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domingo, 15 de novembro de 2015

Análise das Revistas semanais, sábado 14 de novembro de 2015

Os avanços das investigações sobre possíveis contas na Suíça do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estão no centro do noticiário das revistas que circulam no fim de semana. Assunto é capa da CARTA CAPITAL e da ISTOÉ.

CARTA CAPITAL destaca que a ameaça de Eduardo Cunha perder o mandato por quebra de decoro aumentou. “Suas histórias serviram no máximo para mostrar ao público por que está em curso um cerco global à sonegação, à evasão de divisas e à lavagem de dinheiro”, aponta.

ISTOÉ posiciona que “Eduardo Cunha zomba da população, mente, apresenta versões estapafúrdias para sua fortuna na Suíça e manobra pesado (com apoio do PT) para escapar da cassação. E apesar de tudo, ele se mantém no cargo”.

Já a reportagem de capa da VEJA aponta que o vice-presidente Michel Temer, “pelo sim, pelo não”, decidiu se preparar para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. "Ele conversa com políticos, juristas e empresários. Tem um plano para si e para o Brasil pós-Dilma. Não vê conspiração, mas cautela", assinala a revista.

Em outra frente, reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO aponta que o novo projeto de repatriação de recursos promete injetar até R$ 150 bilhões nos cofres do governo brasileiro. Abordagem orienta como trazer os investimentos de volta ao Brasil.

Com foco na agenda internacional, capa da ÉPOCA destaca que ataques simultâneos, tiroteios, explosões e fuzilamento a sangue-frio deixaram Paris em pânico, no pior atentado já vivido na França.



Cobertura semanal especula sobre uma substituição do Joaquim Levy no Ministério da Fazenda pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Nesse contexto, abordagens fazem referência à participação de ambos no 10º Encontro Nacional da Indústria, realizado em Brasília.

ISTOÉ DINHEIRO relata que o Encontro Nacional da Indústria proporcionou um “encontro inusitado” entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. “Sentados à mesa para um almoço e, em seguida, ocupando o mesmo palco, os dois nomes mais mencionados atualmente no noticiário econômico trocaram sorrisos e gentilezas. Gostaria de dizer palavras introdutórias para o meu querido ministro Meirelles, afirmou Levy. Concordo com tudo que ele vai dizer.”

Reportagem expõe que os rumores de que a presidente Dilma Rousseff estaria disposta a mudar na virada do ano o comando da equipe econômica decorrem, na verdade, de “um fogo-amigo injustificado”.

“A ala mais à esquerda do PT, ligada à Fundação Perseu Abramo e à Unicamp, avalia que a política fiscal do ministro da Fazenda levou o País ao atual quadro recessivo. Ignora o fato de que a crise já estava contratada desde o ano passado, quando o populismo fiscal foi levado às últimas consequências com objetivos eleitorais”, aponta ISTOÉ DINHEIRO.

Ainda no texto, DINHEIRO situa que Meirelles é contra a volta da CPMF e registra que “diante de um cenário em que o problema político é, de fato, maior do que o econômico, inviabilizando o ajuste fiscal, a simples troca do ministro da Fazenda não teria nenhum efeito prático”.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, assinala que “após evento da CNI, quarta, que reuniu [Henrique] Meirelles e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a confederação convidou autoridades para um almoço. Na mesa da diretoria havia uma cadeira vaga para Levy. Ele se atrasou e o assento foi ocupado por Meirelles”.

BRASIL CONFIDENCIAL aponta que “depois de derrubar o dólar e elevar a bolsa com rumores de que poderia virar ministro da Fazenda, Henrique Meirelles agora planeja sair dos holofotes. Confidenciou a pessoas próximas que vai se recolher, pois sua exposição foi exagerada na última semana”. (leia mais em ANÁLISE SETORIAL)



Abordagens sobre a possibilidade de mudança no comando do Ministério da Fazenda estão em destaque nas edições de fim de semana, além de outros temas macroeconômicos e reflexos no setor fabril.

RADAR, na VEJA, aponta que “Dilma Rousseff saiu da fase da negação peremptória quanto a nomear Henrique Meirelles para a Fazenda e já cogita ceder mais isso a Lula. Ainda empaca na condição de garantir ‘porteira fechada’ na condução da economia - com Planejamento; BC, Banco do Brasil, Caixa e BNDES afinados com ele. Mas quem conhece o processo decisório da presidente acha que ela pode acabar cedendo”.

