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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Estudos com escorpiões revelam preocupação com consequências das picadas

Nos últimos 15 anos houve um aumento de quase 600% no número de incidentes e mortes causadas pelos animais

Os escorpiões são uma ameaça real para os brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde (MS), eles são responsáveis pela maior parte dos acidentes com animais peçonhentos no país, com 74.598 casos registrados, causando mais mortes (119) que as serpentes (107), no ano de 2015. Além disso, houve um aumento de quase 600% no número de incidentes e mortes causados por eles nos últimos 15 anos.
Pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical, em Manaus, publicaram um estudo no qual descreveram o provável primeiro caso de acidente grave causado pela espécie Tityus silvestris, comum na Amazônia. Nesse caso, um homem de 39 anos foi picado enquanto dormia e, em duas horas, passou a ter dificuldade para respirar, taquicardia, hipertensão e espasmos musculares, levando ao agravamento do quadro. Ele recebeu tratamento com soro e outros medicamentos durante sete dias.
Em outro estudo brasileiro, publicado em 2014, pesquisadores examinaram 1.327 casos de acidentes com escorpiões atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp de 1994 a 2011 e constataram a predominância de acidentes apenas com reações locais (79,6%) e sistêmicas (15,1%). A picada seca foi responsável por 3,4% das situações, enquanto que casos mais graves responderam por 1,8%.
A pesquisa mostrou ainda que 27,7%) dos acidentes foi relacionada ao escorpião-preto (Tityus bahiensis) e 19,5% ao amarelo (Tityus serrulatus). Na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), o Tityus serrulatus foi objeto de estudo que colocou as toxinas Ts6 e Ts15 como candidatas a medicamentos contra doenças autoimunes
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