Será priorizada a atenção integral à saúde das mulheres, com ações de
prevenção do câncer do colo do útero e de mama, e da saúde sexual e
reprodutiva. Serão investidos R$ 16 mi em carretas odontológicas
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (12), em Brasília,
durante a V Marcha das Margaridas – que reúne trabalhadoras rurais,
extrativistas, indígenas e quilombolas –, uma série de iniciativas que
considera a realidade das mulheres do campo, das florestas e das águas,
ampliando o acesso ao cuidado em saúde. O Ministério da Saúde investiu R$ 16,7
milhões na compra de 102 Unidades Odontológicas Móveis para distribuir, ainda
em 2015, a municípios que tenham população em área rural, que fazem parte do
Programa Brasil Sem Miséria, e outras sete em áreas indígenas. A cada ano,
serão repassados R$ 6,1 milhões para o custeio dessas unidades.
A presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou o lançamento da
mobilização nacional para promover a atenção integral e o cuidado da saúde da
mulher, relatando avanços na oferta de serviços. “A saúde da mulher do campo,
da floresta e das águas passará a fazer parte do calendário oficial do Sistema
Único de Saúde (SUS)”, disse. “Vamos avançar no cuidado ao câncer,
particularmente de mama e do colo. Vamos Aprimorar as condições para o
tratamento de intoxicações por agrotóxicos e por acidentes com animais peçonhentos.
Teremos também avanços significativos na atenção à saúde bucal”, enumerou a
presidenta.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou que “todas essas
iniciativas são um compromisso do governo federal para intensificar a saúde da
mulher do campo, da floresta e das águas, expressas em programas como o Mais
Médicos, que hoje conta 1.510 médicos que atendem às comunidades ribeirinhas,
quilombolas e indígenas. São ações que estão disponíveis nas unidades de
saúde durante todo o ano, contudo, no mês de mobilização nacional, o
atendimento será prioritário”.
Durante um mês, em todos os anos, serão intensificadas as ações de
atenção integral à saúde dessas mulheres por meio de mobilização nacional.
Neste ano, em novembro, os postos de saúde se organizarão para acolhê-las, de
forma prioritária, ofertando consultas clinico-ginecológicas e exames
preventivos, como papanicolau e mamografia, reforçando, assim, o cuidado ao
câncer, especialmente de mama e colo. Também será feita a detecção de
hipertensão e diabetes, distribuição da vacina do HPV, de pílula do dia
seguinte e atualização do esquema vacinal.
Para continuar enfrentando a mortalidade materna, o Ministério da Saúde
propõe aos grupos dessas populações, a capacitação de 200 parteiras
tradicionais da população do campo e de áreas distantes e entregar um conjunto
de instrumentos para auxiliá-las neste ofício. Será ainda incorporada ao
Sistema Único de Saúde (SUS) uma ação inovadora, que é a distribuição de kits
anti-hemorragia (traje de emergência), para serem utilizados, caso necessário,
após o parto para controle de sangramento. A medida garantirá que as mulheres
que se encontrarem nestas condições consigam chegar de forma segura ao hospital
mais próximo. Assim, serão disponibilizados 500 trajes de emergência e serão
treinados profissionais de saúde para utilizá-los.
PROTEÇÃO - Outro
compromisso assumido durante a V Marcha das Margaridas será o de ampliar o
acesso regulamentado aos Serviços e Centros de Informação Toxicológica na rede
de urgência e emergência e aumentar a divulgação desses serviços, que poderão
ser acessados por telefone para esclarecimentos e orientações tanto para
profissionais de saúde, por meio do Telessaúde, quanto para a população em
geral em caso de intoxicação ou picada por animal peçonhento. Com isso, o
objetivo é ofertar melhores condições para que os profissionais possam tratar
com qualidade as intoxicações agudas e crônicas por agrotóxicos e acidentes por
animais peçonhentos, pela exposição no trabalho, acidente doméstico ou ingestão
intencional
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