Produto
inédito atua como inibidor de enzima essencial para a multiplicação do vírus no
organismo humano.
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira
(21/5), o registro de um medicamento genérico inédito destinado
ao tratamento de infecções causadas por hepatite C crônica. O Sofosbuvir, que
será utilizado como um componente da combinação do regime de tratamento
antiviral, atua como inibidor da polimerase NS5B, enzima essencial para a
replicação do vírus que provoca a doença.
De
acordo com a Anvisa, a aprovação do Sofosbuvir deve reduzir os custos do
tratamento, pois os medicamentos genéricos entrarão no mercado com valor, no
mínimo, 35% menor que o do produto de referência.
Até
o momento, não havia genéricos do medicamento Sofosbuvir, que está no mercado
com o nome comercial Sovaldi, registrado pela empresa Gilead Sciences
Farmacêutica do Brasil Ltda. O registro aprovado nesta segunda (21/5) pela
Anvisa foi concedido à empresa Blanver Farmoquimica e Farmacêutica S.A.
Sobre
a doença
A
infecção viral por hepatite C, conhecida por provocar inflamação do fígado, é
um problema de saúde global, com estimativa de 170 milhões de indivíduos
cronicamente infectados. Não existe vacina contra a doença, por isso, o caminho
é a prevenção.
De
acordo com informações do Ministério da Saúde, a hepatite C é causada pelo
vírus C (HCV) e está presente no sangue das pessoas infectadas. Entre as causas
de transmissão estão a transfusão de sangue e o compartilhamento de material para
uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), para higiene
pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou
outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação
de piercings.
Embora
sejam formas mais raras, a transmissão da doença também pode ocorrer da mãe
infectada para o filho, durante a gravidez, e por sexo sem camisinha com uma
pessoa infectada.
Ainda
de acordo com o Ministério da Saúde, quando a infecção pelo HCV persiste por
mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a
evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos infectados cronicamente pelo
HCV podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de
fígado.
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