“Esse
assunto tem tido uma atenção especial do Ministério da Saúde, e nós temos
trabalhado de forma muito determinada, para melhorar as compras no setor de
medicamentos, alcançando resultados muito satisfatórios”. Foi assim, destacando
o compromisso da gestão com o aumento do acesso a medicamentos por pacientes no
país, que o ministro Ricardo Barros começou a apresentação no evento
“Estratégias para acesso a Patrocínio: medicamentos essenciais”. O encontro
aconteceu no último dia oito durante o VIII Fórum Nacional sobre Medicamentos
no Brasil, no Senado Federal.
Os
participantes debateram os rumos do setor de medicamentos, com representantes
de diversos setores. Além do ministro da Saúde, também estiveram presentes o
diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Jarbas Barbosa, a
diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do
Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Clarice Petramale, e o presidente da Center for
Medicine in the Public Interest, Peter Pitts.
O
ministro ainda destacou durante o evento que as ações de reorganização das
parcerias para o desenvolvimento produtivo (PDP), que tem como objetivo
transferir tecnologias para a produção nacional de medicamentos. Com a medida,
serão garantidos mais de 6,4 bilhões de reais em investimentos para o setor.
Além disso, durante os 100 primeiros dias de gestão, também foi possível
aprimorar o uso dos recursos em saúde. “Fizemos uma economia de 1,59 bilhões de
reais, muito calçada em medicamentos, e comprando com valores nominais menores
do que o ano passado”, explicou Barros.
O
pesquisador americano Peter Pitts palestrou sobre “O Valor da Regulação
Empreendedora: como políticas de regulação farmacêutica podem contribuir para
assegurar um sistema de saúde melhor e mais equânime”. Para Pitts, presidente
do Center for Medicine in the Public Interest, o Brasil e os Estados Unidos
estão muito próximos quando se trata dos objetivos para melhorar as políticas
públicas de acesso a medicamentos, apesar da diferença entre os sistemas de
saúde. “Cada país tem o sistema que considera melhor para si, mas no final
percebemos que os objetivos são muito semelhantes, que é comprar com o menor
preço e oferecendo o melhor tratamento, com o melhor resultado”, defende.
Além
do presidente do Center for Medicine in the Public Interest, também
participaram da mesa temática, Murilo Contó, Consultor Nacional da Área Técnica
de Medicamentos e Tecnologia em Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS/OMS), Bruno de Paula Coutinho, Especialista em Regulação e Vigilância
Sanitária da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da ANVISA,
Flavia Trigueiro, Coordenadora Geral substituta de patentes do Instituto
Nacional de Propriedade Industrial, e Fabrizio Panzini, Especialista em
Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mais
informações sobre o evento estão disponíveis no site da Ação Responsável, e
podem ser encontrados aqui.
Aline Czezacki, para o Blog da
Saúde
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