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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Bahiafarma deve fechar segundo contrato milionário com o Ministério da Saúde em menos de dois meses

A Bahiafarma caminha com rapidez para fechar ainda este ano o segundo contrato milionário com o Ministério da Saúde em menos de dois meses. Ontem, o diretor-presidente do laboratório farmacêutico do governo do estado, Ronaldo Dias, foi recomendado pela equipe do ministro Ricardo Barros a acelerar, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o processo de liberação dos testes rápidos de chikungunya para venda ao SUS.

No fim do mês, as amostras produzidas pela Bahiafarma, com  registro obtido na Anvisa desde o início de setembro, serão submetidas à prova de fogo pelos técnicos do órgão. Se os resultados apontarem eficácia alta na detecção do vírus, o método desenvolvido em parceria com os pequisadores da empresa sul-coreana Genbody será comprado pelo ministério e distribuído em larga escala na rede pública de Saúde. Em 25 de outubro, Barros já havia assinado acordo para adquirir 3,5 milhões de testes rápidos de zika produzidos pelo laboratório público baiano.

Alerta amarelo
O interesse do SUS no teste rápido de chikungunya criado pela Bahiafarma cresceu bastante diante dos sinais que apontam a doença como o principal problema da saúde pública para o próximo Verão. Na quinta-feira passada, o ministro Ricardo Barros admitiu à imprensa temor com avaliações recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), corroboradas por técnicos do governo federal, que indicam grande probabilidade de aumento no número de casos de pessoas infectadas pelo vírus de dezembro a março. O alerta  fez com que o ministro pedisse empenho máximo à equipe da  Bahiafarma comandada por Ronaldo Dias. O objetivo de Barros é antecipar o tratamento de pacientes e minimizar as sequelas incapacitantes e prolongadas da chikungunya.

Bilhete premiado
As previsões das autoridades em saúde confirmaram o acerto da Bahiafarma em apostar alto no mercado de diagnósticos capazes de detectar males transmitidos pelo Aedes aegypti com rapidez. E, o que é melhor, a um preço bem menor que o praticado pelos laboratórios privados. Com isso, se tornou pioneira neste segmento e  rompeu o domínio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Agora, a meta é ultrapassar as fronteiras do país. Enquanto se prepara para apresentar o teste de zika na Europa a partir de amanhã, num roteiro que inclui ainda negociações com representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a Bahiafarma já está em conversas avançadas com os governos da República Dominicana, Malásia e Tailândia.

Jairo Costa Júnior (jairo.junior@redebahia.com.br)


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