Brasil e Chile assinaram nesta
segunda-feira Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI).
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando
Monteiro, que lidera missão empresarial ao Chile, o objetivo do ACFI é oferecer
um ambiente institucional mais propício para a operação das empresas,
estabelecendo mecanismos adequados para a mitigação de riscos, prevenção de
controvérsias e melhoria da governança para os investidores.
“O ACFI é um instrumento que se
reveste de grande relevância para fortalecer a nossa integração produtiva e uma
mais efetiva inserção nas cadeias de valor, por meio de parcerias entre nossas
empresas e do acesso ampliado e seguro dos empreendedores em nossos
territórios”, afirmou Monteiro.
O presidente da Sociedade de Fomento
Fabril (entidade setorial que congrega a indústria chilena), Hermann Von
Muhlenbrock ressaltou a importância do ACFI: É um importante marco legal para
aumentar investimentos das nossas empresas". Para Olavo Machado, da
Confederação Nacional da Indústria, o “Brasil tem mais de 70 empresas
instaladas no Chile e o volume de investimento do Chile no Brasil é crescente”.
Monteiro destacou que além do ACFI,
Brasil e Chile podem avançar na direção de um acordo na área de compras
governamentais, abrindo os mercados e conferindo tratamento isonômico entre as
empresas brasileiras e chilenas.
“Brasil e Chile tem muito a ganhar
adotando medidas de facilitação de comércio. Nesse sentido, destaco importante
iniciativa dos nossos países em implementar bilateralmente o Projeto de
Certificação de Origem Digital (COD). Isso proporcionará maior rapidez,
segurança e economia na emissão do certificado de origem e nas tratativas
comerciais”.
Parceria estratégica
Nos últimos anos, o Chile tem
figurado como o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul e
o terceiro maior na América Latina. De 2004 até 2014, a corrente de comércio
entre Brasil e Chile aumentou de US$ 3,9 bilhões para cerca de US$ 9 bilhões, o
que significa crescimento de 128%.
Segundo Monteiro, essa
“extraordinária expansão” resulta, em grande medida, do sucesso do Acordo de
Complementação Econômica nº 35, que promoveu a completa desgravação tarifária
entre Brasil e Chile, e do Acordo de Serviços Mercosul-Chile, que permitiu a
maior presença de empresas chilenas no Brasil e brasileiras no Chile.
O ministro afirmou ainda que Brasil e
Chile têm um papel crucial no processo de aproximação e integração entre
Mercosul e a Aliança do Pacífico.
“Temos a convicção de que uma maior
integração entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico poderá fortalecer a nossa
posição no comércio mundial e garantir uma inserção mais qualificada nas
cadeias regionais e globais de valor. A proximidade geográfica e as nossas
afinidades históricas e culturais são fatores que devem ser valorizados e que
concorrem para consolidar uma maior aproximação”.
Seminário Empresarial
Promovido pelo MDIC, Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), CNI, pelos
ministérios chilenos das Relações Exteriores e do Comércio Exterior e também
pela Sociedade de Fomento Fabril, o seminário empresarial reuniu 30 empresas
dos dois países.
Representantes de entidades
brasileiras como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Cecompi
(aeronáutico), CBL (livro), Softex (software) Abimaq (máquinas e equipamentos)
e Abiepan (panificação) participaram do evento.
Fonte: MDIC
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