O ministro da Saúde, Gilberto
Occhi, afirmou que Brasil trabalha com nova rotulagem de alimentos. O objetivo
é permitir ao escolhas mais saudáveis
A política brasileira para
conter o avanço da obesidade foi um dos temas do discurso que o ministro da
Saúde, Gilberto Occhi, proferiu nesta terça-feira (22), em Genebra (Suíça), na
plenária da 71ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), promovida pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). O Brasil apresentou proposta de nova rotulagem de alimentos e acordo
com a indústria para redução de açúcar em alimentos ultraprocessados. As
medidas visam facilitar a compreensão do consumidor e trazer orientações claras
para escolhas mais saudáveis.
“Estamos engajados na adoção
de políticas concretas e efetivas para conter o avanço da obesidade. O Brasil
adotará medidas para alertar sobre o excesso de açúcar no rótulo de alimentos
processados, e, assim, os consumidores poderão fazer escolhas mais saudáveis.
Também estamos estruturando medidas para reduzir o açúcar nesses alimentos”,
afirmou.
Itens relacionados
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para redução de açúcar
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discute saúde global em reunião da OMS
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reúne nove países para discutir políticas voltadas à alimentação saudável
Dados inéditos do Vigitel,
apontam que a excesso de peso atingiu 54% da população nas capitais do país e
18,9% estão obesos, em 2017, um aumento de 36% e 42%, respectivamente. Os dados
são do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL 2017), do Ministério da Saúde.
A discussão de um novo modelo
de rotulagem está sendo conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a
participação de universidades. A meta é que ao final do processo seja feita uma
consulta pública com a sociedade. A proposta é que o rótulo deve ficar na parte
frontal com advertências em relação ao excesso de nutrientes que podem trazer
malefícios a saúde, como sódio, gordura e açúcares.
Para isso, o Brasil vem
acompanhando de perto também políticas fiscais e regulatórias de outros países
que buscam a redução do consumo de açúcar, bem como avaliando e estimulando
estudos nacionais sobre o impacto potencial destas políticas para fortalecer
essas agendas nacionalmente.
Assista à íntegra do discurso
do Ministro da Saúde em Genebra (Suíça)
http://portalms.saude.gov.br/images/mp4/2018/maio/22/Alimentos-com-muito-acucar-terao-alerta-para-consumidor.mp4
Acordo para redução de açúcar
O Ministério da Saúde, ainda,
vem desenvolvendo ações estratégicas de alimentação e nutrição para promover e
proteger a saúde dos brasileiros. Entre as iniciativas em discussão com a
indústria, está o Plano Nacional de Redução do Açúcar em Alimentos
Industrializados. O modelo é similar ao adotado com o setor para redução de
sódio em que foram retiradas 17
mil toneladas entre 2008 e 2016.
A proposta tem como objetivo o
enfrentamento ao excesso de peso e à obesidade, que apresentam níveis
preocupantes na população brasileira.
Encontros paralelos à reunião
da OMS
Os ministros da Saúde de
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste discutirão nesta terça-feira (22),
juntamente com a secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), a agenda de trabalhos de cooperação em saúde na Comunidade e
suas perspectivas.
Por iniciativa brasileira,
foram realizadas, ao longo dos últimos dois anos, iniciativas como a criação da
Rede de Bancos de Leite Humano da CPLP, a iniciativa de promoção da telessaúde
e da telemedicina entre os países de língua portuguesa e a cooperação técnica
em HIV/aids, malária e tuberculose.
Ainda estão previstos
encontros como os ministros da saúde do Reino Unido e dos Estados Unidos, com o
objetivo de explorar possibilidades de ampliação da cooperação internacional em
saúde, e participará de evento paralelo sobre os cem anos da epidemia de
influenza, copatrocinado por Brasil e Estados Unidos.
Também faz parte da agenda
encontro com os ministros da Saúde da iniciativa Política Externa e Saúde
Global (FPGH, na sigla em inglês). O Brasil exerce, em 2018, a presidência do
FPGH, foro de discussão formado por África do Sul, Brasil, França, Indonésia,
Noruega, Senegal e Tailândia, com o objetivo de discutir temas de interseção
entre a política externa e a saúde nos foros multilaterais, como a ONU e a OMS.
O Brasil escolheu como tema
para sua presidência da iniciativa FPGH neste ano a segurança alimentar e
nutricional no contexto da Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição
(2016-2025), área em que o país tem sido pioneiro na promoção de políticas públicas
e na cooperação internacional.
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