O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) criou comitê que vai revisar as normas para vigilância,
controle, erradicação, certificação e emergência sanitária do Mal da Vaca Louca
e todas as formas de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (que incluem
seres humanos), com as atualizações do Código Terrestre de Animais da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Também serão modernizadas as análises
laboratoriais para diagnóstico da doença. O grupo foi criado pela Portaria 44 .
Além de integrantes do Ministério o comitê terá pesquisadores de universidades.
As ações imediatas do comitê serão a
análise dos pedidos de atualização da legislação do programa do ministério para
a doença e inclusão de novas descobertas e conhecimentos sobre as
encefalopatias.
Atualmente, a OIE classifica o Brasil
com o menor grau de risco para a vaca louca: “insignificante”. A pior situação
é a do risco desconhecido. Existe ainda o risco controlado no qual se enquadram
alguns países da Europa. O mal da Vaca Louca (encefalopatia espongiforme
bovina) é uma doença degenerativa que atinge o sistema nervoso do gado e seus
sintomas incluem agressividade e falta de coordenação.
O último caso atípico de vaca louca
no Brasil foi confirmado em 2014, pelo Laboratório Nacional Agropecuário em
Pernambuco (Lanagro-PE), do Ministério, em uma vaca de 12 anos de idade, de uma
fazenda de Mato Grosso. Foi considerado atípico pois o animal não consumia
ração de origem animal (de restos de carne, miúdos e medula óssea), que pode conter
a proteína que desencadeia a doença no cérebro do bovino. O animal foi abatido
e destruído em 19 de março daquele ano. Foram feitas investigações em 11
propriedades próximas da fazenda e sacrificados e destruídos 49 animais
nascidos um ano antes e um ano depois do animal com a encefalopatia.
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