CNS participa de
audiência pública para discutir os direitos da pessoa idosa em saúde
O
aumento da expectativa de vida, a responsabilidade do Estado com a saúde
pública e a relação dos planos de saúde com o crescimento da população idosa no
Brasil foram destaques em debate na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (26).
Parlamentares e representantes do controle social participaram de audiência na
Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
Dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 40
anos, a população idosa vai triplicar no país, passando de 19,6 milhões, em
2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050, o que representará 29,3% da
população.
O
coordenador adjunto da Comissão Intersetorial de Atenção à Saúde nos Ciclos de
Vida do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Geraldo Adão Santos, chamou atenção
para a discussão dos modelos de financiamento e gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS), que possibilitem atender a crescente demanda de assistência e
prevenção à saúde de idosos. “Viver mais é uma conquista e se o Estado acha que
isso é um encargo, ele tem de assumir esse encargo com competência. Temos de
discutir fontes alternativas para recursos ao SUS, porque ele foi criado para
atender toda a população brasileira e nossa constituição precisa ser cumprida”,
afirma.
A
audiência pública foi presidida pelo deputado Gilberto Nascimento e contou com
a participação da representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec), Ana Carolina Navarrete, e do membro da Federação Nacional de Saúde
Suplementar, José Cecchin.
Os
presentes também apresentaram dados sobre o mercado para contratação de planos
de saúde. Para Ana Carolina Navarrete, o mercado está totalmente relacionado à
renda e emprego. “Dentro da população ativa, a população idosa representa
porcentagem muito pequena. Além disso, a estrutura da previdência já faz com
que aposentados, ao longo do tempo, percam a capacidade de pagamento”, analisa.
“É preciso que a saúde suplementar adote um modelo que garanta o direito à
saúde no Brasil em articulação com o SUS”, conclui.
Viviane
Claudino, Assessoria CNS
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