Revistas que circulam neste fim de
semana repassam o noticiário dos jornais diários e aprofundam ou repercutem os
temas de maior impacto.
A agenda política se sobressai, com
reportagens especiais associadas à articulação do governo e a relação do
Palácio do Planalto com o PMDB.
Em economia, destaque para questões
associadas à crise na China e à volta da CPMF.
Reportagem de capa da CARTA CAPITAL
avalia que a presidente Dilma Rousseff continua a criar problemas para si
mesma. Segundo a revista, na tentativa de retomar o controle da situação, a
presidente avança “aos trancos e barrancos”.
ISTOÉ traz na capa o ministro Gilmar
Mendes, vice-presidente do TSE, apresentado como o “caçador” de crimes
eleitorais.
ÉPOCA se diferencia das demais e, com
exclusividade, revela em sua capa documentos secretos que mostram como o
ex-presidente Lula intermediou negócios da Odebrecht em Cuba.
Já ISTOÉ DINHEIRO analisa as recentes
turbulências nos mercados globais e em reportagem de capa contextualiza o papel
dos BRICS.
VEJA, por sua vez, é ainda mais
direta e afirma que a China promove uma verdadeira “mudança nas regras do
jogo”.
As menções à Indústria valorizam
posicionamentos institucionais da CNI, mas estão distribuídas também em
contextos que passam a limpo parte da cobertura da semana.
Um dos destaques está em ISTOÉ
DINHEIRO. A seção DINHEIRO EM NÚMEROS registra que “o índice de confiança do
consumidor subiu 1% em agosto, para 98,9 pontos, informou a CNI na quarta-feira
26” – texto faz referência à falta de confiança dos consumidores “em uma
retração da inflação nos próximos meses”.
Há diversas reportagens que
repercutem a proposta do governo de recriar um imposto nos moldes da CPMF.
Em linhas gerais, revistas avançam
muito pouco em relação ao que os jornais diários já informaram. O tom de
polêmica, no entanto, prevalece.
ISTOÉ DINHEIRO afirma que “o ímpeto
arrecadador do governo irritou ainda mais o setor produtivo quando técnicos e
assessores, em Brasília, vazaram a informação de que está em estudo a recriação
da CPMF, extinta em 2007”.
“É um absurdo, mais um imposto para a
sociedade pagar. O caminho ideal seria o governo reduzir gastos públicos para
deixar a economia se recuperar”, disse ROBSON BRAGA DE ANDRADE, presidente da
CNI, conforme reproduz ISTOÉ DINHEIRO.
Com foco no debate sobre a
terceirização, CARTA CAPITAL aponta que, “em meio à guerra entre governistas,
rebelados e parlamentares da oposição, chovem propostas que acenam para o
desmonte do Estado e da rede de proteção social ou apenas beneficiam
corporações da máquina pública”.
Reportagem adverte que a Consolidação
das Leis do Trabalho, que sobreviveu desde a Era Vargas, está na "linha de
tiro".
E lembra que, em abril, “após uma
sessão comandada com mão de ferro pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha,
restou aprovado um texto que autoriza as subcontratações até mesmo para as
atividades-fim, com o respaldo de campanhas patrocinadas pela Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo e pela Confederação Nacional da Indústria”.
Na agenda política, registra-se como
ponto de atenção nota veiculada por RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ.
Conforme o colunista, “na sabatina de
Rodrigo Janot no Senado, na quarta-feira 26, Fernando Collor (PTB-AL), colocou
o bode da Operação Lava Jato na sala do presidente da CNI, Robson Andrade”.
“Nas acusações que fez de improbidade
contra Janot, o senador nominou a Orteng, pausadamente e em tom irônico. O
grupo controlado por Andrade teve Janot como advogado em 2009 e 2010. O
procurador-geral assegurou que nenhum processo envolvia a Petrobras, conforme
sugeriu Collor. De qualquer forma, o presidente da CNI passou o dia por conta”,
completa BOECHAT.
A CPMF é uma das âncoras do
noticiário setorial voltado aos interesses da indústria.
Abordagens questionam a estratégia do
governo e ressaltam a reação de políticos e empresários.
LEONARDO ATTUCH, em sua coluna na
ISTOÉ, pondera que, “por maior que seja a gritaria das entidades empresariais,
a volta do imposto estará prevista no projeto de lei orçamentária, referente a
2016, que será enviado ao Congresso Nacional nesta semana”.
RUTH DE AQUINO, também em sua coluna,
escreve na revista ÉPOCA que “tudo é mentiroso na CPMF. A começar pelo nome:
Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras. É uma trapaça ao
idioma”.
Em outra frente, revistas exploram em
detalhes os impactos globais dos ajustes promovidos pela China.
Na interpretação das revistas, os
reflexos nos mercados ainda não terminaram. No caso do Brasil, preveem, novos
solavancos devem ser sentidos em breve.
ÉPOCA adverte que exportar produtos
básicos para os chineses não dá os mesmos lucros de antes e sugere que “o
Brasil terá de rever sua estratégia comercial”.
“De forma imprevista, a virada da
China pode acabar beneficiando a indústria nacional, que tem perdido força nos
últimos anos”, aponta ÉPOCA.
Assumindo postura um pouco mais
direta e voltada à cena doméstica, ISTOÉ revela quase meio milhão de
trabalhadores foram demitidos este ano.
“Se a economia continuar desabando,
nos próximos meses será ainda mais difícil encontrar um lugar para dar
expediente”, afirma a reportagem – associando o cenário ao desarranjo interno e
externo de momento.
Na pauta voltada a temas ainda mais
específicos da indústria, ISTOÉ DINHEIRO se destaca e registra, com
exclusividade, que a política de preços do governo para a gasolina e a nafta
aumenta as incertezas regulatórias e trava investimentos no setor químico.
Segundo a reportagem, por
determinação do Ministério das Minas e Energia, a Petrobras passou a converter
boa parte da nafta em gasolina.
“Faltou matéria-prima nacional para a
indústria petroquímica, com o setor amargando sérias dificuldades e custos mais
altos na importação. Ainda hoje ele continua a enfrentar um cenário tenebroso.
Empresas dependentes da nafta estão praticamente parando seus projetos”, alerta
ISTOÉ DINHEIRO.
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