O presidente Jair Bolsonaro
propôs um pacto entre os Poderes em seu discurso de posse, e união para fazer
reformas profundas. A ideia repercutiu entre os deputados presentes à
cerimônia, nesta terça (1), marcada pela ausência de partidos de oposição, como
PT e Psol.
Para o deputado Major Olímpio,
eleito senador pelo PSL de São Paulo, o movimento que levou Bolsonaro ao poder
lhe dá legitimidade para propor mudanças, mas há muito trabalho até lá:
"Uma esperança de
transformação, e isso só aumenta a responsabilidade do Jair Bolsonaro
presidente, e de cada um de nós que o apoiou nessa luta. Hoje começa
verdadeiramente o trabalho maior. Alguns minutos de confraternização, de
comemoração, de choro e de alegria, mas já já as mangas arregaçadas que o
trabalho é muito grande."
Major Olímpio ressaltou a
reforma da Previdência como prioridade imediata, e primeira medida a ser
debatida. Bolsonaro falou em austeridade e reforma do Estado, e disse que conta
com a ajuda do Congresso para aprovar mudanças. O deputado Onyx Lorenzoni, do
Democratas gaúcho, que assumiu a coordenação política do governo Bolsonaro como
ministro da Casa Civil, disse que a relação deve mudar:
"Esses 249 novos
parlamentares e esses 49 novos senadores, eles vêm motivados pela voz das ruas
que quer um país diferente, que quer uma relação diferente entre Congresso e o
Poder Executivo. Não tenho nenhuma dúvida de que o diálogo, e o presidente tem
reforçado isso, ele é um homem de diálogo, nós vamos ter sucesso nesse processo,
e todo mundo quer o bem do Brasil."
Para o deputado Pompeu de
Matos, do PDT do Rio Grande do Sul, a oposição também precisa repensar seu
papel, e votar a partir dos projetos:
"Nós somos oposição ao
governo Bolsonaro, o PDT é oposição, não a oposição do quanto pior melhor, do
tipo 'se hay gobierno soy contra', aquela oposição obtusa, que torce para que
tudo dê errado, não. Nós seremos uma oposição madura, séria, responsável, vamos
analisar projeto por projeto. Se o projeto é bom, terá o nosso apoio; se o
projeto é ruim, vamos tentar contribuir, colaborar, fazer emenda. Se não tiver
jeito, damos as razões e votamos contra. Nós estamos ali no papel de fiscais da
população, inclusive para ajudar o próprio governo, fiscalizando o
governo."
No entanto, Pompeu de Matos
adiantou que, se a reforma da previdência de Bolsonaro for enviada nos mesmos
moldes propostos por Michel Temer, terá oposição ferrenha dele e de seu
partido.
Reportagem - Marcello Larcher
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