Número de óbitos por influenza
passou de 81 para 99. Campanha Nacional de Vacinação segue até 31 de maio e é a
melhor forma de evitar agravamento e mortes pela gripe
Novo boletim de monitoramento
da influenza divulgado nesta quinta-feira (9) aponta que 535 pessoas foram
hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em
todo o país, com 99 óbitos. Do total de mortes por influenza, 88 (90%) foram em
pessoas que apresentam fatores de risco como idosos, pessoas com doença
crônica, crianças, gestantes, indígenas e puérperas. Todos esses grupos fazem
parte do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação, que vai até o dia 31
de maio. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância dessa população
procurar os postos de vacinação e receber a vacina. A vacinação é a melhor
forma de prevenir o agravamento e mortes causadas pelos vírus da gripe,
principalmente nestes grupos prioritários.
Os dados do boletim
epidemiológico são até o dia 27 de abril. Em relação ao informe anterior (20 de
abril), o número de óbitos por influenza passou de 81 para 99. O boletim também
indica que o vírus A (H1N1) é predominante no país até o momento e também
responsável pela maior parte dos óbitos, com registro de 254 casos e 89
mortes. Foram identificados ainda 54 casos de influenza A (H3N2); 38 de
influenza A não subtipado; e 62 casos de influenza B. Outros 127 casos ainda
não tiveram o subtipo identificado.
Nos primeiros meses do ano, a
circulação de vírus influenza se deu com maior intensidade e de forma
localizada no estado do Amazonas, com 139 casos e 35 óbitos. O estado de São
Paulo também se destaca, com 107 casos e 7 óbitos. Outros estados registraram
mortes: Paraná (11); Pará (7); Espírito Santo (6); Tocantins (5); Rio Grande do
Norte (4); Ceará (3); Rondônia (3); Acre (2); Alagoas (2); Sergipe (2); Rio de
Janeiro (2); Santa Catarina (2); Mato Grosso do Sul (2); Amapá (1); Bahia (1);
Minas Gerais (1); Rio Grande do Sul (1); Mato Grosso do Sul (1), além do
Distrito Federal (1).
A Campanha Nacional de
Vacinação contra a Influenza está disponível para 59,5 milhões de pessoas até o
dia 31 de maio. A vacina produzida para a campanha de 2019 teve mudança em duas
das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus
da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com
determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017
(H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é
segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.
A escolha do público
prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela
observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal
agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao
agravamento de doenças respiratórias.
Os portadores de doenças
crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas,
devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados
em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos
postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de
prescrição médica.
CAMPANHA CONTRA A GRIPE
O último balanço de vacinação,
com dados até 07 de abril, mostra que 45,3% da população prioritária já se
vacinou. Entre os grupos, as puérperas registraram a maior cobertura vacinal,
com 226,6 mil doses aplicadas, o que representa 64,3%, seguido pelos idosos
(52,5%), gestantes (51,2%), crianças (48%) e indígenas (45,1%). Os grupos que
menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento
(10,9%), população privada de liberdade (11,9%), pessoas com comorbidades
(34,3%), funcionários do sistema prisional (35,8%), trabalhadores de saúde
(40,3%) e professores (41,2%).
TRATAMENTO DA GRIPE
Todos os estados estão
abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma
estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o
Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do
medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente,
nas primeiras 48h após o início dos sintomas.
Por Camila Bogaz, da
Agência Saúde
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