O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando
Monteiro, lidera Missão de Integração Produtiva Regional ao Paraguai nos dias
9, 10 e 11 de setembro em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Sete setores produtivos são foco da ação, pois apresentam alto potencial
de integração – com empresas brasileiras operando em território paraguaio –,
são prioritários para o país e oferecem oportunidades de acesso a terceiros
mercados. São eles auto-partes, têxteis e confecções, couro e calçados,
alimentos processados, produtos químicos e indústrias naval e metal-mecânica.
Para participar da Missão, empresários dos setores indicados podem
enviar mensagem para missaoparaguai2015@apexbrasil.com.br ou rfernandez@cni.org.br. A
agenda em Assunção envolve reunião com o Ministro Armando Monteiro, Seminário
na sede do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, com a presença dos
Ministros dos dois países, apresentações técnicas sobre ambientes de negócios e
histórias de sucesso, reuniões individuais sobre incentivos oferecidos pelo
país e visitas técnicas a empresas brasileiras instaladas no Paraguai.
Investimentos realizados pelo Governo do Paraguai nos últimos anos,
principalmente em agricultura e infraestrutura, garantirão uma expansão do PIB
superior a 4% entre 2015 e 2019, segundo dados daEconomist Intelligence Unit.
O presidente Horacio Cartes tem afirmado que atrair investimentos estrangeiros
é a sua prioridade, inclusive para efetivar o Plano de Modernização do país
(2014-2018), cujo aporte é de U$ 16 bilhões e tem como base a parceria
público-privada. Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Espanha, Argentina e
Brasil são tradicionais investidores do Paraguai.
Desde 2007 o estoque de investimentos brasileiros no país cresceu mais
de 400%. O número de empresas brasileiras instaladas saltou para 104, com
destaque para os setores do agronegócio, indústria de transformação, comércio,
reparação de veículos e atividades financeiras. O Paraguai é hoje o terceiro
destino das franquias brasileiras.
No ranking da Fundação Dom Cabral, é o nono destino das multinacionais
brasileiras. Contribui para isso o fato de o Paraguai ter acesso ao SGP Plus
(tratamento tarifário especial para União Europeia, EUA, União Aduaneira da
Eurásia, Suíça, Noruega, Turquia, Japão, Canadá, Austrália e Nova Zelândia),
além de isenção de taxas e impostos para empresas estrangeiras, entre outros
fatores.
Para o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, “a missão ao
Paraguai traz um importante elemento para a ação de internacionalização
produtiva, pois constitui-se em uma importante estratégia de expansão,
apresentando vantagens como o aumento da competitividade das empresas e
facilita o acesso a terceiros mercados”.
Para a CNI, a Missão representa uma oportunidade de geração de negócios
para a indústria e avanço nas negociações de acordos de comércio e
investimentos. “Precisamos ampliar os acordos do Brasil com o Paraguai para
facilitar os investimentos brasileiros naquele país e eliminar a bitributação
que onera as nossas empresas”, afirma o diretor de desenvolvimento industrial,
Carlos Eduardo Abijaodi. “Além disso, o Paraguai está na presidência pro
tempore do MERCOSUL e pode ajudar o Brasil a impulsionar a agenda de acordos de
livre comércio do bloco”, conclui.
Em 2014 o Paraguai importou US$ 12,2 bilhões, sendo 77,9% do Brasil,
China, Argentina, EUA e Alemanha. O Brasil contribuiu com 27,8%. Pelo lado das
exportações o país comercializou US$ 9,7 bilhões, com destaque para Rússia,
Argentina, Chile e Holanda. Entre os produtos que o país mais comercializa
estão soja, petróleo e carne de boi in natura.
A pauta importadora é menos concentrada. Máquinas e aparelhos de uso
agrícola, aparelhos transmissores e receptores, adubos e fertilizantes,
automóveis, computadores, defensivos agrícolas, cosméticos estão entre os itens
mais importados. Merece destaque o fato de 20% de toda a atividade econômica do
país estar centrada na agricultura.
Nesse quadro, o Brasil encontra-se em lugar de destaque, com uma
corrente de comércio de US$ 4,4 bilhões em 2014, o que representa um incremento
de 5,8% em relação a 2013. Esse percentual é bem maior (276%) quando o período
de comparação sobe para 10 anos, ou seja, comparado a 2004.
Fonte: Apex-Brasil
0 comentários:
Postar um comentário