Retomada
do crescimento
"Se
eu chegar ao final do meu governo com 5% de popularidade, mas conseguir colocar
o Brasil de volta aos trilhos, me dou por satisfeito”, disse o presidente aos
jornais Clarín e La Nación
O
presidente da República, Michel Temer, disse em entrevista a jornais
estrangeiros que a prioridade do governo é estabilizar e reunificar o País,
acima de intenções eleitorais: “Se eu chegar ao final do meu governo com 5% de
popularidade, mas conseguir colocar o Brasil de volta aos trilhos, me dou por
satisfeito”.
Na
última sexta-feira (29), Michel Temer conversou com correspondentes dos jornais
Clarín e La Nación sobre a situação do Brasil e o futuro econômico do País. Nas
entrevistas publicadas neste domingo (02), o presidente afirmou que a economia
deverá estar recuperada no próximo ano, mas alertou que esse cenário só será
possível se as medidas propostas pelo governo forem aprovadas.
Na
entrevista, Temer ressaltou que a primeira medida que precisa ser aprovada é a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que define um teto para os gastos
públicos. Segundo ele, essa é a “pedra fundamental” do atual governo. “Isso vai
reestabelecer a confiança, que levará a inversões. Tenho recebido muitos
empresários estrangeiros que estão interessados em investir no País, o que
permitiria recuperar postos de trabalho. Isso levará um tempo, mas calculo que,
em meados do próximo ano, a economia haverá se recuperado”, declarou. Ao
jornal La Nacion afirmou, ainda, que a reforma da Previdência Social e do
sistema trabalhista são “medidas-chave” do governo.
De
acordo com Temer, mesmo que duras, as reformas propostas necessitam ser feitas.
Isso porque, segundo ele, o Brasil chegou a atual situação devido à “covardia”
que havia no passado para enfrentar os problemas – ao contrário da atual
gestão. Contudo, o apoio do Congresso Nacional é necessário para reverter o
cenário.
Visita
à Argentina e ao Paraguai
O presidente Michel Temer fará, nesta segunda-feira (3), a primeira visita oficial à Argentina, onde será recebido pelo presidente Mauricio Macri. “O pensamento de Macri é muito parecido com o que nós temos. Isso facilitará muito as coisas”, apontou. De lá, seguirá para o Paraguai e se reunirá com presidente do país vizinho, Horacio Cartes. Mercosul, desenvolvimento fronteiriço e a retomada de fluxos comerciais e de investimentos estarão na pauta dos encontros.
Foto:
Carolina Antunes/PR Fonte: Portal Planato
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