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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Novo centro de estudo da dor eleva patamar da pesquisa clínica no País

O centro de investigação de dores resultantes de doenças neurológicas, considerado o mais completo do Brasil, foi inaugurado na última quarta-feira (12), no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). A Unidade de Pesquisa Clínica em Neurologia e Neurociências (NeuroUPC) reúne equipamentos capazes de detectar estímulos nervosos imperceptíveis pela maioria dos aparelhos disponíveis na rede de saúde. A construção da nova unidade foi viabilizada, em grande parte, pelo investimento de R$ 2 milhões da Finep no projeto de estudo multicêntrico da dor neuropática na hanseníase, de 2008, realizado em conjunto pela UFF, Fiocruz e USP de Ribeirão Preto (SP).

O diferencial do NeuroUPC, cujas 16 salas ocupam um espaço de 300 m2 do hospital, são os aparelhos disponíveis para o estudo das neuropatias de fibras finas. Essas neuropatias podem ocorrer em pacientes com hanseníase, diabetes, doença de Parkinson, esclerose múltipla, entre outras patologias. “Os exames convencionais para mensurar lesões no sistema nervoso periférico, como a Eletroneuromiografia, não conseguem avaliar as atividades das fibras finas, responsáveis pela sensação de dor. A avaliação médica da dor nesses pacientes, portanto, dependia das informações passadas por eles, o que a tornava subjetiva e gerava, eventualmente, diagnósticos imprecisos”, ressaltou Osvaldo Nascimento, neurologista coordenador da unidade. Agora, com aparelhos como o CHEPS, é possível avaliar a dor independentemente da opinião do paciente.

O NeuroUPC é voltado exclusivamente para a pesquisa acadêmica e pode ser considerado o segmento mais moderno da Unidade de Pesquisa Clínica (UPC) do hospital, criada em 2006. A UPC integra a Rede Nacional de Pesquisa Clínica, uma ação conjunta dos Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo principal da iniciativa é consolidar a pesquisa clínica no âmbito dos hospitais de ensino e priorizar o comprometimento das unidades com as necessidades de saúde e prioridades da Política Nacional de Saúde. Criada em 2005, a Rede contou com financiamento de mais de R$ 35 milhões pela Finep.

Fonte: Finep Equipe da NeuroUPC (Foto: Gabriella Balestrero/UFF)


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