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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

EXAMES DE IMAGEM MOSTRAM OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA DEVIDO AO ZIKA NA BAHIA


Estudo investigou 365 casos e detectou que 45% deles apresentaram alterações nos exames de imagem

Um estudo da Fiocruz Bahia utilizou resultados de exames de imagem intracraniana para confirmar ou descartar a ocorrência de anormalidade congênita no cérebro de crianças com suspeita de microcefalia potencialmente relacionada à infecção pelo zika em Salvador (BA). Entre os 365 casos investigados, 166 (45,5%) apresentaram alteração nos exames de imagem, enquanto 199 (54,5%) tiveram exames normais.

No trabalho, os autores descrevem aspectos clínicos e epidemiológicos do surto de microcefalia ocorrido na capital baiana e avaliam a performance de diferentes critérios de triagem, que utilizam a circunferência da cabeça do bebê ao nascer, para detectar crianças com suspeita de microcefalia. Essa avaliação correlacionou os resultados das medidas de circunferência com os achados nos exames de imagem.

De acordo com a pesquisa, entre abril de 2015 e julho de 2016, 650 bebês nascidos em Salvador foram notificados por suspeita de microcefalia, dos quais 365 tiveram os prontuários médicos revisados para obtenção dos resultados de exames de imagem intracraniana. As lesões mais comumente identificadas foram calcificações cerebrais (86,1%) e dilatação nos ventrículos (66,9%).

O período de maior detecção de crianças com alterações nos exames de imagem foi dezembro de 2015, quando, a cada 100 crianças nascidas vivas, duas foram acometidas. Também foi observado que, comparadas às crianças com exames sem alterações, aquelas com alterações foram significativamente mais propensas a terem nascido de forma prematura e de mães que apresentaram manifestações clínicas sugestivas de infecção pelo zika durante a gravidez.


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