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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

23º ENAIQ - ENCONTRO ANUAL DA INDÚSTRIA QUÍMICA


O encontro anual da indústria química, realizado pela ABIQUIM, na capital paulista no início de dezembro passado, reuniu representantes de toda cadeia envolvida com o segmento. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, participou da abertura do evento quando afirmou que o Brasil a ser encontrado pelo novo governo é muito melhor do que o recebido no pós impeachment da Dilma.

Segundo Maia, ainda existem importantes pendencias à serem resolvidas para o crescimento econômico do País, entre eles a redução da burocracia, que afeta setores produtivos, a insegurança jurídica das empresas, mas o principal urgência é a necessidade de se buscar solução para a Previdência para haja um regime equilibrado para atender a todos de forma justa, possivelmente uma das últimas oportunidades para o País implementar uma reforma, sem prejuízos da aposentadoria como foi feito em Portugal e na Espanha”, explicou.

Carlos Alexandre da Costa, anunciado no dia seguinte ao Encontro, como secretário-geral de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia à ser dirigido por Paulo Guedes, explicou que o novo governo terá uma postura mais liberal e dará mais liberdade para que o setor produtivo possa crescer. Destacando a necessidade de desenvolver o capital humano nacional. “A produtividade do brasileiro equivale a 23% do americano e esse patamar já foi de 40% na década de 80”. Para melhorar esse índice o novo governo deverá estabelecer um plano nacional de formação.

Os deputados da FPQuímica, João Paulo Papa (PSDB/SP), Orlando Silva (PCdoB/SP) e Alex Manente (PPS/SP)

A Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) anunciou o deputado Alex Manente, líder da bancada do PPS, como novo presidente para o próximo biênio, em substituição ao deputado João Paulo Papa (PSDB/SP), que ocupou a presidência da FPQuímica no biênio 2017/2018. Manente ressaltou a importância de uma indústria química forte para o País,  e, que em seu mandato pautará temas como a necessária ampliação da competividade entre as matérias-primas.

Dados do setor
O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De March; e o vice-presidente do Conselho Diretor, Fernando Musa

O faturamento do setor deve fechar 2018 cerca de 20% de crescimento em Reais e 5% em Dólar. A entidade estima um faturamento de 127,9 bilhões de dólares ou 462,3 bilhões de reais. Embora positivo o resultado de 2018 reconduz o segmento aos patamares realizados em 2008, afirmou o vice-presidente do Conselho Diretor da entidade, Fernando Musa.

O déficit da balança comercial do setor voltou a crescer e deve chegar a aproximadamente US$ 30 bilhões. “As exportações representam 25% do faturamento do segmento”. Com as importações gerando empregos e renda no exterior”, declarou o executivo, “mas estamos prontos para investir aqui uma vez que as condições de competitividade global e segurança jurídica, estiverem presentes”.

A entidade apresentou também um estudo sobre os entraves burocráticos à competitividade da indústria química, em que identificou 23 pontos a serem resolvidos. “O Brasil pode economizar de R$1 bilhão a R$ 1,5 bilhão por ano com a implementação das medidas propostas”, afirmou o presidente-executivo da entidade, Fernando Figueiredo.

Além da burocracia, a Abiquim mapeou outras 73 propostas nas dimensões matéria-prima, logística, tecnologia, energia, comércio exterior e regulação, para reconquistar a competitividade da indústria química no Brasil. “São propostas que não oneram o setor público, dependem apenas de vontade política e que, se adotadas poderiam aumentar o PIB do setor químico em 20% nos próximos quatro anos, e dobrar até 2030”, ressalta Marcos de Marchi, presidente do Conselho Diretor da entidade.

Compromisso com a Economia Circular do Plástico

A Abiquim também lançou o Compromisso Voluntário do segmento com a Economia Circular do Plástico, reciclar 100% do plástico até 2040, dobrando o atual índice de até 2030. “São metas ambiciosas, mas possíveis”, afirma Edison Terra, coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast), da Associação. “Nós queremos dialogar com todos os setores sobre este tema. Se de um lado, os benefícios do plástico para a humanidade são insubstituíveis, por outro, a gestão de resíduos sólidos é uma questão complexa e imperativa ao meio ambiente”, ressalta o executivo.

