumulada acima de 9%.

VALOR ECONÔMICO, por sua vez, expõe que a crise política dificulta planos de uma reestruturação fiscal. Pondera que, apesar de positiva, “parece pouco provável, infelizmente, sua aprovação em meio ao clima de conflagração política do Congresso Nacional”.

CORREIO BRAZILIENSE adverte que o “Brasil enfrenta momento difícil, decorrente de medidas equivocadas no campo econômico e do relacionamento cada dia mais tenso entre o Executivo e o Legislativo”.



O senador AÉCIO NEVES (PSDB-MG) analisa na FOLHA DE S.PAULO os números negativos em relação ao desemprego, chamando a atenção para o efeito dominó que impacta a indústria.

“Para cada trabalhador que a indústria demitiu, outros tantos foram mandados embora nos setores de comércio e serviços. Como a indústria vive um de seus piores momentos, é possível imaginar o impacto da redução de atividades que ainda está por vir”, resume o parlamentar.

GEORGE VIDOR, em O GLOBO, indica contrariedade à tese de impeachment ao afirmar que “um governo sério de oposição não faria diferente do que a atual equipe econômica vem pondo em prática” e que “os empresários estão percebendo que é preferível poupar dessa enorme confusão [política, causada pela operação Lava Jato] a política econômica em curso”.

MÁRCIA PELTIER, no JORNAL DO COMMERCIO (RJ), relata o aumento nos investimentos brasileiros no Paraguai, com crescimento de 400% desde 2007.

Texto afirma que, “de olho nessa tendência, o governo brasileiro, em parceria com a Apex-Brasil e a CNI, organiza no próximo mês uma missão empresarial rumo ao Paraguai”. Os setores principais para essa integração, relata MÁRCIA PELTIER, são as indústrias naval e metal-mecânica.

PRIMEIRO PLANO, no jornal HOJE EM DIA (MG): “As federações das indústrias do Rio e de São Paulo (Firjan e Fiesp) emitiram notas oficiais, acompanhadas por CNI e outras entidades, em prol da solução política no Brasil. O setor mineiro segue o movimento”.



Mídia nacional tenta antecipar cenários em torno das possíveis mudanças que podem impactar a articulação política.

O Palácio do Planalto continua no centro do noticiário, assim como o vice-presidente Michel Temer, que, conforme os jornais, decidiu deixar a função de coordenador oficial junto aos partidos da base aliada.

O GLOBO informa que Temer se reúne hoje com a presidente Dilma Rousseff “para dizer que vai deixar a coordenação política do governo”.

“Mas ministros do Palácio do Planalto dizem que a intenção é manter o apoio a Temer, para que ele desista da ideia e permaneça na função”, resume o texto.

O ESTADO DE S.PAULO relata que, em meio a indefinição com relação a Temer, a presidente Dilma escalou o assessor especial da Presidência Giles Azevedo.

Chamado pelo ESTADÃO de ‘ministro sem pasta’, o auxiliar de Dilma atua na relação com o Congresso e monta a “blindagem” do governo nas CPIs.

Há referências ainda a possíveis desdobramentos políticos envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A movimentação dos partidos e a possível estratégia de defesa adotada pelo parlamentar estão em foco.

O ESTADO DE S.PAULO registra que a bancada do PT na Câmara se reúne hoje com o presidente do partido, Rui Falcão, para discutir se vai apoiar um pedido de afastamento de Cunha.

Ainda no ESTADÃO, destaque para a breve entrevista com o advogado Antonio Fernando de Souza, defensor de Cunha, que afirma que não teve acesso à denúncia, mas considera que não há nada de novo ou consistente.

Reportagens sobre operação Lava Jato também ocupam os principais espaços no noticiário.

Manchete de O ESTADO DE S.PAULO destaca que auditoria da BR Distribuidora em contratos investigados pela Lava Jato mostra que a empresa direcionou quatro licitações vencidas pela UTC Engenharia no valor de R$ 574,1 milhões em 2010.

“A apuração apontou que a BR também facilitou a vitória da companhia ao substituir uma lista inicial de empresas que seriam convidadas a participar das licitações por outra com empreiteiras do ‘clube da propina’”, resume o texto.

ESTADÃO relata que o resultado da auditoria reforça a tese “que as empreitaras investigadas atuavam em conjunto, como um cartel, para lesar a Petrobras e suas subsidiárias”.

Em abordagem coordenada, ESTADÃO relata que a BR Distribuidora afirmou em nota que o presidente da empresa, José Lima de Andrade Neto, ao saber das denúncias envolvendo licitações vencidas pela UTC, determinou a “averiguação interna” dos contratos.

A BR informou ainda que o resultado da auditoria foi enviado ao Ministério Público, à Procuradoria-Geral da República e aos escritórios de advocacia contratados pela Petrobras para auditar a empresa.

FOLHA DE S.PAULO ressalta como ponto de atenção que os primeiros indícios de investigações do TCU apontam para superfaturamentos sistêmicos que podem chegar à metade do que a Petrobras gastava com suas bilionárias obras e aquisições.

De acordo com o jornal, a primeira mostra dos absurdos valores que a estatal pagava as empresas "causou choque" entre ministros e auditores do TCU. “O normal era desembolsar mais que o dobro do que custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais”.



Finanças pessoais e investimentos dominam o noticiário econômico.

Apesar disso, mídia nacional abre espaços para abordagens que começam a discutir a proposta orçamentária para 2016 – prevista para ser encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional até o próximo dia 31.

O ESTADO DE S.PAULO relata que a presidente Dilma Rousseff determinou no fim de semana que a proposta de orçamento seja “uma carta clara” quanto ao objetivo de melhorar a condição fiscal.

Segundo o jornal, o governo quer reforçar que o compromisso com a meta fiscal, equivalente a 0,7% do PIB para o ano que vem, é real e crível.

Em manchete, VALOR ECONÔMICO destaca que a proposta orçamentária para 2016 “prevê um forte aumento de impostos, propostas de redução de algumas despesas obrigatórias e a manutenção do gasto discricionário no mesmo nível do realizado em 2015”.

Jornal afirma ter apurado que o governo decidiu trabalhar com uma previsão de crescimento "modesto" da economia no próximo ano, mesmo com o mercado projetando recessão.

VALOR acrescenta que “junto com a proposta orçamentária, o governo também vai submeter aos parlamentares o Plano Plurianual (PPA), no qual definirá as prioridades para os próximos quatro anos”.

CORREIO BRAZILIENSE registra que a alta da inflação faz com que “o governo vive o dilema se define ou não, para 2016, um salário mínimo maior que os R$ 855 previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)”.

Texto explica que, levando em conta a projeção do mercado de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor neste ano, de 9,5%, mais 0,1% do aumento do PIB em 2014, o piso salarial teria que ir para R$ 864.

Em outra frente do noticiário, manchete da FOLHA DE S.PAULO aborda como o aperto no crédito tem influenciado o agronegócio.

“A menos de um mês do início do plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter empréstimos para custear a produção”.

FOLHA afirma que, “se o problema persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor nos últimos anos”.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda