As menções à Indústria resgatam boa
parte da agenda da semana passada e estão distribuídas nesta segunda-feira (24)
na mídia regional.
Um dos destaques está no JORNAL DO
COMMERCIO (RJ), que repercute dados divulgados pela CNI que, segundo o texto,
mostram que “a indústria brasileira apresentou aumento no índice de produção em
julho ante junho, mas, mesmo assim, permanece em queda”.
“A CNI reconheceu que se aproxima um
período de atividade mais favorável, mas relatou que as perspectivas das
empresas sobre demanda e compras de matérias-primas seguem inalteradas em
agosto, mostrando pessimismo”, completa JORNAL DO COMMERCIO (RJ).
JORNAL DO COMÉRCIO (RS) avalia a
apresentação, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, dos estudos de
viabilidade técnica, econômica e ambiental referentes ao trecho da ferrovia
Norte-Sul, que ligará o Rio Grande do Sul a São Paulo.
O presidente da entidade, Heitor José
Muller, reforça ao jornal a importância estratégica da obra: "Essa
ferrovia é uma das mais antigas aspirações do setor de transportes do Estado e
mereceu prioridade no estudo Sul Competitivo, realizado em conjunto pelas
Federações de Indústrias do Paraná, Santa Catarina e a Fiergs, com o apoio da
CNI”.
Complementando a pauta, CORREIO DA
BAHIA (BA) debate os efeitos da escolaridade sobre as taxas de crescimento e
produtividade de um país.
Comparando a situação brasileira com
a de outras nações, jornais afirma que, em 2011, por exemplo, um brasileiro
produzia, em média, 30% do que produzia um sul-coreano.
“O grau de eficiência do Brasil para
produzir bens e serviços é baixíssimo comparado aos países desenvolvidos e é o
segundo pior da América Latina, ganhando apenas da Bolívia”, resume a
reportagem.
"É preciso ter um ambiente que
estimule investimentos", diz o gerente CNI, RENATO DA FONSECA.
Reportagem coordenada destaca a baixa
eficiência do Brasil no ranking do Programa Internacional de Avaliação de
Alunos (Pisa), que avalia o desempenho de estudantes de 65 países.
“Segundo FONSECA, da CNI, as pessoas
concluem o ensino médio sem um bom conhecimento em disciplinas básicas”, resume
o texto, que reproduz outras frases atribuídas ao especialista.
FOLHA DE S. PAULO
Aperto no crédito já ameaça a safra
do ano que vem
O ESTADO DE S. PAULO
BR mudou licitação para incluir
cartel, diz auditoria
O GLOBO
Estatais são sócias em 234 empresas
VALOR ECONÔMICO
Governo prevê elevar impostos no
próximo ano
CORREIO BRAZILIENSE
Os negócios promissores em tempos de
crise
A conjuntura volta a ganhar
relevância entre alguns jornais que se dedicam a avaliar, especificamente, os
impactos do mau momento da economia sobre o setor fabril.
Destaque para o VALOR ECONÔMICO, que
apresenta com exclusividade um estudo da Fiesp que, entre outras coisas,
conclui: “o aumento da taxa de juros definido pelo Banco Central (...)
compromete o investimento da indústria nacional, diminui as chances de retomada
do crescimento, dificulta a capacidade competitiva do país, atrapalha o
processo de superação da atual crise econômica e pode até ter efeito contrário
ao esperado, aumentando preços no país”.
Conforme o jornal, o trabalho revela
que o investimento no setor vem caindo (deve fechar 2017 em 1,3% do PIB) e
“está se consolidando em patamar inferior ao de outros países desenvolvidos
(que têm taxa média de 1,9%) ou em desenvolvimento (com taxa de investimento de
2,3%).
O vice-presidente da Fiesp e diretor
do Departamento de Competitividade da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, diz
ao VALOR que os juros estão começando a deixar os produtos brasileiros mais
caros.
Ainda no VALOR ECONÔMICO, reportagem
repercute dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados na semana passada e afirma: consultorias e instituições financeiras
já projetam fechamento de vagas formais superior a um milhão em 2015.
O cenário de crise também está em
foco em O ESTADO DE S. PAULO, que mostra aumento no número de empresas que, em
dificuldades financeiras, buscam a ajuda de empresas de consultoria de gestão
para acertar as contas das companhias.
Texto aponta que, de acordo com
consultorias, “há demanda generalizada pelo serviço, com destaque para o setor
industrial, especialmente as empresas de autopeças, máquinas e equipamentos e
construção civil”.
As turbulências no setor automotivo
também continuam presentes nos jornais. Destaque para o VALOR, que antecipa
ajustes na Mitsubishi e na General Motors (em sua fábrica no Rio Grande do
Sul).
Conforme a informação, ambas darão
mais três semanas de férias coletivas, e a Iveco, que decidiu suspender a
produção de caminhões pesados.
Na agenda com foco em comércio
exterior, registra-se no VALOR ECONÔMICO a informação de que, no primeiro
semestre do ano, o Brasil alcançou um superávit comercial de US$ 2,22 bilhões,
“mas ao custo de uma queda de 16,7% na corrente de comércio”.
Reportagem ressalta essa e outras
conclusões a partir de dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) que
mostram que “o enfraquecimento do setor externo brasileiro na primeira metade
do ano foi maior que o dos principais mercados”.
"Todos os mercados estão sendo
afetados com queda de comércio, mas o que está despencando mesmo no Brasil é a
importação", diz ao VALOR Welber Barral, ex-secretário de Comércio
Exterior e sócio da Barral M Jorge Consultores. O especialista cobra uma
política industrial mais agressiva voltada para a exportação.
Complementando a pauta, registra-se
como ponto de atenção em O ESTADÃO entrevista exclusiva com o coordenador-geral
de investigação da Receita Federal, Gerson Schaan.
Conforme Schaan, a operação Zelotes
conseguiu confirmar ilegalidades envolvendo 20 grandes empresas que
questionaram dívidas tributárias no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf).
Apesar disso, adverte o especialista,
o governo não deve contar com o resultado da investigação para “fazer caixa e
aliviar suas contas”.
ESTADÃO questiona Schaan se a Zelotes
será maior do que a operação Lava Jato, que responde: “A comparação com a Lava
Jato nunca foi oportuna por conta do tipo de esquema”.
“Deu-se uma falsa impressão de que é
uma fraude, de que se poderia buscar aí o ajuste fiscal, não é isso. Tem alguns
"bi" desse montante que, se fosse de novo a julgamento, a Fazenda
iria perder outra vez porque a fraude não está no voto, mas na tramitação”,
resume Schaan.
“Não é porque eu estou julgando auto
de infração que há crime de sonegação. Se eu manipulo o processo de forma a só
julgar quando for bom para mim, eu estou fraudando o sistema. Por isso, achar
que esses valores que vão ser arrecadados irão ajudar o ajuste fiscal, não dá”,
completa.
De volta ao VALOR ECONÔMICO,
reportagem no caderno LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS também aborda o Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e informa que “uma empresa do setor
de petróleo e gás obteve liminar na Justiça Federal para suspender a incidência
dos juros de mora sobre uma dívida em discussão órgão.
De acordo com o VALOR, com a
paralisação do tribunal administrativa, a defesa da companhia alegou que não
poderia ser punida com o pagamento da Selic.
FOLHA DE S. PAULO analisa a queda na
geração de postos de trabalho com base nos dados de julho, em que a taxa de
desocupação passou de 6,9% para 7,5%, e assinala que o mercado “sucumbiu ao
caos da economia”.
O ESTADO DE S. PAULO destaca que a
inflação deu uma trégua em agosto, mas pontua que deve ocorrer “uma nova
aceleração a partir do próximo mês” e encerrando o ano com uma taxa acumulada
acima de 9%.
VALOR ECONÔMICO, por sua vez, expõe
que a crise política dificulta planos de uma reestruturação fiscal. Pondera
que, apesar de positiva, “parece pouco provável, infelizmente, sua aprovação em
meio ao clima de conflagração política do Congresso Nacional”.
CORREIO BRAZILIENSE adverte que o
“Brasil enfrenta momento difícil, decorrente de medidas equivocadas no campo
econômico e do relacionamento cada dia mais tenso entre o Executivo e o
Legislativo”.
O senador AÉCIO NEVES (PSDB-MG)
analisa na FOLHA DE S.PAULO os números negativos em relação ao desemprego,
chamando a atenção para o efeito dominó que impacta a indústria.
“Para cada trabalhador que a
indústria demitiu, outros tantos foram mandados embora nos setores de comércio
e serviços. Como a indústria vive um de seus piores momentos, é possível
imaginar o impacto da redução de atividades que ainda está por vir”, resume o
parlamentar.
GEORGE VIDOR, em O GLOBO, indica
contrariedade à tese de impeachment ao afirmar que “um governo sério de
oposição não faria diferente do que a atual equipe econômica vem pondo em
prática” e que “os empresários estão percebendo que é preferível poupar dessa
enorme confusão [política, causada pela operação Lava Jato] a política
econômica em curso”.
MÁRCIA PELTIER, no JORNAL DO
COMMERCIO (RJ), relata o aumento nos investimentos brasileiros no Paraguai, com
crescimento de 400% desde 2007.
Texto afirma que, “de olho nessa
tendência, o governo brasileiro, em parceria com a Apex-Brasil e a CNI,
organiza no próximo mês uma missão empresarial rumo ao Paraguai”. Os setores
principais para essa integração, relata MÁRCIA PELTIER, são as indústrias naval
e metal-mecânica.
PRIMEIRO PLANO, no jornal HOJE EM DIA
(MG): “As federações das indústrias do Rio e de São Paulo (Firjan e Fiesp)
emitiram notas oficiais, acompanhadas por CNI e outras entidades, em prol da
solução política no Brasil. O setor mineiro segue o movimento”.
Mídia nacional tenta antecipar
cenários em torno das possíveis mudanças que podem impactar a articulação
política.
O Palácio do Planalto continua no
centro do noticiário, assim como o vice-presidente Michel Temer, que, conforme
os jornais, decidiu deixar a função de coordenador oficial junto aos partidos
da base aliada.
O GLOBO informa que Temer se reúne
hoje com a presidente Dilma Rousseff “para dizer que vai deixar a coordenação
política do governo”.
“Mas ministros do Palácio do Planalto
dizem que a intenção é manter o apoio a Temer, para que ele desista da ideia e
permaneça na função”, resume o texto.
O ESTADO DE S.PAULO relata que, em
meio a indefinição com relação a Temer, a presidente Dilma escalou o assessor
especial da Presidência Giles Azevedo.
Chamado pelo ESTADÃO de ‘ministro sem
pasta’, o auxiliar de Dilma atua na relação com o Congresso e monta a “blindagem”
do governo nas CPIs.
Há referências ainda a possíveis
desdobramentos políticos envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ).
A movimentação dos partidos e a
possível estratégia de defesa adotada pelo parlamentar estão em foco.
O ESTADO DE S.PAULO registra que a
bancada do PT na Câmara se reúne hoje com o presidente do partido, Rui Falcão,
para discutir se vai apoiar um pedido de afastamento de Cunha.
Ainda no ESTADÃO, destaque para a
breve entrevista com o advogado Antonio Fernando de Souza, defensor de Cunha,
que afirma que não teve acesso à denúncia, mas considera que não há nada de
novo ou consistente.
Reportagens sobre operação Lava Jato
também ocupam os principais espaços no noticiário.
Manchete de O ESTADO DE S.PAULO
destaca que auditoria da BR Distribuidora em contratos investigados pela Lava
Jato mostra que a empresa direcionou quatro licitações vencidas pela UTC
Engenharia no valor de R$ 574,1 milhões em 2010.
“A apuração apontou que a BR também
facilitou a vitória da companhia ao substituir uma lista inicial de empresas
que seriam convidadas a participar das licitações por outra com empreiteiras do
‘clube da propina’”, resume o texto.
ESTADÃO relata que o resultado da
auditoria reforça a tese “que as empreitaras investigadas atuavam em conjunto,
como um cartel, para lesar a Petrobras e suas subsidiárias”.
Em abordagem coordenada, ESTADÃO
relata que a BR Distribuidora afirmou em nota que o presidente da empresa, José
Lima de Andrade Neto, ao saber das denúncias envolvendo licitações vencidas
pela UTC, determinou a “averiguação interna” dos contratos.
A BR informou ainda que o resultado
da auditoria foi enviado ao Ministério Público, à Procuradoria-Geral da
República e aos escritórios de advocacia contratados pela Petrobras para
auditar a empresa.
FOLHA DE S.PAULO ressalta como ponto
de atenção que os primeiros indícios de investigações do TCU apontam para
superfaturamentos sistêmicos que podem chegar à metade do que a Petrobras
gastava com suas bilionárias obras e aquisições.
De acordo com o jornal, a primeira
mostra dos absurdos valores que a estatal pagava as empresas "causou
choque" entre ministros e auditores do TCU. “O normal era desembolsar mais
que o dobro do que custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais”.
Finanças pessoais e investimentos
dominam o noticiário econômico.
Apesar disso, mídia nacional abre
espaços para abordagens que começam a discutir a proposta orçamentária para
2016 – prevista para ser encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional até o
próximo dia 31.
O ESTADO DE S.PAULO relata que a
presidente Dilma Rousseff determinou no fim de semana que a proposta de
orçamento seja “uma carta clara” quanto ao objetivo de melhorar a condição
fiscal.
Segundo o jornal, o governo quer
reforçar que o compromisso com a meta fiscal, equivalente a 0,7% do PIB para o ano
que vem, é real e crível.
Em manchete, VALOR ECONÔMICO destaca
que a proposta orçamentária para 2016 “prevê um forte aumento de impostos,
propostas de redução de algumas despesas obrigatórias e a manutenção do gasto
discricionário no mesmo nível do realizado em 2015”.
Jornal afirma ter apurado que o
governo decidiu trabalhar com uma previsão de crescimento "modesto"
da economia no próximo ano, mesmo com o mercado projetando recessão.
VALOR acrescenta que “junto com a
proposta orçamentária, o governo também vai submeter aos parlamentares o Plano
Plurianual (PPA), no qual definirá as prioridades para os próximos quatro
anos”.
CORREIO BRAZILIENSE registra que a
alta da inflação faz com que “o governo vive o dilema se define ou não, para
2016, um salário mínimo maior que os R$ 855 previstos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO)”.
Texto explica que, levando em conta a
projeção do mercado de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor neste
ano, de 9,5%, mais 0,1% do aumento do PIB em 2014, o piso salarial teria que ir
para R$ 864.
Em outra frente do noticiário,
manchete da FOLHA DE S.PAULO aborda como o aperto no crédito tem influenciado o
agronegócio.
“A menos de um mês do início do
plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter
empréstimos para custear a produção”.
FOLHA afirma que, “se o problema
persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor
nos últimos anos”.
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