O coordenador da Coplast, Edison Terra

O compromisso assumido pelos produtores de resinas termoplásticas, associados à entidade, tem o objetivo de promover e ampliar o alcance da economia circular nas embalagens termoplásticas, que demandará o esforço conjunto dos diferentes elos da cadeia do plástico, governo e sociedade para melhor qualidade de vida.

Na sequência da programação do encontro o professor do Departamento de Planejamento e Análise Econômica Aplicados à Administração- PAE-EAESP/FGV, Gesner Oliveira, apresentou as perspectivas econômicas no Brasil e no cenário exterior para que as empresas brasileiras retomem o crescimento.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, tratou do potencial do Pré-Sal para promover o crescimento da economia brasileira.

Durante o evento, também foram anunciados os vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia:
  • categoria ‘Start-up’ foi a Kemia Tratamento de Efluentes pelo projeto: “Reatores eletrolíticos para o tratamento de efluentes industriais, de aterros sanitários e esgoto”.
  • categoria ‘Empresa’ foi a Oxiteno pelo projeto: “Novos sensoriais para cuidados com a pele utilizando emolientes verdes multinacionais”.
  • categoria ‘Pesquisador’ os vencedores foram:
  1. pesquisador de pós-doutorado do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Thenner Silva Rodrigues;
  2. os pesquisadores sêniors do IPEN, Marcelo Linardi e Fabio Coral Fonseca;
  3. os alunos de iniciação científica do IPEN, Arthur Brucoli Leme de Moura e Felipe Anchieta e Silva;
  4. o pesquisador de pós-doutorado do Instituto de Química da USP (IQ-USP), Anderson Gabriel Marques da Silva;
  5. o pesquisador de associado do IQ-USP, Pedro Henrique Cury Camargo;
  6. o aluno de iniciação científica do IQ-USP, Eduardo Guimarães Candido, pelo projeto “Produção de hidrogênio a partir da reforma a vapor do etanol na presença de um novo catalisador altamente estável baseado em nanofios de óxido de cério e samário contendo níquel”.

O Estudo Um outro futuro é possível - Perspectivas para o setor químico no Brasil, produzido pela Doloitte, pode ser encontrado, em anexo, junto com o Compromisso Voluntário da Indústria com a Economia Circular do Plástico

Durante o evento os palestrantes utilizaram diversas apresentações, que disponibilizamos a seguir:  

Para assistir aos vídeos, basta clicar no link disponível ao lado do nome do palestrante:
·         Fernando Musa, vice-presidente do Conselho Diretor da Abiquim. Clique aqui;
·         Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. Clique aqui;
·         Agradecimento do setor, representado pelo presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De Marchi, à FPQuímica. Clique aqui;
·         João Paulo Papa, ex-presidente da Frente Parlamentar da Química (FPQuímica). Clique aqui;
·         Orlando Silva, deputado (PCdoB/SP) e membro da FPQuímica. Clique aqui;
·         Alex Manente, deputado (PPS/SP) e presidente da FPQUímica. Clique aqui;
·         Fernando Figueiredo, presidente-executivo da Abiquim. Clique aqui;
·         Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Clique aqui;
·         Edison Terra, coordenador da Comissão de Resinas Termoplásticas da Abiquim. Clique aqui;
·         Gesner de Oliveira, economista e sócio diretor da GO Associados. Clique aqui;
·         Marcos De Marchi, presidente do Conselho Diretor da Abiquim. Clique aqui;
·         Carlos Alexandre da Costa, economista e atual secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia. Clique aqui.

O 23º ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química teve o patrocínio das empresas: BASF, Braskem, Cesari, Deten, Dow, Eastman, Elekeiroz, Granel Química, Ingevity, Innova, Nitro Química, Nouryon, Oxiteno, Rhodia Solvay, Suatrans, Unigel, Unipar Carbocloro e White Martins.

As apresentações impressas do 23º ENAIQ estão disponíveis no site da Abiquim. Clique aqui para fazer o download.

ABIQUIM

Anexos:



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