Secretário de Difusão e Infraestrutura
Cultural, no Ministério da Cidadania, Paulo Edy Nakamura, participou ontem (28)
em São Paulo, de uma aula para crianças com deficiência no Instituto Olga Kos.
Assista parte do encontro com as
crianças, no vídeo anexo
pessoas com deficiência
Jamais houve ou haverá uma única
expressão correta, válida definitivamente em todos os tempos e espaços. A cada
época são utilizadas palavras cujos significados são compatíveis com os valores
vigentes no período. Ao longo da história da atenção às pessoas com deficiência
no Brasil.
O fim da década de 1990 e a primeira
década do século XXI foram marcadas por eventos mundiais liderados por
organizações de pessoas com deficiência. A Declaração de Salamanca preconiza a
expressão “pessoas com deficiência”, com a qual os valores agregados às pessoas
com deficiência passou a ser o do empoderamento (uso do poder pessoal para
fazer escolhas, tomar decisões e assumir o controle da situação de cada um) e o
da responsabilidade de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade rumo
à inclusão de todas as pessoas, com ou sem deficiência.
• Pessoas com deficiência: passa
a ser o termo preferido por um número cada vez maior de adeptos, boa parte dos
quais é constituída por pessoas com deficiência.
Os princípios da terminologia
Os movimentos mundiais de pessoas com
deficiência, incluindo os do Brasil, já fecharam a questão: querem ser chamados
de “pessoas com deficiência”, em todos os idiomas. Esse termo faz parte do
texto da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência,
adotado pela ONU em 2006, ratificado com equivalência de emenda constitucional
no Brasil através do Decreto Legislativo nº 186 Site externo e
promulgado por meio do Decreto nº 6.949 Site externo, em 2009. Os princípios
básicos para os movimentos terem chegado a essa terminologia foram:
1. Não
esconder ou camuflar a deficiência;
2. Não
aceitar o consolo da falsa ideia de que todos têm deficiência;
3. Mostrar
com dignidade a realidade da deficiência;
4. Valorizar
as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência;
5. Combater
eufemismos que tentam diluir as diferenças, tais como “pessoas com capacidades
especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”, “pessoas com habilidades
diferenciadas”, “pessoas dEficientes”, “pessoas com disfunção funcional” etc.
6. Defender
a igualdade entre pessoas com deficiência e sem deficiência em termos de
direitos e dignidade, o que exige a equiparação de oportunidades para pessoas
com deficiência;
7. Identificar
nas diferenças todos os direitos que lhes são pertinentes e a partir daí
encontrar medidas específicas para o Estado e a sociedade diminuírem ou
eliminarem as “restrições de participação” (dificuldades ou incapacidades
causadas pelos ambientes humano e físico contra as pessoas com deficiência).
Sobre o INSTITUTO OLGA KOS,
Fundado em 2007, associação sem fins
econômicos, que desenvolve projetos artísticos e esportivos aprovados em leis
de incentivo fiscal, para atender, prioritariamente, crianças, jovens e
adultos com deficiência intelectual, que se encontram em situação de
vulnerabilidade social. Nas oficinas de esportes, os principais objetivos são:
incentivo à prática esportiva (Karate-Do e Taekwondo), estímulo ao
desenvolvimento motor e melhoria na qualidade de vida. Já nas oficinas de
artes, buscamos divulgar a diversidade cultural e artística de nosso país,
incentivar o exercício da arte e ampliar os canais de comunicação e expressão
dos participantes.
Sobre o Secretário: Paulo Edy
Nakamura
Oficial da reserva da Força Aérea
Brasileira (FAB), piloto militar e engenheiro eletrônico pelo Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (2000). Mestre em Ciências Aeroespaciais pela
Universidade da Força Aérea. MBA em Gerência de Projetos pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV). MBA em Desenvolvimento Avançado de executivos pela Universidade
Federal Fluminense (UFF). Especialização em Modelagem de Sistemas Complexos
pela Universidade de Brasília (UNB). Atuou na FAB por 30 anos até o posto de
coronel, principalmente na atividade de Pesquisa e Desenvolvimento em funções
envolvendo assessoria técnica e gerência de projetos, com designação de 2 anos
no exterior (França) para atuação em projeto estratégico do Ministério da
Defesa. Presidente do Capítulo Brasil da System Dynamics Society e realiza
trabalhos, utilizando a metodologia Dinâmica de Sistemas, nos setores de
energia, saúde, segurança e defesa. Atualmente é Secretário de Difusão e
Infraestrutura Cultural do Ministério da Cidadania
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