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sábado, 6 de abril de 2019

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA 4.0 - parece desconsiderar o segmento saúde


Os Ministérios da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançaram ontem (3/4), em Brasília, a Câmara Brasileira da Indústria 4.0, que contará com quatro Grupos de Trabalho:

·       Capital Humano
·       Cadeias Produtivas e Desenvolvimento de Fornecedores
·       Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
·       Regulação, Normalização Técnica e Infraestrutura

Indústria 4.0, conhecida como manufatura avançada ou quarta revolução industrial, é um título atribuído ao sistema que engloba tecnologias inovadoras no campo da automação integrada que utiliza plataformas tecnológicas para troca de dados, de sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e a computação em nuvem (cloud) inteligência artificial, com elevados níveis de segurança.

A Política Nacional no âmbito das indústria inteligentes, pretende desenvolver suas atividades com apoio técnico dos Grupos de Trabalho que deverão avaliar, discutir e sugerir soluções para temas específicos que possam fomentar a integração entre o Governo, a Academia e as Empresas, induzindo a construção e consolidando a chamada indústria 4.0 em sinergia com a internet das coisas.

As Câmaras proporcionarão o ambiente propicio para que ideias sejam transformadas em políticas comprometidas com os interesses da sociedade fomentando a pesquisa, desenvolvimento e a inovação, de forma harmônica e integrada, viabilizando projetos exequíveis e financiáveis através de fontes públicas e privadas.

“O governo tem uma grande responsabilidade neste momento e está atento a isso. É preciso permitir que os pequenos, médios e grandes operadores de todo o país participem desse processo de inovação e das oportunidades que virão”, os avanços dependem de mais infraestrutura, principalmente de banda larga, que ainda não é realidade em mais de duas mil cidades do Brasil, ressaltou o secretário-executivo do MCTIC, Júlio Semeghini

A Câmara Brasileira da Indústria 4.0 contará com um Conselho Superior, de caráter deliberativo, composto pelo Ministério da Economia e pelo MCTIC, e por representantes da ABDI, CNI, Embrapii, e Finep, e do CNPq, BNDES, Sebrae, além dos Grupos de Trabalho.

“Plano de CT&I para Manufatura Avançada no Brasil – ProFuturo” e a “Agenda Brasileira para a Indústria 4.0”, foram construídos por diversas mãos, desde 2015, com os diagnósticos e recomendações colhidas durante vários workshops em todo País.

A Câmara e os Grupos de Trabalho contarão com apoio de Instituições públicas e privadas, dentre elas:
o   Confederação Nacional da Indústria (CNI),
o   Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq),
o   Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D BRASIL),
o   Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),
o   Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim),
o   Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit),
o   Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
o   Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei),
o   Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec),
o   Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom),
o   Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil),
o   Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII).

Iniciativas no âmbito alargado da Política de Desenvolvimento dos Complexos Industriais que deixam de considerar a importância do segmento da saúde parece desconhecer que na área das ciências da vida são desenvolvidas e implementadas tecnologias integradas de alta complexidade seja no sistema de governança de programas e doenças, no lançamento e acompanhamento de produtos tóxicos como no agronegócio ou os inseticidas para controle de vetores, ainda nos mecanismos de ação e de rastreabilidade de medicamentos ou até, e, com prioridade, na produção de equipamentos eletromédicos, telemedicina, telediagnósticos, dentre tantas outras atividades já automatizadas antes dos anúncios oficiais da Politica 4.0.

Tratar de Regulação, Normalização Técnica e Infraestrutura, sem a participação da ANVISA, INMETRO, INPI e outros organismos de regulação e controle parece desconsiderar os segmentos regulados na área de medicamentos, alimentos, patentes, marcas, etc....

Instituições como a Associação que representa a indústria pública de medicamentos e insumos estratégicos, as frentes parlamentares do segmento, da ciência & tecnologia, da informática e tantas outras certamente poderia contribuir significativamente com a Câmara Brasileira das Indústria 4.0


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