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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Brasil tem a quarta maior inflação médica do mundo

O país registrou crescimento de 17% nos custos de saúde, ficando atrás apenas da Argentina, Vietnam e Tailândia
O Brasil terá a quarta maior inflação médica em 2015 em relação a 29 países da Europa, Ásia e Américas. É o que mostra pesquisa internacional da Mercer Marsh Benefícios, consultoria especializada em gestão de benefícios e saúde. O país, que registrou 17% de crescimento nos custos de saúde, ficou atrás apenas da Argentina (29%), Vietnam (23,4%) e Tailândia (17,9%). Quando analisado somente países da América Latina, o Brasil é o segundo no ranking da inflação médica na região, depois da Argentina.
Segundo a pesquisa, no mundo, a inflação médica projetada é de 10,5%. Em toda a América Latina, a inflação médica é, em média, duas vezes maior que a verificada na maioria dos 29 países. “É um custo que cresce ano após ano acima da inflação econômica. Isto se dá em razão de alguns fatores, principalmente devido ao aparecimento de novas tecnologias e novos tratamentos que contribuem para o aumento de custos acima da inflação econômica, o que chamamos de inflação médica”, explica Renato Cassinelli, diretor da Mercer Marsh Benefícios para América Latina e Caribe. “A inflação é impactada, sobretudo, pelo câmbio, pois muitos equipamentos são importados e vem de fora atrelado ao dólar”, complementa.
Impacto na folha de pagamento das empresas
A inflação médica impacta também no custo das empresas que oferecem planos de saúde (assistência médica) para os funcionários. Na América Latina, a inflação médica, que gera o segundo maior custo na folha de pagamento das empresas, tem crescido acima da massa salarial.
Outro impacto nos custos da assistência médica para os funcionários, é reflexo do alto índice de utilização dos planos de saúde acima dos padrões aceitáveis, muitas vezes em razão de falta de orientação para o uso racional da assistência médica, tanto por parte dos profissionais da medicina quanto por parte dos usuários e beneficiários dos planos.
“Ainda não existe nas empresas a cultura da promoção e prevenção. Nossos programas de benefícios ainda são extremamente voltados para as ações curativas. Adotar a coparticipação, ou seja, compartilhar os custos da assistência médica com os funcionários é a estratégia de um número maior de empresas em decorrência dos preços dos planos de saúde que têm crescido acima da inflação”, diz.


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