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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

CÂNCER DE BOCA -DESCOBERTOS MARCADORES QUE PODEM AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO PRECOCE


Estudo identificou que há correlação de proteínas do tecido tumoral com a progressão da doença

Um grupo reunindo pesquisadores de várias instituições, incluindo Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná, identificou a correlação entre a abundância de proteínas presentes no tecido tumoral e na saliva com a progressão do câncer de boca. A descoberta surge como um parâmetro capaz de antecipar ou prever a progressão da doença.

O estudo se iniciou por meio da análise proteômica de diferentes áreas do tecido tumoral, utilizando-se 120 amostras microdissecadas. Na fase de verificação, as assinaturas de prognóstico foram confirmadas em aproximadamente 800 amostras de tecido por meio da técnica de imuno-histoquímica e 120 amostras de saliva de pacientes com a doença por proteômica baseada em alvos ou dirigida.

“O conjunto de dados nos levou a ter um resultado robusto e bastante promissor na definição da gravidade da doença. Além de sugerirmos marcadores potenciais da doença, também verificamos esses marcadores, o que confere mais confiabilidade aos achados, mostrando que esses marcadores são eficientes para classificar o paciente com metástase em linfonodo cervical”, afirma a pesquisadora Adriana Franco Paes Leme.

O câncer de boca, também chamado de carcinoma espinocelular (CEC), é o tipo mais comum de tumor maligno de cabeça e pescoço. Tem alta prevalência e mortalidade, com cerca de 300 mil novos casos diagnosticados por ano no mundo e 145 mil mortes. Embora seja relativamente fácil de ser detectado, por feridas na boca identificadas por dentistas, geralmente o diagnóstico é feito quando a doença já está em estágio avançado.



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