Segundo RADAR, “em evento com cerca de oitenta empresários recentemente, Henrique Meirelles esquivou-se de todas as perguntas sobre se iria para o lugar de Joaquim Levy. Mas, quando alguém o questionou se, caso fosse, teria condição de implementar o ajuste, ele não se conteve: ‘Se eu fosse, é porque teria essa condição’”.

Maílson da Nóbrega, na VEJA, afirma que “infelizmente” a CPMF é “indispensável”. “Desde 1989, quando ela surgiu sob o rótulo enganoso de imposto único, eu me oponho publicamente à tributação de transações financeiras. Reconheço, no entanto, que a ideia é recomendável temporariamente em crises fiscais como a atual, que inclui a queda de receita. Não há espaço para novo e relevante corte de gastos”, afirma o ex-ministro.

Segundo ele, o esforço fiscal para fazer o ajuste em 2016 supera R$ 120 bilhões. “Não dá para realizá-lo somente pelo corte de despesa. Para o economista Mansueto Almeida, se fosse possível cortar o Minha Casa, Minha Vida, o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras, seriam economizados 21 bilhões de reais. E 85% do custeio da máquina administrativa tem a ver com cinco funções sociais, entre as quais o Bolsa Família, o seguro-desemprego e o abono salarial. Difícil, não?”, detalha Nóbrega.

Ricardo Boechat, na ISTOÉ, aponta que “de janeiro a junho, a produção de minério subiu 15,5%, em contraste com o PIB industrial em queda. As mineradoras aumentaram o ritmo de atividade como uma espécie de compensação à queda no preço do minério de ferro – e mais extração eleva a geração de resíduos”.

Segundo BOECHAT, outro trecho sintomático diz: "Fatores econômicos e operacionais contribuíram negativamente no desempenho das empresas, tais como problemas operacionais na manutenção das minas/usinas". O trabalho técnico do DNPM é baseado em informações das próprias empresas.

EXPRESSO, na ÉPOCA, registra que “o presidente do Conselho do Sesi, Gilberto Carvalho, aproveitou uma reunião da entidade para fazer um desabafo e se defender das acusações de que favoreceu montadoras de automóveis enquanto trabalhou no Planalto”. "Tenho orgulho de sair do governo depois de 12 anos sem levar nenhum clips", afirmou.

CARTA CAPITAL informa que a última pesquisa Focus do BC, realizada entre executivos do sistema financeiro, indicou uma expectativa de quedas do PIB de 3,1% em 2015 e 1,9% em 2016, após quatro meses de declínio contínuo dessas previsões. “As perspectivas de médio prazo continuam a se deteriorar e o Brasil caminha para uma longa e trágica recessão”, adverte a reportagem.

Reportagem menciona que o governo defende a volta da CPMF e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, a Cide, imposto sobre combustíveis, para melhorar a situação fiscal, apesar de a aprovação ser considerada pouco provável. “Os cortes do Orçamento podem atingir, além do PAC, o custeio da máquina administrativa, o crescimento das despesas de pessoal, os subsídios do Programa Minha Casa Minha Vida, investimentos em transportes e outras despesas discricionárias”, aponta CARTA CAPITAL.

Na agenda política, destaque está na ISTOÉ DINHEIRO, que posiciona que o PMDB lançou “um pacote de medidas que pode tirar o País do atoleiro”. Texto detalha que o PMDB apresentou à sociedade um documento de 19 páginas, intitulado “Uma ponte para o futuro”, com medidas emergenciais e reformas estruturais que primam por uma qualidade escassa na capital federal: “o bom senso”. Nele, o partido enfatiza a necessidade de atacar o desequilíbrio fiscal, sem o que o relançamento da economia será inútil.

“O PMDB defende que o crescimento das despesas públicas seja obrigatoriamente inferior à evolução do PIB, facilitando a obtenção de superávits primários. Além disso, é fundamental o retorno de um orçamento verdadeiro, que seja impositivo e com base zero, sem vinculações constitucionais”, afirma ISTOÉ DINHEIRO.


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