A proteção da Cachaça faz parte do
acordo de livre-comércio entre os blocos, anunciado nesta sexta-feira, dia 28.
Instituto Brasileiro da Cachaça
(IBRAC) celebra e brinda o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a
União Europeia (UE), que resultará oreconhecimento e proteção da Indicação
Geográfica (IG) da Cachaça pelo bloco europeu, um dos principais mercados
de exportação do destilado verde e amarelo. O acordo, firmado nesta
sexta-feira, dia 28, também levará à redução das tarifas de importação de
Cachaça existentes na União Europeia.
Em 2018, a exportação de Cachaça
para a UE* foi de US$ 7,84 milhões. No mesmo ano, as
importações** de bebidas provenientes de cana de açúcar (o que inclui a Cachaça
e outros destilados de cana) pela UE foi na ordem de US$ 1,22 bilhão
O cenário da bebida brasileira é bem
diferente do desempenho de destilados que são Indicações Geográficas
emblemáticas da Europa. O Reino Unido*** exportou de Scotch Whisky,
em 2018, £4,7 bilhões (US$ 6,05 bilhões). Já o valor das exportações
de Cogñac, pela França, no mesmo ano, foi de €3,2 bilhões (US$
3,7 bilhões).
Lima também destaca a importância do
acordo, pois reflete uma posição importante do governo brasileiro em
relação ao tema de proteção de Indicações Geográficas, permitindo um
avanço nas negociações para que outros países também reconheçam a
bebida como tipicamente brasileira.
A Cachaça é a primeira Indicação
Geográfica do Brasil, protegida através do Decreto 4.062/2001.
As ações de reconhecimento da Cachaça
no mundo, como produto genuíno brasileiro, vêm sendo realizadas por uma
parceria do setor privado, por meio do IBRAC, com o governo federal. “Com o
acordo de proteção da Cachaça, teremos assegurado que apenas os produtores
brasileiros poderão fazer uso da denominação Cachaça na União Europeia, que é o
principal mercado de destilados no mundo. Além da proteção, isso também
impulsionará os esforços para promoção da bebida”, completa.
Antes do anúncio do acordo, a Cachaça
era protegida nos Estados Unidos, Colômbia, México e Chile.
Um dos recentes movimentos do setor
foi o lançamento do Manifesto da Cachaça, que traz exatamente a ampliação
dos esforços para a proteção de Cachaça como um dos pontos necessários para o
crescimento do setor. Além deste tema, o Manifesto também apresenta como
pontos essenciais para a valorização e o crescimento sustentável da categoria:
a ampliação dos esforços de promoção da Cachaça como produto exclusivo e
genuinamente brasileiro, a reavaliação da carga tributária da Cachaça e o
combate à clandestinidade e à informalidade.
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Fonte: Reuters
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