O Instituto de Tecnologia do Paraná
(Tecpar) defende em Brasília, nesta semana, três projetos de Parceria para o
Desenvolvimento Produtivo (PDP). No Ministério da Saúde, equipes do instituto
vão apresentar detalhes de como funcionaria a operação caso o Tecpar seja
escolhido para fornecer ao Sistema Único de Saúde (SUS) os medicamentos biológicos
Adalimumabe e Infliximabe, além do hormônio de crescimento Somatropina.
Os três produtos fazem parte de um
pacote de cinco aos quais o Tecpar concorre para se tornar o fornecedor oficial
do Ministério da Saúde. Completam a lista um aparelho auditivo retroauricular e
intra-aural, utilizado para auxiliar pessoas com surdez, proposta que tem como
parceria a empresa suíça Sonova, e o Salbutamol, medicamento utilizado no
controle da asma, com a companhia britânica GSK. Esses projetos serão
defendidos em setembro, conforme deliberação do Ministério da Saúde.
Nesta semana o Tecpar defende no
Ministério da Saúde a proposta do Adalimumabe e Infliximabe, ambos usados para
tratamento de artrite reumatoide, psoríase e outras doenças crônicas, em
parceria com a empresa russa Biocad Monoclonal. O órgão gasta por ano com a
compra desses produtos mais de R$ 1 bilhão.
Além dos medicamentos biológicos, o
Tecpar defende nesta semana em Brasília o projeto de produção da Somatropina,
hormônio de crescimento a ser produzido em conjunto com a alemã Merck Serono. O
Ministério da Saúde gasta anualmente R$ 176 milhões com a compra do hormônio.
O diretor-presidente do Tecpar, Júlio
C. Felix, diz estar muito confiante em trazer essa produção para o Paraná.
“Temos muita confiança que as propostas protocoladas pelo Tecpar vão mostrar ao
ministério os diferenciais do instituto para produzir esses medicamentos e
dispositivos no Paraná. Escolhemos os melhores parceiros para desenvolver as
parcerias no nosso estado”, salienta.
O Ministério da Saúde divulgará até a
primeira quinzena de dezembro os escolhidos para se tornarem fornecedores
oficiais dos produtos definidos na última lista prioritária divulgada pelo
órgão. Hoje o Tecpar atua com a PDP do Bevacizumabe, oncológico usado no
tratamento do câncer e degeneração macular, em parceria com a empresa Biocad,
da Rússia.
PDP
As parcerias firmadas entre
laboratórios públicos e privados têm como meta garantir a autossuficiência do
mercado nacional, dentro do programa do Complexo Industrial da Saúde, do
Ministério da Saúde.
As PDP são parcerias feitas entre
instituições públicas e entidades privadas com objetivo de dar acesso a
tecnologias prioritárias, de reduzir a vulnerabilidade do SUS a longo prazo e
de racionalizar preços de produtos estratégicos para saúde, com o
comprometimento de internalizar e desenvolver novas tecnologias estratégicas e
de valor agregado elevado.
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