Além do
impacto para o consumidor,o próprio governo sofreria com um reajuste de
remédios com base no índice de inflação. No início da semana, ao falar sobre
racionalização de gastos, o ministro Joaquim Levy destacou a importância de
desenvolver diretrizes para a escolha de medicamentos,já que esse é um dos
elementos mais caros no orçamento da Saúde.
Neste ano,o
governo espera gastar R$ 14,3 bilhões com a compra de remédios. Aplicando o
possível reajuste que leva em consideração a inflação de 2015 – já próxima dos
10% –, o custo desses medicamentos teria um acréscimo de quase R$ 1,5 bilhão no
ano que vem, considerando a mesma quantidade comprada.
Hoje, o
reajuste de medicamentos é calculado por meio de uma fórmula definida pela
Cmed, em que o reajuste é igual ao IPCA menos três fatores – fator de
produtividade,parâmetros calculados de acordo coma variação de tarifa de
energia elétrica e de taxa de câmbio (fator Y), por exemplo, e incorporação de
índices internacionais (fator Z). As datas para divulgação dos outros dois
índices é: fator Y até 30 dias antes do reajuste anual e o Z 60 dias após o
término do prazo para entrega do relatório de comercialização das empresas.
O Estado de
S.Paulo
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