As
importações representaram 23,4%, enquanto a produção doméstica 6,5%. No
emprego, houve a abertura de mais de 5,5 mil postos de trabalho
A
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde – ABIIS anuncia
trimestralmente dados setoriais e no Boletim Econômico do terceiro trimestre do
ano, que contempla o período de janeiro a setembro de 2018, o consumo do setor
de Dispositivos Médicos (DM) cresceu 14,5%, impulsionado principalmente pelas
importações que tiveram uma elevação de 23,4% e pela produção doméstica com
6,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o
crescimento global é ainda mais expressivo com elevação de 16,1% para o setor.
“É
importante ressaltar que empresas multinacionais com produção local se
enquadram no crescimento médio de 6,5%, que é o percentual de alta nacional”,
destaca o diretor-executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
As
importações de DM totalizaram o valor de US$ 4,1 bilhões, com um crescimento de
23,4% em relação ao mesmo período de 2017. Já as exportações somaram US$ 473
milhões, representando um recuo de 9,1%, no período de janeiro a setembro deste
ano.
“A
alta nas importações reflete o elevado número de fusões e aquisições de
hospitais, clínicas e laboratórios, em todas as regiões do Brasil. Houve um
aumento na capilaridade e investimento em estrutura, com compra de equipamentos
de diagnóstico e reagentes laboratoriais em muitos estados fora do eixo Rio-São
Paulo. Também contribuíram para o crescimento médio de 14,5% o aumento de
algumas doenças epidemiológicas no Brasil, como Febre Amarela e Hepatite C”,
analisa Gomes.
O
setor foi responsável pela abertura de 5.553 novas vagas no mercado de
trabalho, entre janeiro e setembro deste ano, totalizando um contingente de
138.435 profissionais nas suas atividades industriais e comerciais, número que
não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica.
Entre os segmentos, destacam-se a criação de 2.671 postos de trabalho na
“indústria de materiais para uso médico e odontológico” e de mais 1.442 vagas
no “comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, ortopédico
e odontológico”.
Um
ciclo virtuoso veem surgindo, com contratações expressivas, mas as distorções
na saúde do Brasil ainda são enormes com uma complexidade burocrática, pouco
vista em outros países. “Precisamos de reformas, como em tantas outras áreas.
Para modernizarmos o setor, a ABIIS trabalha com uma agenda que defende cinco
pontos, importantes:
- Uma regulação
mais inteligente,
- O aprimoramento
institucional dos reguladores,
- A incorporação
racional de tecnologias,
- O aprimoramento
do ambiente de negócios,
- E ética acima de
tudo
O
índice que acompanha o desempenho do setor começou a ser produzido em dezembro
de 2012 e, fazendo um paralelo com os dados médios levantados naquele período,
constata-se que a atividade do setor se encontra no mesmo patamar verificado em
2013. "Temos um enorme potencial, mas precisamos ir além, construir bases
sólidas para a saúde e nos prepararmos para o envelhecimento da população. O
Brasil terá uma população de idosos muito maior nas próximas décadas e temos
que estar prontos para atender a demanda que será crescente”, finaliza o
executivo.
Com
informações da SEGS
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