Ação realizada no Dia do Índio
beneficia mais de 1,6 mi famílias que vivem em região onde 95% do transporte é
fluvial. Também serão entregues geradores e veículos terrestres
Cerca de 50 aldeias da região do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Solimões serão beneficiadas com a entrega de 50 embarcações. Estes veículos irão reforçar e ampliar a assistência à saúde na região, onde 95% do transporte é fluvial o ano todo. A entrega será realizada, nesta quarta-feira (19) - data em que comemora-se o Dia do Índio - em Tabatinga (AM), pelo ministro interino da Saúde, Francisco Figueiredo. Na ocasião, a comitiva do ministro também visitará a sala da parturiente indígena da Maternidade Celina Vilacrez, espaço que garante às grávidas as práticas indígenas na hora do parto.
Cerca de 50 aldeias da região do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Solimões serão beneficiadas com a entrega de 50 embarcações. Estes veículos irão reforçar e ampliar a assistência à saúde na região, onde 95% do transporte é fluvial o ano todo. A entrega será realizada, nesta quarta-feira (19) - data em que comemora-se o Dia do Índio - em Tabatinga (AM), pelo ministro interino da Saúde, Francisco Figueiredo. Na ocasião, a comitiva do ministro também visitará a sala da parturiente indígena da Maternidade Celina Vilacrez, espaço que garante às grávidas as práticas indígenas na hora do parto.
“É um trabalho cada vez mais
comprometido na construção de políticas públicas para a saúde indígena.
Atualmente, mais de 95% das parturientes podem realizar o acompanhamento
médico. Isto significa que a estrutura que buscamos melhorar já mostra
resultados. Os equipamentos que entregamos hoje são fundamentais para a
população indígena que vive em regiões distantes ou de difícil acesso,
garantindo consulta com profissionais de saúde, exames e acesso a
medicamentos”, destacou o ministro interino Francisco Figueiredo. Segundo ele,
a expectativa é que sejam entregues mais 50 embarcações para a região, nos
próximos dias.
Também serão entregues 40
geradores de energia e três veículos Pick Ups, que vão atender dois Polos Base
(unidades de apoio para o atendimento direto à população indígena) e uma Casa
de Saúde Indígena (CASAI). A todo, o Ministério da Saúde investiu R$ 970
mil.
Os novos equipamentos vão
permitir reestruturar e dar agilidade ao atendimento de cerca de 1.650 famílias
ribeirinhas e 9 mil indígenas. As embarcações, equipadas com motores de 15hp,
somam-se às 50 já entregues, em agosto de 2016, pelo Ministério da Saúde, para
apoiar no deslocamento dos profissionais de saúde e nas remoções de urgência
dos pacientes aos Polos Base e Unidades de Saúde de referência.
Os 40 geradores de energia,
que também serão entregues, devem melhorar a condição do atendimento e suprir
as necessidades das Unidades de Saúde, Polos Base, os sistemas de abastecimento
de água dos locais que ainda não dispõe de energia elétrica, além das salas de
vacina em caso de interrupção de energia no local.
DSEI ALTO RIO SOLIMÕES – Localizadoàs
margens do Rio Solimões, na divisa com a Colômbia, o Distrito atende a segunda
maior população indígena do país, abrangendo sete municípios. A região
concentra aproximadamente 65 mil indígenas, de diferentes etnias, como Kaixana,
Tikuna, Kocama, Kambeba, Maku-yuhup, entre outros, espalhandos em 189 aldeias.
Atualmente, a população
indígena da região, é atendida por 22 médicos que atuam por meio do programa
Mais Médicos, 38 servidores e 819 prestadores de serviço por meio de entidade
conveniada. A região conta com 12 Polos Base.
SALA DA PARTURIENTE INDÍGENA
– O espaço foi criado em agosto de 2016 nas dependências da
Maternidade Celina Vilacrez,com o objetivo de beneficiar a parturiente
indígena, respeitando sua cultura, costumes e as especificidades das mulheres
indígenas.A unidade é resultado da parceria entre o Distrito Sanitário Especial
Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões e a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas
e destina-se exclusivamente ao atendimento de parturientes indígenas da região
do Alto Solimões.
Na unidade, as parturientes
têm o direito ao atendimento humanizado, com acompanhante, mantendo os costumes
tradicionais dos índios na hora do parto, como a utilização de cordas, redes e
a presença da parteira tradicional. Com a nova sala, a SESAI espera reduzir a
realização de partos tardios, e sobretudo, acabar com os óbitos por causas
evitáveis. A Sala da Parturiente Indígena realiza, em média, 40 partos por mês.
INVESTIMENTO – O
orçamento para a saúde indígena, nos últimos cinco anos, cresceu 221%, passando
de R$ 431 mil em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2016. Atualmente, existem no país
34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas que contam com 510 médicos, sendo
que 65% são do Programa Mais Médicos.
Para o atendimento aos
diversos povos e etnias, são 1.286 Unidade Básica de Saúde de Indígena),
354 Polos Bases (unidades de referências) e 68 CASAI (unidades de tratamento e
acompanhamento). Ao todo, são quase 22 mil trabalhadores, sendo 50% indígenas.
MORTALIDADE INFANTIL –
Em novembro de 2016, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançou, em Manaus,
uma série de ações para reduzir em 20% as mortes de bebês e crianças indígenas
com até cinco anos de idade. A meta deve ser atingida em 2019. O objetivo é
fortalecer e ampliar a assistência impactando nos óbitos evitáveis, já que 65%
dos óbitos desses bebês são provocados por doenças respiratórias, parasitárias
e nutricionais.
Integram as metas: 85% das
crianças menores de cinco anos tenham esquema vacinal completo; ampliar para
90% as gestantes com acesso ao pré-natal; implementar as consultas de crescimento
e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70%;
ampliar para 90% o acompanhamento pela vigilância alimentar e nutricional as
crianças indígenas menores de 5 anos e investigar, ao menos, 80% dos óbitos
materno-infantil fetal.
O foco será no reforço do
acompanhamento de gestantes e crianças indígenas e na qualificação de
profissionais de saúde em doenças prevalentes na infância.
Na ocasião, em Manaus, também
foram entregues cinco Unidades Básicas de Saúde Fluviais para atender
ribeirinhos dos estados do Amazonas e Pará, ampliando a assistência.
Por Nicole Beraldo, da
Agência Saúde
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