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terça-feira, 7 de maio de 2019

Ministério da Saúde participa do III Fórum de Cirurgia Geral do Conselho Federal de Medicina


O evento, realizado em Brasília, debateu o mercado de trabalho e as competências das especialidades cirúrgicas

Foto: Mirna Nóbrega
A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) participou do III Fórum de Cirurgia Geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), no dia 03 de maio, em Brasília – DF. O evento colocou em pauta o mercado de trabalho e as competências das especialidades cirúrgicas.

A manhã foi marcada pela abertura do Fórum e mesas sobre assuntos gerais da cirurgia. Entre os temas, foram abordados a regulamentação da cirurgia robótica, o mercado de trabalho para as especialidades cirúrgicas, a distribuição dos cirurgiões especialistas em atividades do Brasil e as competências das especialidades cirúrgicas. Durante a tarde, os participantes puderam debater com os presidentes das sociedades de todas as especialidades cirúrgicas, entre elas, cirurgia plástica, torácica, cardiovascular, angiologia e cirurgia vascular.

Representando o Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES/SGTES), Hélio Angotti Neto, participou da mesa sobre o mercado de trabalho médico no Sistema Único de Saúde (SUS), apresentando as ações desenvolvidas pela secretaria e o contexto brasileiro para a construção do mercado de trabalho no SUS.

“Há um mercado de trabalho no SUS e ele está em crescimento, mas precisamos pensar numa situação que não seja provisória, nesse ponto estamos colaborando com a discussão sobre a atuação dos profissionais médicos do SUS e como fazer essa oportunidade ser eficiente para levar provimento para as áreas mais necessitadas do país”, pontuou o diretor. Hélio Angotti Neto também ressaltou a importância da capacitação dos médicos para além da medicina, tais como, para cargos de gestão e ensino, possibilitando a formação de bons profissionais para atuarem na educação e no suporte que promove a sustentabilidade da assistência.

A mesa do diretor do DEGES foi precedida pela apresentação da Diretora de Desenvolvimento da Educação em Saúde do Ministério da Educação, Rosana Leite de Melo, que discorreu sobre a distribuição dos cirurgiões especialistas em atividade do Brasil. “Houve um programa de expansão das escolas médicas, porque foi feito um diagnóstico àquela época apontando que faltava médicos, mas analisando podemos ver que as metas foram superestimadas“, registrou a diretora. Rosana Leite Melo acrescentou que o grande problema é que as faculdades são aprovadas com 50% das atividades, ou seja, apenas com a parte mais teórica estabelecida. Atualmente o ministério da Educação está focado em buscar soluções para garantir a qualidade da formação dos profissionais médicos.

O Fórum fez parte da programação do XXXIII Congresso Brasileiro de Cirurgia – CBC 2018, uma realização do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. O Congresso aconteceu entre os dias 01 a 04 de maio, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, na capital federal.
Segundo o membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Câmara Técnica de Cirurgia Geral do CFM, o médico cirurgião Paulo Roberto Corsi, a união dos eventos permitiu que as entidades partilhassem das mesmas discussões. “Os assuntos formação, aperfeiçoamento, educação continuada, remuneração foram discutidos durante os quatro dias deste evento. A mesa de hoje do fórum mostrou um debate sobre a remuneração dos profissionais e a formação de especialistas no Brasil, dois assuntos interligados e de extrema importância que deverão ser tratados de forma agressiva pelo atual ministério para fazer ajustes necessários para a melhoria do atendimento da população”, registrou Corsi.

O coordenador da Câmara Técnica de Cirurgia Geral do CFM, Jorge Machado Curi, pontuou que a educação médica é uma das principais preocupações do conselho federal, destacando a importância de se discutir a abertura indiscriminada de faculdades e buscar a qualidade da formação dos profissionais. “Uma das grandes finalidades da discussão aqui é viabilizar a saúde pública no Brasil. Nós não queremos colocar essa incumbência apenas no ministério, a sociedade tem que ter uma proposta, e nós médicos nos sentimos responsáveis para tentar criar uma proposta que viabilize a atuação médica e a saúde da população”, registrou Curi.

SGTES
A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) é responsável por formular políticas públicas orientadoras da gestão, formação e qualificação dos trabalhadores e da regulação profissional na área da saúde no Brasil. Ademais, promover a integração dos setores de saúde e educação no sentido de fortalecer as instituições formadoras de profissionais atuantes na área, bem como integrar e aperfeiçoar a relação entre as gestões federal, estaduais e municipais do SUS, no que se refere aos planos de formação, qualificação e distribuição das ofertas de educação e trabalho na área de saúde.



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