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domingo, 30 de agosto de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS

Revistas que circulam neste fim de semana repassam o noticiário dos jornais diários e aprofundam ou repercutem os temas de maior impacto.

A agenda política se sobressai, com reportagens especiais associadas à articulação do governo e a relação do Palácio do Planalto com o PMDB.

Em economia, destaque para questões associadas à crise na China e à volta da CPMF.

Reportagem de capa da CARTA CAPITAL avalia que a presidente Dilma Rousseff continua a criar problemas para si mesma. Segundo a revista, na tentativa de retomar o controle da situação, a presidente avança “aos trancos e barrancos”.

ISTOÉ traz na capa o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE, apresentado como o “caçador” de crimes eleitorais.

ÉPOCA se diferencia das demais e, com exclusividade, revela em sua capa documentos secretos que mostram como o ex-presidente Lula intermediou negócios da Odebrecht em Cuba.

Já ISTOÉ DINHEIRO analisa as recentes turbulências nos mercados globais e em reportagem de capa contextualiza o papel dos BRICS.

VEJA, por sua vez, é ainda mais direta e afirma que a China promove uma verdadeira “mudança nas regras do jogo”.



As menções à Indústria valorizam posicionamentos institucionais da CNI, mas estão distribuídas também em contextos que passam a limpo parte da cobertura da semana.

Um dos destaques está em ISTOÉ DINHEIRO. A seção DINHEIRO EM NÚMEROS registra que “o índice de confiança do consumidor subiu 1% em agosto, para 98,9 pontos, informou a CNI na quarta-feira 26” – texto faz referência à falta de confiança dos consumidores “em uma retração da inflação nos próximos meses”.

Há diversas reportagens que repercutem a proposta do governo de recriar um imposto nos moldes da CPMF.

Em linhas gerais, revistas avançam muito pouco em relação ao que os jornais diários já informaram. O tom de polêmica, no entanto, prevalece.

ISTOÉ DINHEIRO afirma que “o ímpeto arrecadador do governo irritou ainda mais o setor produtivo quando técnicos e assessores, em Brasília, vazaram a informação de que está em estudo a recriação da CPMF, extinta em 2007”.

“É um absurdo, mais um imposto para a sociedade pagar. O caminho ideal seria o governo reduzir gastos públicos para deixar a economia se recuperar”, disse ROBSON BRAGA DE ANDRADE, presidente da CNI, conforme reproduz ISTOÉ DINHEIRO.

Com foco no debate sobre a terceirização, CARTA CAPITAL aponta que, “em meio à guerra entre governistas, rebelados e parlamentares da oposição, chovem propostas que acenam para o desmonte do Estado e da rede de proteção social ou apenas beneficiam corporações da máquina pública”.

Reportagem adverte que a Consolidação das Leis do Trabalho, que sobreviveu desde a Era Vargas, está na "linha de tiro".

E lembra que, em abril, “após uma sessão comandada com mão de ferro pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, restou aprovado um texto que autoriza as subcontratações até mesmo para as atividades-fim, com o respaldo de campanhas patrocinadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e pela Confederação Nacional da Indústria”.

Na agenda política, registra-se como ponto de atenção nota veiculada por RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ.

Conforme o colunista, “na sabatina de Rodrigo Janot no Senado, na quarta-feira 26, Fernando Collor (PTB-AL), colocou o bode da Operação Lava Jato na sala do presidente da CNI, Robson Andrade”.

“Nas acusações que fez de improbidade contra Janot, o senador nominou a Orteng, pausadamente e em tom irônico. O grupo controlado por Andrade teve Janot como advogado em 2009 e 2010. O procurador-geral assegurou que nenhum processo envolvia a Petrobras, conforme sugeriu Collor. De qualquer forma, o presidente da CNI passou o dia por conta”, completa BOECHAT.




A CPMF é uma das âncoras do noticiário setorial voltado aos interesses da indústria.

Abordagens questionam a estratégia do governo e ressaltam a reação de políticos e empresários.

LEONARDO ATTUCH, em sua coluna na ISTOÉ, pondera que, “por maior que seja a gritaria das entidades empresariais, a volta do imposto estará prevista no projeto de lei orçamentária, referente a 2016, que será enviado ao Congresso Nacional nesta semana”.

RUTH DE AQUINO, também em sua coluna, escreve na revista ÉPOCA que “tudo é mentiroso na CPMF. A começar pelo nome: Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras. É uma trapaça ao idioma”.

Em outra frente, revistas exploram em detalhes os impactos globais dos ajustes promovidos pela China.

Na interpretação das revistas, os reflexos nos mercados ainda não terminaram. No caso do Brasil, preveem, novos solavancos devem ser sentidos em breve.

ÉPOCA adverte que exportar produtos básicos para os chineses não dá os mesmos lucros de antes e sugere que “o Brasil terá de rever sua estratégia comercial”.

“De forma imprevista, a virada da China pode acabar beneficiando a indústria nacional, que tem perdido força nos últimos anos”, aponta ÉPOCA.

Assumindo postura um pouco mais direta e voltada à cena doméstica, ISTOÉ revela quase meio milhão de trabalhadores foram demitidos este ano.

“Se a economia continuar desabando, nos próximos meses será ainda mais difícil encontrar um lugar para dar expediente”, afirma a reportagem – associando o cenário ao desarranjo interno e externo de momento.

Na pauta voltada a temas ainda mais específicos da indústria, ISTOÉ DINHEIRO se destaca e registra, com exclusividade, que a política de preços do governo para a gasolina e a nafta aumenta as incertezas regulatórias e trava investimentos no setor químico.

Segundo a reportagem, por determinação do Ministério das Minas e Energia, a Petrobras passou a converter boa parte da nafta em gasolina.

“Faltou matéria-prima nacional para a indústria petroquímica, com o setor amargando sérias dificuldades e custos mais altos na importação. Ainda hoje ele continua a enfrentar um cenário tenebroso. Empresas dependentes da nafta estão praticamente parando seus projetos”, alerta ISTOÉ DINHEIRO.


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