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sábado, 29 de abril de 2017

Comissão Intergestores Tripartite - CIT, pactua resoluções sobre Mais Médicos, cirurgias eletivas e discute SUS Legis

A Comissão Intergestores Tripartite (CIT), se reuniu nesta quinta-feira (27). A apresentação do SUS Legis e da plataforma do Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) foram destaques da pauta, dentre outros assuntos como Mais Médicos e procedimentos eletivos.

O Projeto de revisão, sistematização e ordenação das normas infralegais federais no âmbito do SUS (SUS Legis), foi apresentado pelo professor Marcio Lorio Aranha, da Universidade de Brasília, integrante do grupo tripartite que discute o tema. De acordo com ele, o grupo está na etapa número seis, que consiste na compilação das portarias. “Nesta etapa estamos analisando possibilidades de revogação e alteração nos 32 mil dispositivos de portarias, a próxima etapa será a consolidação de um produto normativo único e inovador e por fim, apresentaremos os documentos consolidados e os esclarecimentos com os textos puros”, explicou.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, comentou sobre a dificuldade do gestor municipal em relação a quantidade de portarias. “Finalmente teremos uma legislação do SUS acessível e de fácil entendimento para o secretário que tem que lidar com isso diariamente”.

Lenir Santos, que também integra o grupo de trabalho do SUS Legis, comentou que assim que o MS acabar com a portaria 204, por exemplo, cerca de 300 portarias que estão ligadas a ela vão ter que ser revogadas. “O nosso trabalho é para consolidar essas portarias e facilitar a vida do gestor que hoje não consegue acompanhar as mais de 700 que regem o SUS”.

Em relação ao Programa Mais Médicos, Mauro ressaltou os problemas que os processos judiciais podem gerar, “Os gestores estimularem médicos a procurarem a justiça pra ficar no Brasil inviabiliza a cooperação com Cuba, atrapalha a continuidade do Programa e o SUS como um todo, porque esses médicos fazem muita diferença nos municípios”. A resolução sugerida pelo ministro da saúde, Ricardo Barros, foi aprovada pelos entes. “Proponho que os municípios que incentivarem os médicos cooperados a realizarem processos judiciais sejam excluídos do Programa”. O texto da resolução será feito por um grupo de trabalho tripartite.

Mauro também registrou, em nome dos municípios, satisfação em relação ao momento atual importante na construção do SUS, “Acreditamos que os gestores dos três níveis de governo são capazes de cumprir com as responsabilidades da gestão. Nós demoramos esse tempo todo para avançar, mas agradecemos o ministro Barros pela ousadia de cumprir a lei. Tenho certeza que os municípios estarão preparados para fazer um excelente trabalho”.

O portal do Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) para o desenvolvimento de abordagens analíticas do SUS foi apresentado e discutido pelos gestores. O site produz subsídios para o planejamento de políticas, programas e ações de saúde para gestores de todas as esferas administrativas e dissemina informações sobre o desempenho do SUS. Atualmente, o portal disponibiliza análises e estudos sobre o tema, bem como séries históricas de indicadores atualizadas anualmente, gráficos e mapas temáticos para a avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro relativos a diferentes abrangências geográficas: Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, e Regiões de Saúde. Acesse aqui: www.proadess.icict.fiocruz.br   


1.      Minuta de Portaria que estabelece a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME 2017 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da atualização do elenco de medicamentos e insumos da RENAME 2014 – SCTIE/MS.
Aprovadas no mérito , mas com discussão remetida a grupos de trabalho:
1.      b) Minuta de Resolução que dispõe sobre a ampliação do número de vagas do Programa Mais Médicos para o Brasil com recurso do Piso da Atenção Básica – SGTES/MS.
 c) Minuta de Resolução que estabelece requisito para o recebimento de recursos financeiros oriundos de políticas que visam ampliar o acesso às cirurgias eletivas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) – SAS/MS.


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