A diálise peritoneal será tema
de audiência na Comissão de Seguridade Social e Família nesta quinta-feira
(27). O debate foi solicitado pelo deputado Jorge Solla (PT-BA). Dados do censo
da Sociedade Brasileira de Nefrologia citados por Solla indicam que o
percentual de pacientes em diálise peritoneal é inferior a 9% em relação aos
pacientes em hemodiálise, "ainda que estudos mostrem que a diálise
peritoneal acarrete menores custos e gere economia de recursos ao sistema de
saúde, se comparada à hemodiálise".
Solla lembra que hoje são
atendidos no Brasil mais de nove mil pacientes renais crônicos em estágio
avançado da doença, sendo que a grande maioria (85%) recebem tratamento pelo
SUS. "Para muitos desses pacientes, a diálise peritoneal é a única forma
possível de terapia renal substitutiva, seja por alguma limitação clínica à
hemodiálise, seja por estarem longe dos centros urbanos onde existam clínicas
renais credenciadas pelo SUS", explicou o deputado.
Jorge Solla lembrou que
portaria de 2014, do Ministério da Saúde, estabeleceu como meta o tratamento de
um paciente em diálise peritoneal para cada quatro pacientes em hemodiálise.
"No entanto, a realidade atual é bem inferior a essa meta."
A diálise peritoneal permite
realizar tratamento em domicílio. "Uma das vantagens desse método é que,
após um período de treinamento, o paciente pode realizá-lo em casa, de maneira
independente", complementou Solla, ao apontar tal característica como
fator que permite melhor qualidade de vida ao paciente.
São convidados do debate
representantes de Ministério da Saúde; Conselho Nacional de Secretários de
Saúde; Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde; Federação Nacional
das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil; Sociedade
Brasileira de Nefrologia e Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do
Estado de São Paulo.
A audiência ocorrerá às 9h30,
no plenário 7.
Da Redação/SC
Agência Câmara Notícias
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