Edital
para a contratação de investidores foi publicado nesta sexta-feira (5/2)
O
ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou, nesta sexta-feira (05/02), do
lançamento do edital de licitação para construção da maior fábrica de vacinas e
fármacos da América Latina e uma das mais modernas do mundo. O Complexo
Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) da Fundação Oswaldo Cruz
(Bio-Manguinhos/Fiocruz) poderá aumentar em quatro vezes a capacidade de
produção de vacinas e biofármacos, para atender às demandas do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Foto:
Tony Winston/MS
“O
Ministério da Saúde tem orgulho, junto da sua Fundação, de lançar o maior
complexo industrial da América Latina. Precisamos ser autossuficientes na
produção do IFA, de vacinas e de insumos para combater o coronavírus e outros
vírus. É um marco para o Brasil e para o SUS”, disse Pazuello, em evento na
sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
A
presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, afirmou que o projeto é essencial
para o desenvolvimento da ciência e fortalecimento do SUS.
“O
complexo é um projeto que aponta para as necessidades que sentimos hoje, tão
intensas por conta da pandemia. Mas, ao mirar para o futuro, ele está colocando
o desenvolvimento nacional na área da saúde de forma exemplar”, afirmou.
Além
da incorporação de vacinas e biofármacos que tratam doenças crônicas, raras,
autoimunes e oncológicas, o centro possibilitará dar respostas rápidas em
situações de emergência sanitária, como a da atual pandemia da Covid-19.
A
fábrica poderá, por exemplo, viabilizar a produção de novas vacinas, como a
dupla viral (sarampo e rubéola), cujos estudos clínicos foram recém-concluídos
por Bio-Manguinhos, e a meningocócica C, que se encontra em estágio avançado de
estudos de fases II/III.
“A
nossa tradição não é de fugir dos desafios. Não é por menos que somos hoje o
maior produtor de vacinas do Brasil e da América Latina. Esse projeto é
grandioso. Dará garantia de sustentabilidade ao Programa Nacional de
Imunizações (PNI)”, disse o diretor de Biomanguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma
Medeiros.
INVESTIMENTO
E EMPREGOS
O
investimento se dará dentro de uma modalidade considerada inovadora no âmbito
do Governo Federal, chamada Built to Suit. O financiamento do CIBS será
privado, pago na forma de aluguel e com reversão do patrimônio após o prazo de
15 anos. O investimento é da ordem de R$ 3,4 bilhões e prevê a geração de cinco
mil empregos diretos na etapa de obras, além de 1,5 mil postos de trabalho para
a operação.
Com
o edital publicado, os investidores terão um prazo de 120 dias para apropriação
e estudo do projeto para elaboração das propostas. Após a conclusão da
licitação, a expectativa é a de que a construção comece no segundo semestre de
2021. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde ficará pronto em quatro
anos.
EMPREENDIMENTO
SUSTENTÁVEL
O
terreno do CIBS abrange uma área de aproximadamente 580 mil m², localizado em
Santa Cruz (RJ). A capacidade de produção está estimada em 120 milhões de
frascos de vacinas e biofármacos por ano. Em doses, a fabricação poderá ser
superior a 600 milhões anuais.
O
complexo será erguido com viés sustentável, com painéis de captação de energia
solar, reservatórios para captação de água da chuva e aquisição de materiais
com conteúdo reciclado. Na etapa inicial, já foram plantadas 30 mil árvores que
formarão um cinturão verde de Mata Atlântica para preservar a biodiversidade
local, entre outras iniciativas.
Marina
Pagno
Ministério da Saúde
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