Estão
reunidas em um único documento as orientações existentes para o enfrentamento
da doença. A atualização das evidências científicas será periódica, conforme
surgirem novos dados da doença
O
Ministério da Saúde reuniu em um só documento evidências científicas de todo o
mundo relacionadas à prevenção, diagnóstico, tratamento e monitoramento de
pacientes infectados por coronavírus (COVID-19). Além de concentrar tudo o que
se sabe sobre a doença até agora, apresenta as orientações da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e será atualizado sempre que surgirem novos dados. A
publicação “Diretrizes para diagnóstico e tratamento da COVID-19” foi lançada
nesta terça-feira (7) e apresenta orientações tanto para a atuação dos
profissionais de saúde quanto para prevenção à doença pela população.
A
publicação tem como objetivo oferecer orientações ao enfrentamento da COVID-19
no Sistema Único de Saúde (SUS). Traz estudos e informações práticas
sobre as formas de transmissão, tratamentos de suporte e triagem para
identificação de grupos de risco, além de direcionar o tratamento medicamentoso
para controle dos sintomas da doença. E, ainda, orienta sobre os casos em que é
necessário o uso de aparelhos de auxílio à respiração de pacientes, com a
indicação do tipo de equipamento, como inaladores e oxigenoterapia.
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coronavírus
As
diretrizes destacam a importância das medidas de prevenção como forma de evitar
a progressão e o aumento do número de casos. Apresenta, ainda, dados
recentes que mostram que pessoas assintomáticas são as maiores responsáveis
pela elevada transmissão da doença. Por isso, ressalta a importância do
distanciamento social de casos suspeitos e das medidas de higiene, como lavar
as mãos com frequência, evitar contato próximo com as pessoas, bem como da
higienização de ambientes.
As
Diretrizes destacam que a forma mais eficaz para a desinfecção é com
álcool (62% a 71%), peróxido de hidrogênio a 0,5% (água oxigenada) ou
hipoclorito de sódio (água sanitária diluída em água).
Essas
Diretrizes foram elaboradas em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por
meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do SUS (PROADI-SUS) e conta com a
colaboração dos Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) do Hospital
Sírio Libanês e do Hospital Moinhos de Vento e apoio da Associação de Medicina
Intensiva Brasileira (AMIB).
MEDICAMENTOS
Até
o momento, não há evidências científicas sobre um tratamento que possa prevenir
a infecção por coronavírus ou ser utilizado com 100% de eficácia no tratamento,
embora estejam em estudo medicamentos e terapias com resultados preliminares
promissores. Como se trata de uma nova doença, diversos estudos estão em
andamento e, por isso, novas opções terapêuticas poderão ser sugeridas. Por
isso, as orientações de tratamentos medicamentosos específicos ou mesmo de
suporte serão atualizadas periodicamente no documento.
Considerando
o andamento de pesquisas com a cloroquina, as “Diretrizes para diagnóstico e
tratamento da COVID-19” fornecem orientações para uso do medicamento como opção
para quadros graves (pacientes hospitalizados com pneumonia viral). Contudo, o
seu uso se restringe a casos confirmados e deve ser feito conforme a
orientação médica e em conjunto com outras medidas de suporte. No
documento, profissionais podem ter direcionamento sobre a prescrição das doses
e demais informações. O Ministério da Saúde está monitorando os estudos de
eficácia e segurança da cloroquina / hidroxicloroquina em pacientes com
COVID-19 e, em qualquer momento, poderá modificar sua recomendação quanto ao
uso destes fármacos, baseado na melhor evidência disponível.
O
Brasil, por meio do Ministério da Saúde, se uniu a 45 países para investigar a
eficácia de tratamentos para a Covid-19. Coordenado no país pela Fiocruz, o
estudo é da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem buscado evidências sobre
os resultados de quatro medicamentos, são eles: cloroquina e a
hidroxicloroquina, usadas contra a malária e doenças autoimunes; Combinação de
remédios contra HIV, formada por lopinavir e ritonavir; Combinação de Lopinavir
e Ritonavir em conjunto com a substância Interferon beta-1b, usada no
tratamento de esclerose múltipla; e Antiviral Remdesivir, desenvolvido para
casos de ebola.
Diferentes
medidas têm sido adotadas para tentar conter o aumento do número de infecções.
O Ministério da Saúde vem reunindo esforços para organizar os serviços de saúde
para o atendimento de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de
COVID-19, bem como qualificar esse atendimento. Entre essas medidas, estão o
Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo Novo Coronavírus, o
Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à
Saúde, as Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Doença, entre outros.
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